BACTÉRIA
Epidemia mata dez na Alemanha
Pepinos importados da Espanha podem ter infectado mais de 300 pessoas
Pelo menos dez pessoas já morreram e outras 300 estão sendo tratadas na Alemanha devido à infecção por um tipo letal da bactéria E. coli. O governo suspeita que pepinos orgânicos importados da Espanha e contaminados com a bactéria possam ser a causa da epidemia.
A maior parte das mortes, causadas pela ingestão de alimentos contaminados, ocorreu em Hamburgo, no Norte do país. O tipo de bactéria registrado na Alemanha é o E. coli enterohemorrágico (EHEC), que causa diarreia com sangramento e pode levar à insuficiência renal. Diferentemente da maioria dos casos da doença, que afeta em geral crianças de até cinco anos de idade, quase todos os infectados são adultos, em sua maioria mulheres. Especialistas em saúde do governo estão recomendando à população do Norte da Alemnha que não consuma tomates, pepinos ou alface crus.
“Também é possível que haja infecções secundárias durante essa epidemia. Essas novas infecções se espalham de pessoa para pessoa, mas podem ser evitadas. Por isso, precisamos assegurar que a higiene pessoal de todos seja aprimorada”, diz Helge Karch, especialista em saúde pública da Universidade de Munster.
As autoridades alertaram que os pepinos possivelmente infectados podem ter sido enviados para República Checa, Áustria, Hungria e Luxemburgo. Restrições foram impostas sobre dois exportadores de pepinos espanhóis, embora não se saiba se a infecção ocorreu na Espanha, durante a viagem ou na chegada dos alimentos à Alemanha.
O grupo de bactérias Escherichia coli (abreviada como E. coli) é grande e diversificado, formado geralmente por cepas inofensivas. Alguns tipos, porém, causam diarreia, infecções urinárias, doenças respiratórias e pneumonia.
Viver Bem
GRAVIDEZ
GRAVIDEZ E REMÉDIO NÃO COMBINAM
Para as gestantes, o uso de medicamento sem indicação médica é duplamente perigoso
A automedicação, com o uso de uma erva aqui e outra ali, é tão antiga quanto a humanidade. E continua até hoje. Mesmo sabendo dos riscos, muitos tomam remédios por conta própria ou receitados por pessoa não habilitada. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica, cerca de 80 milhões de brasileiros se automedicam. E cerca de 35% sofrem intoxicações medicamentosas, revelam dados do Serviço de Informações Toxicológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
As grávidas também têm esse hábito. Para aliviar o desconforto de alguns sintomas durante a gestação, muitas mulheres optam por se automedicar. E esquecem os perigos que isso traz para a saúde delas próprias e, principalmente, do feto, que ainda não tem capacidade de metabolizar as substâncias ingeridas pela mãe. A farmacêutica Dafne Estevão afirma que muitas grávidas se queixam de enjoo, azia, enxaqueca, dores nas costas e nas pernas e, como o acesso a medicamentos para esses sintomas é fácil e não requer receita médica, é comum que elas recorram às farmácias e comprem remédios sem indicação.
“As gestantes só devem usar remédios com prescrição médica e quando for realmente necessário”, afirma Dafne. A procuradora Ingrid Patrícia Félix da Cruz, grávida de sete meses do segundo bebê, sabe como se comportar diante de qualquer distúrbio. “Só tomo remédio em último caso. Se tiver uma crise de dor de cabeça, espero ela passar. Se não melhorar, então tomo um analgésico. Se não resolver, procuro o médico”, conta.
O ginecologista Hélio Mitiharo Nishi dá um importante conselho às gestantes que já têm algum tipo de problema de saúde crônico, como diabetes, e que tomam medicamentos de uso contínuo. “Elas devem evitar a automedicação, pois a mistura de substâncias diferentes pode trazer danos maiores”, esclarece o médico. Um outro erro comum de muitas grávidas é aproveitar a experiência de outras gestantes, achando que aquilo que serviu para uma pode servir também para ela. “O obstetra é o melhor profissional para indicar o que deve ser feito diante de uma dor ou mal-estar durante a gestação. Essa história de seguir tradições de outras grávidas da família ou de amigas pode trazer muitas complicações”, alerta.
Dafne acrescenta que as futuras mamães devem estar conscientes de que qualquer medicamento pode ser duplamente perigoso à saúde. O feto, por ser muito frágil, está mais sujeito a efeitos negativos não esperados. “As pessoas em geral têm o costume de achar que um simples analgésico é inofensivo, já que não requer receita médica, e a maioria guarda a famosa ‘farmacinha’ em casa, com uma grande variedade de substâncias químicas, sem saber dos riscos à saúde”, explica a farmacêutica.
MARIA VITÓRIA | CORREIO BRAZILIENSE
Denúncia
Só para se ter uma idéia o Paraná recebe R$ 5,7 milhões para a criação e manutenção de leitos de UTI. O Rio Grande do Sul um pouco menos, R$ 4 milhões. Sabem quando recebe Santa Catarina? Nosso estado não ganha mais de R$ 690 mil. Essa má distribuição de recursos federais foi criticada pelo deputado José Milton Scheffer. "Dos recursos disponibilizados pelo governo federal para este fim, apenas 0,71% ficou para Santa Catarina, suficiente apenas para quatro novos leitos. Uma discriminação enorme, que vai fazer com que muitos catarinenses morram por falta de leitos", denunciou.