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 GREVE EM JOINVILLE
Metade dos postos de saúde fechada

A Secretaria de Saúde de Joinville divulgou ontem a lista de postos de saúde que atendem à população. Dos 56 postos, a metade está fechada. Até agora, segundo informações da secretaria, 22,41% dos servidores da área aderiram à greve, ou seja, 381 trabalhadores.Quem precisar de consultas ou de serviços básicos de saúde nos locais onde os postos estão fechados pode procurar a regional do seu bairro para atendimentos médicos e medicamentos.

AN.com.br

 


HOSPITAL BETHESDA
Empréstimo de remédios

O Hospital Bethesda recebeu na tarde de ontem os medicamentos pedidos para a Secretaria de Saúde de Joinville em regime de empréstimo para atender à demanda que cresceu por causa da greve. O valor dos remédios será abatido do próximo repasse que a Prefeitura fará à entidade. Já os materiais para trabalhos, realizados para a atenção básica – como curativos –, serão entregues como doação, já que o serviço deveria ser prestado nos postos de saúde.

O diretor do hospital, Aristides Brüske, ainda mantém o alerta para os pacientes procurarem a unidade somente em casos de urgência e emergência. Nas demais situações, de menor risco, devem aguardar. “Estamos atendendo ao triplo da nossa demanda normal. Tivemos de transferir enfermeiros da ala de internação para trabalhar no PA”, lamenta Aristides.

Se a procura por atendimento no Bethesda aumentar mais, o diretor não descarta a possibilidade de fechar as portas do hospital e do pronto-atendimento. “Eu não vou colocar a minha equipe em risco”, diz. O pior dia enfrentado pelos funcionários foi a quinta-feira passada, quando os servidores de saúde do Estado, que trabalham no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt e da Maternidade Darcy Vargas, também paralisaram. Entre às 10 e 18 horas daquele dia, foram atendidas 190 pessoas, quando no normal, durante 24 horas, não é passar de cem pacientes.

 

AN Jaraguá

HOSPITAL
Prefeitura avalia proposta

Um plano operacional da Sociedade Beneficente São Camilo para administrar o Hospital Municipal Santo Antônio foi entregue ao Conselho Municipal de Saúde de Guaramirim. Este grupo tem até o fim de maio para decidir se aceita a proposta.

A proposta foi entregue na semana passada, em um encontro com representantes da entidade paulista com o conselho, o prefeito Nilson Bylaardt e o secretário de Saúde, João Deniz Vick. A São Camilo pede repasse de R$ 550 mil por mês para pagar os funcionários e manter a estrutura do hospital. Hoje, o repasse é de R$ 490 mil, feito pela Prefeitura, sem o funcionamento do centro cirúrgico, que está em obras.

A meta de atendimento prevista pela Prefeitura é de 70% pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – 60% é o mínimo previsto pelo Ministério da Saúde – e o restante para convênios e particulares. Pelo menos 4,6 mil pessoas passam por mês pelo hospital. Dessas, 95% são segurados do SUS.

 


Hospital de São José do Cerrito pode fechar a qualquer hora


Sem médico plantonista, falta de medicação e parcialmente interditado, o Hospital de São José do Cerrito pode fechar a qualquer momento. Um problema no estatuto da entidade mantenedora, a Fundação Médica Rural, está impedindo a prefeitura de repassar até as Autorizações de Internamento Hospitalar (AIHs).
 

Dados da secretaria municipal de Saúde apontam que 40 pacientes em média, são transportados todos os dias para Lages por falta de estrutura hospitalar e resolutividade. Das 50 AIHs que o município tem direito, 36 ficavam no hospital local e a partir de agora, serão usadas para pagar dívidas de AIHs com hospitais de Lages.

“Tomei decisão de não fornecer mais AIHs, a menos que o paciente interne. O hospital não atende a demanda de necessidade de internamentos. Este mês vou pagar as dívidas de internamentos fora”, avisa a secretária de Saúde, Denizete Monteiro Lima. Em dinheiro as AIHs representam cerca de R$ 16 mil mensal.

