CONTRAPONTO
Antônio Aguiar garante que o novo administrador da Maternidade Karina Kuss, de Mafra, embora não tenha formação na área da saúde, vai promover um choque de gestão na instituição.
AN Jaraguá
HOSPITAL JARAGUÁ
Ainda faltam R$ 21 milhões
Campanha que busca doações para novo prédio é intensificada em Jaraguá do Sul
Com previsão de começar as atividades em fevereiro de 2012, o centro de cardiologia do Hospital Jaraguá depende ainda de R$ 21 milhões para concluir obras e instalar equipamentos. O valor representa um pouco mais da metade do total do empreendimento. A obra está orçada em R$ 39,8 milhões (veja quadro na página 5).
Para isso, a campanha de incentivo a doações por pessoas físicas e jurídicas, que começou em 2008, continua mais forte. O presidente do conselho administrativo do hospital, Rodolfo Francisco Hufenüssler, e o presidente da Comunidade Evangélica Luterana de Jaraguá do Sul, Waldemar Behling, continuarão com as visitas às empresas para pedir ajuda. “Temos a garantia de que o governo do Estado vai nos ajudar novamente, mas precisamos ainda do apoio da comunidade. Estamos distribuindo cartas aos empresários para que contribuam”, disse Hufenüssler.
O conselho também quer ajuda do poder público. Durante os dois anos de obras, o único recurso dos cofres públicos de Jaraguá do Sul veio da Câmara de Vereadores. O Legislativo repassou R$ 360 mil no fim do ano passado.
Um dos coordenadores da campanha, Waldemar Behling, espera que o Executivo também contribua. A diretoria do hospital encaminhou ofícios pedindo ajuda, mas sem detalhar valores. A expectativa, segundo Behling, é de que o município repasse pelo menos R$ 4 milhões, o mesmo valor destinado às obras do Hospital São José.
De acordo com a Prefeitura, ficou definido em reunião entre a prefeita Cecília Konell e a direção do hospital que o município vai colaborar. O valor a ser repassado ainda não foi acertado. A Secretaria de Saúde repassa cerca de R$ 230 mil por mês para o serviço ambulatorial da unidade.
O diretor administrativo do hospital, Jeferson Gomes, diz que a previsão é de que, a partir de fevereiro, comecem as internações. Tudo depende das doações. “Se não tivermos os recursos, vamos ter de atrasar a compra dos equipamentos”, ressalta Gomes.
HOSPITAL JARAGUÁ
Prédio de apoio do centro terá heliponto
obra do hospital está dentro do cronograma. Este mês, vai começar a construção do prédio onde fica a unidade de apoio. Ali, estarão concentradas as estruturas de administração, três centros clínicos, auditório, consultórios, heliponto, depósito, engenharia clínica e outras atividades de suporte ao atendimento clínico e de internação.
O prédio, de nove andares e com 5,1 mil metros quadrados, deve ficar pronto até o fim do ano. Segundo o projeto, essa estrutura ficará a cerca de seis metros de distância do prédio para internações, atualmente em fase de acabamento. Esta unidade com sete andares terá salas de cirurgias com equipamentos aéreos para evitar que as peças toquem o chão e facilitem a movimentação dos médicos e enfermeiros. Além disso, terá um setor de videomonitoramento, em que as cirurgias poderão ser acompanhadas a longa distância.
“Todas as camas serão móveis para que o paciente seja atendido sem a necessidade de sair dela”, conta o diretor administrativo do Hospital Jaraguá, Jeferson Gomes.
A arquiteta Eliana Mallaguez, especializada em obras hospitalares, ressalta que o projeto prioriza a estrutura humana e acolhedora. “A obra foi feita para deixar o local agradável e identificado com o perfil da região”, afirma.
Mais investimentos
Nos planos da unidade, estão mais mudanças. A estrutura atual, onde estão concentrados os atendimentos do hospital infantil e maternidade, devem passar por reforma a partir de março do ano que vem.
