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INIBIDORES DE APETITE
Inibidores na mira da Anvisa

Agência reguladora não se convence das vantagens e pode anunciar a proibição dos medicamentos no fim de julhoApós meses de intensos debates, deve se confirmar a proibição da venda de remédios inibidores de apetite no Brasil, sugerida em nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro deste ano. O assunto voltou a ser debatido, em Brasília, no Painel Técnico Internacional sobre Eficácia e Segurança dos Medicamentos Inibidores de Apetite, promovido pela agência. Segundo a chefe do núcleo de investigação em vigilância sanitária da Anvisa, Maria Eugênia Cury, o encontro reforçou as conclusões da agência reguladora de que não há margem de garantia para o consumo da sibutramina e dos anorexígenos anfetamínicos (anfepramona, femproporex e mazidol) com segurança por pacientes obesos. “Nós não conseguimos ter uma resposta objetiva de qual população se beneficia. Que o medicamento tem problemas de segurança, eu não tenho dúvidas”, afirma Maria Eugênia.

Segundo o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, o mundo consumiu 5,7t de sibutramina em 2010. Dessas, 3,3t foram vendidas na América do Sul e quase 80% desse valor, cerca de 2,6t, foram consumidas por pacientes brasileiros. A maior divergência entre a agência e as entidades médicas e farmacêuticas envolvidas girava em torno do estudo Scout, que levou à proibição da sibutramina na Europa.

No painel técnico, conforme Maria Eugênia Cury, foi possível analisar os dados do estudo e mostrar para os médicos que não havia equívoco em falar sobre os riscos para qualquer obeso, e não apenas para aqueles que já tenham histórico de doenças cardiovasculares.

Após as discussões, um documento será elaborado e avaliado pela diretoria colegiada da Anvisa, que deve decidir pela proibição ou não dos emagrecedores.

“A previsão é de que a resposta no fim de julho, segundo o presidente Barbano.

 


SAÚDE
Um tira-gosto que só faz bem


Estudos mostram que o amendoim pode se tornar um dos mais importantes alimentos do planetaNos próximos 25 anos, o amendoim pode deixar de ser visto como um mero tira-gosto e se tornar um dos alimentos mais importantes do mundo.

Pelo menos é o que acreditam cerca de cem especialistas de mais de 10 países que estiveram reunidos semana passada em Brasília, na 5ª Conferência Internacional da Comunidade Científica de Amendoim, promovida pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Embrapa/Cenargen). Em três dias de encontro, eles apresentaram e debateram pesquisas de melhoramento das variedades de um dos petiscos mais consumidos no planeta.

Genuinamente brasileiro, o amendoim é uma das leguminosas produtoras de grãos mais plantadas no mundo. Devido ao seu alto conteúdo de proteína e óleos insaturados, tem papel fundamental na alimentação dos povos de países da América Latina, da África e da Ásia.

Além disso, cumpre um importante papel social, garantindo a segurança nutricional e a sustentabilidade da agricultura em áreas áridas de diversas nações, inclusive o Brasil. Na África, por exemplo, ajuda a combater a desnutrição de crianças.

O que faz os especialistas acreditarem que o grão pode adquirir um papel central na alimentação mundial são algumas de suas características. A qualidade do óleo do amendoim é superior à do azeite de oliva, o que pode ajudar na prevenção de doenças cardíacas. Os grãos apresentam grandes concentrações de vitamina E – antioxidante que previne câncer, diabetes e doenças autoimunes – e de proteína, podendo substituir a carne em países onde há escassez desse alimento.

 Brasília