Cálculos da saúde apontam um custo médio mensal de R$ 50 mil para transportar os pacientes para Lages ou outras regiões. O que observa Denizete Lima é que o hospital do Cerrito precisa ser reequipado e ter mais profissionais. Por isso o município não quer renovar o contrato de repasse de recursos.

O assessor do hospital, Luiz Carlos Régis, admite que a situação é crítica e afirma que falta até Melhoral aos pacientes. “O hospital se tornou um ponto de triagem. Quando exige um tratamento mais apurado encaminha para Lages”, revela.
 

Ele afirma que a situação chegou no fundo do poço. “Não tem mais saída”, declara argumentando que não há problema no estatuto. A cobrança de entidades como Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e prefeitura é para que o estatuto do hospital seja atualizado pelo Código Civil de 2002, para que possa legalmente receber recursos. A diretoria da Fundação resiste em alterar o estatuto e segundo Luiz Régis, tem de haver bom senso e vontade política.

 

Arrecadação é insuficiente

 
Totalmente dependente dos recursos das AIHs, o Hospital de São José do Cerrito pode dar seus últimos suspiros no início de junho. Basta não ser repassado o valor que espera todo mês com o pires na mão, a diretora administrativa, Edileusa Muniz Ramos.Com dez funcionários, o que o hospital arrecada da só para pagar a folha de pessoal e os encargos. Água, luz e manutenção dependem de campanhas permanentes como rifas e doações. Edileusa Muniz lamenta que o repasse de R$ 4 mil que era feito pela prefeitura, não tenha sido renovado por problemas estatutários.

 “Quando fizemos o contrato com a prefeitura não havia impedimento legal. O estranho é que agora há esse impedimento legal”, questiona a diretora. Ela disse que o estatuto do hospital está sendo reformulado desde 2009 com acompanhamento pelo Ministério Público. E até agora não está concluído. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Marcelo Muniz, diz que os lojistas aceitam ajudar o hospital, desde que haja transparência de onde são aplicados os recursos e diretoria aberta. “O hospital precisa de investimentos, mas sem se abrir à comunidade é complicado”, opina.

Uma comissão provisória de voluntários presidida por José Luciano Ramos foi fundada para ajudar o hospital. E defende que é hora de renovar a diretoria da fundação que é a mesma há 37 anos.

 Estatuto é o problema

 “A diretoria do hospital é vitalícia. E além do mais é ilegal repassar recursos sem que alterem o estatuto. A prefeitura quer e vai ajudar, mas porque não aceitam que o Ministério Público acompanhe a alteração de estatuto?”.

O questionamento é do prefeito Everaldo Ransoni.  Ele acompanha as interdições de setores como obstetrícia, lavanderia e centro cirúrgico do hospital. Há três anos a Vigilância Sanitária interditou as três áreas por problemas estruturais e de segurança dos pacientes e funcionários. O hospital tem 21 leitos.Desde o ano passado o prefeito se colocou à disposição para ajudar o hospital e até já possui um projeto para recuperar a estrutura física. Mas defende antes da regularização do estatuto, pois entende que se repassar recursos, pode enfrentar problemas de ordem legal. “Já fizemos três reuniões e sempre no final, a diretoria do hospital é contra atualizar o estatuto”, lamenta o prefeito.

O assessor do hospital reitera que o problema não é o estatuto, mas falta de dinheiro em caixa da prefeitura. E enquanto persistir o impasse o hospital caminha para falência.


Só exame diminui vítimas de câncer de colo de útero

O número de mulheres vítimas fatais de câncer de colo do útero e de mama aumentou, em 2010, em Lages. Em função disso, cresceu o número de campanhas de conscientização desenvolvidas pela Secretaria da Saúde, que já observou uma melhora. Este ano, a média mensal de exames papanicolau (preventivo) passou de 900 para até 1.300.

Em 2010, de 56 óbitos entre mulheres em idade fértil (de 0 a 49 anos) seis foram vítimas de câncer de colo do útero e quatro por câncer de mana, número considerado alto pela secretaria. A mais jovem doente de câncer de colo do útero é uma menina de 15 anos.