HOSPITAL JARAGUÁ
Investimento em equipamentos modernos
O centro de cardiologia do Hospital Jaraguá deve ser uma unidade de referência no atendimento de problemas cardiovasculares. Segundo especialistas da área, doenças do coração provocam 40% das mortes no País. Para atender bem, o investimento em equipamentos de alta tecnologia será maior do que o aplicado na obra.
Segundo o presidente do conselho administrativo do Hospital Jaraguá, Rodolfo Francisco Hufenüssler, o valor total previsto em aparelhos é de R$ 20 milhões, enquanto na construção serão investidos cerca de R$ 15 milhões. A maioria dos equipamentos é importada.
Por ser uma entidade filantrópica, o hospital conseguiu isenção de impostos. “Teremos um centro de referência de alta qualificação para atender a toda a região”, destacou Hufenüssler.
O coordenador da área médica da unidade, Amélio Lissi, conta que foram comprados equipamentos de alta qualidade tecnológica. Os prontuários serão digitalizados, sem a necessidade do uso de papel, cita como exemplo. “Numa faixa entre Porto Alegre e São Paulo, Jaraguá do Sul será uma referência em modernidade, somado à boa estrutura que temos também no Hospital São José. Nem Curitiba ou Florianópolis terão uma estrutura igual. Isso vai forçar a modernização da área na região”, avalia.
Saiba mais
Como é unidade filantrópica e recebe recursos públicos, o Hospital Jaraguá tem de destinar 60% dos leitos para pacientes do SUS.
A campanha aceita doação de qualquer valor. A contribuição pode ser por boleto bancário.
VACINAÇÃO
Combate à febre amarela
Depois que dois casos de febre amarela foram registrados em São Bento do Sul, a Secretaria de Saúde do município deram início a uma campanha de vacinação contra a doença.
A meta é imunizar toda a população. Até ontem, apenas 16% dos moradores procuraram os postos de vacinação. Além da baixa procura, outro fator preocupante, segundo a secretaria, é que, só em 2010, seis focos do mosquito transmissor da febre amarela (o Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue) foram encontrados na cidade, e este ano outros três focos já foram registrados, nos bairros Colônia e Serra Alta.
A dose da vacina deve ser tomada de 10 em 10 anos para garantir a imunização. A campanha acontece até dezembro em todas as unidades de saúde das 7h30min às 12h e das 13h30min às 17h. Somente no Posto de Saúde Central o expediente da sala de vacinas foi prorrogado até as 19h. Segundo a enfermeira Cristiane Jantsch Sestren, do Centro de Vigilância à Saúde (CVS), esta é a primeira vez que São Bento entrou como área de risco, portanto, é importante que todos procurem a unidade de saúde mais próxima. Há restrições apenas para gestantes, mulheres que estejam amamentando e pessoas com doenças crônicas.
– Antes de aplicar a vacina, os profissionais fazem uma abordagem, e em alguns casos de doenças crônicas, por exemplo, a vacina só é aplicada sob orientação médica – detalha.
De acordo com a Secretaria de Saúde, até ontem nenhum caso suspeito da doença foi registrado. De qualquer maneira, o alerta existe também para que a população fique atenta aos sintomas da doença, que são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo e icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos).
A doença pode comprometer o fígado e os rins, causar infecção progressiva, queda da pressão arterial e manifestações hemorrágicas (sangramento nasal, bucal, cutâneo, no vômito e nas fezes). Esses sangramentos podem causar a morte se não houver tratamento imediato.
São Bento do Sul
GERAIS
Hoje é dia de doar sangue em Itajaí
A unidade móvel do Hemosc estará em Itajaí hoje para doação de sangue. Serão distribuídas 50 senhas a partir das 8h e mais 50 às 13h30min. A campanha é aberta para doadores voluntários já cadastrados e também para novos doadores. A unidade ficará em frente ao Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, na Avenida Marcos Konder, no Centro.
ESPERANÇA CONTRA A AIDS
Comprimidos podem barrar o HIV
Dois novos estudos científicos revelaram que a ingestão diária de comprimidos do medicamento Truvada evitou que homens e mulheres heterossexuais da África fossem infectados com o vírus HIV, causador da Aids.
