CAMPANHA DE VACINAÇÃO

Dia de se proteger contra a gripeHoje, 56 postos de saúde estarão abertos em Joinville das 8 às 17 horasHoje é dia de se proteger. Em Joinville, 56 postos de saúde estarão abertos das 8 até as 17 horas para atender aos grupos que devem receber a dose da vacina contra a gripe A e a gripe comum (gestantes, idosos com 60 anos ou mais e crianças com seis meses a um ano e 11 meses).
Além disso, outros cinco postos volantes, montados em supermercados, estarão abertos até as 17 horas para atender apenas a idosos e gestantes.

O objetivo do Dia Nacional de Vacinação contra a gripe é oferecer àqueles que não podem procurar o posto de saúde durante a semana uma alternativa para não deixar de receber a vacina.A expectativa da Secretaria Municipal de Saúde é imunizar pelo menos 4 mil pessoas só neste sábado, para que o município chegue perto de atingir a meta de vacinação para este ano. “Nos quatro primeiros dias da campanha, 9.955 pessoas foram vacinadas, mas nossa meta é chegar a 62 mil até o dia 13 de maio (último dia da campanha)”, ressalta a responsável pelo setor de imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Goreti de Lara.

Este ano, a vacina contra a gripe H1N1 (gripe A) está incluída na composição da vacina sazonal, contra a gripe comum. De acordo com Maria Goreti, a única contraindicação da vacina é para quem tem alergia severa a ovo. Mas não há relatos da incidência desse tipo de intolerância em Joinville.No caso das crianças, é importante lembrar que a vacina será aplicada em duas doses. É necessário retornar ao posto de vacinação após um mês para a dose de reforço. Outro lembrete importante diz respeito aos documentos. Quem for receber a vacina deve levar um documento que comprove a idade (carteira de identidade, carteira de habilitação ou certidão de nascimento). No caso das crianças, os pais devem levar também a carteirinha de vacinação.

Crianças, idosos e gestantes foram escolhidos como públicos-alvo da campanha do Ministério da Saúde este ano devido à incidência de casos de gripe entre estes grupos, que estão mais vulneráveis à doença.Só no ano passado, quando 80% dos idosos de Joinville receberam a dose da vacina, um levantamento realizado por profissionais de saúde apontou que aqueles que não tomaram a vacina ficaram sujeitos a complicações respiratórias. Entre elas, a pneumonia, que atingiu 11% da população com mais de 60 anos em 2010. A campanha continua durante a semana em todas as unidades de saúde.Postos volantes- BIG Beira-rio- BIG do Shopping Americanas (avenida Getúlio Vargas)- Supermercado Giassi (João Colin)- Angeloni (João Colin)- Angeloni (Ottokar Doerffel)Horário de funcionamento dos postos volantes: da abertura dos supermercados às 17 horas.

SAÚDE

A situação da saúde no município de Joinville será o tema principal da reunião da Acij, na segunda-feira. Estão confirmadas as presenças dos secretários estadual e municipal da área e mais o presidente da Federação de Hospitais. No mesmo dia, o prefeito Carlito Merss terá um espaço para explicar o pacote que propõe enxugamento da máquina pública

Visor

FIM DO SILICONE?

O médico Rogério Gomes, da clínica Beiramar Cirurgia Plástica, trouxe para Floripa o tratamento estético que utiliza células-tronco. Por enquanto, a técnica é aplicada só no rejuvenescimento da face e mãos do paciente. Mas a ideia é que possa ser utilizada também nas mamas, decretando o fim do silicone.

 ARTIGOS
Crianças e tragédias, por Saul Cypel *

A sucessão de tragédias, ambientais ou não, ocorridas nos últimos anos tem trazido preocupações de diversas ordens: o número elevado de mortos e feridos, a lamentação das perdas materiais e humanas das famílias atingidas, a destruição das construções e os prejuízos econômicos decorrentes. Entretanto, um aspecto fundamental, que nem sempre recebe a devida atenção, é o que se relaciona às consequências emocionais que podem comprometer os sobreviventes e, principalmente, as crianças que vivenciaram o ocorrido e sofreram as angústias dos riscos de morte durante aqueles momentos, da perda de familiares e amigos e mesmo a ocorrência de lesões físicas diversas. O episódio ambiental mais recente foi o do tsunami ocorrido no Japão, agregando-se os fatos de ter sido antecedido por um violento terremoto e sucedido por um acidente nuclear de dimensões severas. Já existem relatos dos horrores nas quais crianças estiveram envolvidas, cujas manifestações mais imediatas do trauma foram choros compulsivos, pesadelos e alheamentos silenciosos.

O estresse pelo qual as crianças passam nessas situações trágicas tem sido motivo de interesse dos profissionais de diversas áreas devido às prováveis repercussões em seu desenvolvimento psíquico. Trata-se do chamado “estresse pós-traumático”, cuja vivência poderá alterar o comportamento individual, determinando psicopatologias de gravidade variada que se apresentam com manifestações de ansiedade acentuada, depressão, dificuldades de interação social, entre outras. É importante levar-se em conta a idade da criança, pois os registros em sua memória poderão ser diferentes, dependendo do seu período etário.

Desse modo, é fundamental ter-se um cuidado especial com crianças nessas situações de tragédia. Mesmo albergadas, seja em espaços públicos improvisados, estádios ou até em campos de refugiados, como verificamos em países em condição de guerra, será importante um cuidadoso esforço para se criar momentos e atividades que lhes ofereçam carinho e prazer.

Os pais, parentes e outros com os quais estarão convivendo (muitas perderam seus pais) deverão ser esclarecidos sobre esses riscos para melhor poderem acolhê-las afetivamente, oferecendo-lhes segurança e proteção, essenciais para a sua futura saúde psicológica.

* NEUROPEDIATRA, PROFESSOR DA USP