O câncer de colo do útero é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama; é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos no Brasil.
Por outro lado, a coordenadora do programa Saúde da Mulher, da Secretaria da Saúde de Lages, Ligiane Zilio Borges, acredita que a mobilização das equipes de saúde tem dado resultado positivo. “As mulheres estão mais conscientes”.
Prova dessa melhora, foi o número de exames (papanicolau e de mama) realizados pelas unidades de saúde no sábado: 322.  “O número de exames que as unidades levam para fazer em 10 dias foi feito em um dia apenas”, comemora Ligiane.

Esse foi o terceiro mês do ano que as unidades de saúde abriram as portas para as mulheres no sábado. De 11 unidades, algumas ficaram abertas somente pela manhã, e outras o dia todo.
 

“Prevenir pode evitar. É simples e rápido. Quanto antes for verificado melhor e mais fácil é o tratamento”, aconselha a coordenadora, dizendo, ainda, que é preciso informar as meninas cada vez mais cedo, já que a partir da primeira relação sexual é preciso fazer o exame anualmente.

O procedimento adotado pela Secretaria de Saúde é de anotar o número de telefone das mulheres que fazem o exame, em caso de apresentarem alguma alteração, são chamadas para uma conversa. O médico ginecologista, Getúlio Romagna Filho, que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), demonstra preocupação quando o assunto é preventivo ao câncer de colo do útero. Ele afirma que aproximadamente 10% a 20% das mulheres não fazem preventivo rotineiramente, o que torna essa doença um problema de saúde pública. “Conforme a doença avança, podem aparecer sangramento vaginal irregular, corrimento e dor. O tratamento da doença avançada é mais complexo, pois podem existir metástases, que é quando o câncer atinge outro órgão do corpo que não o que se originou, no caso do colo do útero os órgãos mais afetados por metástases são a vagina, a bexiga e o intestino”, explica.
 

Programas ajudam na prevenção e no tratamento

Em Lages há programas que trabalham a prevenção e tratamento do câncer como a Rede Feminina de Combate ao Câncer e o programa de Saúde da Mulher, que incentivam a realização do preventivo. Já o Unacom do Hospital Tereza Ramos dá suporte ao tratamento das pacientes acometidas pelo câncer; e o Siscolo, que é um programa de monitoramento dos casos.

 O ginecologista Getúlio Romagna Filho explica que o câncer é um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, 99% das vezes causadas pela infecção de HPV, que é um vírus chamado de papiloma vírus e 50% das mulheres vão ter em alguma época da vida. “Mas nem todas desenvolvem a doença”, esclarece. Fatores de risco para o câncer de colo de útero são múltiplos parceiros, imunossupressão, outras DSTs, início precoce da vida sexual e tabagismo.Antes de se transformar em câncer, a doença passa por várias fases, isso pode levar anos e essas alterações podem ser detectadas no exame preventivo do colo de útero. “Esse rastreamento é muito importante, pois como é uma doença que atinge grande parte da população feminina, pode ser detectada [a lesão] em uma fase pré-invasiva, que geralmente não é considerada câncer ainda, onde as taxas de cura, quando tratadas nesse estágio, são praticamente de 100%”, revela.
 

Na fase de descoberta, as mulheres que ainda não têm filhos podem fazer conização, que é um procedimento onde é retirado a porção acometida pela lesão do colo do útero, mantendo assim a fertilidade.O médico observa que muitas mulheres não fazem o exame por falta de tempo e vergonha. “Oriento que a mulher deve ter vergonha de não se prevenir e não de fazer o preventivo e que quem não tem tempo está correndo um sério risco de ter câncer diagnosticado em fases mais avançadas o que compromete o tratamento”.

 Não tem desculpa!
 
Todo terceiro sábado de mês sim, mês não as unidades de saúde e a Secretaria de Saúde no Centro estão abertas para fazer o exame preventivo. Até o final do ano serão três meses de campanha aos sábado, julho, setembro e novembro.Durante a semana é possível fazer o exame na Secretaria de Saúde, a partir das 8h e às 13h, de segunda a sexta-feira.Nas unidades dos bairros há dias específicos para a coleta.Algumas unidades de saúde abrem à noite, em alguns dias do mês