A descoberta anunciada ontem alimenta esperanças de que, um dia, será encontrada uma proteção médica contra o HIV.
– Esta é uma boa notícia e um bom dia para a prevenção contra o HIV – declarou a doutora Lynn Paxton, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, nas iniciais em inglês), responsável pela coordenação da pesquisa realizada pela agência norte-americana.
No início do ano, um outro estudo havia concluído que este mesmo medicamento não impedia que mulheres testadas no Quênia, Tanzânia e África do Sul contraíssem o vírus HIV. Mas agora os pesquisadores acreditam que esse primeiro estudo possa vir a perder validade por conta do sucesso dos outros dois anunciados ontem. O primeiro, que foi coordenado pelo CDC, abrangeu mais de 1,2 mil homens e mulheres em Botsuana. Metade das pessoas submetidas ao teste foi medicada com comprimidos diários de Truvada, usado nas infecções por HIV, e desenvolvido pela Gilead Sciences Inc. Para a outra metade, foi ministrado um placebo.
Exames realizados nas pessoas submetidas ao teste indicaram que quatro das que foram medicadas com o Truvada contraíram o vírus, comparado com 19 que receberam o placebo. O segundo estudo foi financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates e conduzido pela Universidade de Washington. Envolveu mais de 4,7 mil casais heterossexuais no Quênia e em Uganda. Em cada casal, um dos parceiros havia contraído o vírus HIV, e o outro, não. Para os não infectados, foram ministrados placebos, comprimidos de Truvada ou um remédio, também desenvolvido pela empresa Gilead, o Viread.
Uma comissão independente formada para revisar os testes afirmou no domingo que o benefício foi claro e, por isso, não deviam mais ser ministrados placebos e, em vez disso, que fossem oferecidos os comprimidos preventivos.
Os integrantes da comissão consideraram antiético ocultar das pessoas que elas estavam sendo medicadas com placebo, disse o doutor Jared Baeten, pesquisador da Universidade de Washington que codirigiu o estudo.
– Nossos resultados fornecem evidências claras de que o medicamento funciona no caso dos heterossexuais – disse ele.
Em ambos os estudos, os participantes também receberam orientação e preservativos gratuitamente, o que pode contribuir para explicar a taxa de infecção, no geral, relativamente baixa
Colunista Cacau Menezes
Doença silenciosa
Aproximadamente 5 milhões de brasileiros estão infectados com as hepatites B e C, que destroem o fígado e provocam cirrose e câncer. Quanto mais cedo se descobre a doença, melhor, pois a doença não costuma apresentar sintomas muito fáceis de identificar. Já existe vacina para as hepatites A e B. Pedir ao médico para fazer o teste pode salvar a sua vida. Fique ligado!
SAÚDE
Anvisa avalia remédios
Levantamento aponta que metade dos produtos vendidos trata doenças mentais
BRASÍLIA - Um levantamento feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que 44% dos remédios controlados vendidos em farmácias e drogarias são indicados para o tratamento de transtornos mentais e de comportamento.
Os dados fazem parte do primeiro Boletim de Farmacoepidemiologia do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) divulgado pela Anvisa, que traz um perfil do consumo de 143 medicamentos de venda controlada, no período de março de 2007 a março de 2010. O monitoramento é feito a partir das receitas médicas retidas e notificações de entrada e saída de produtos em mais de 39 mil estabelecimentos, localizados em 3,5 mil municípios.
Os transtornos mentais e comportamentais estão dentro do grupo de doenças do sistema nervoso central, que respondem por 74,8% dos remédios controlados consumidos no país. De acordo com a Anvisa, existem 70 tipos diferentes de princípios ativos registrados no país que agem no sistema nervoso.
As informações do boletim, que passará a ser divulgado a cada seis meses, serão usadas para traçar estratégias de fiscalização da venda dos remédios e monitorar o uso das substâncias. Os medicamentos controlados englobam os tarja preta e emagrecedores
Fato
O governador Raimundo Colombo em entrevista ao programa Visão Geral da Record News confirmou que nos próximos 45 dias deverá estar concluída a emergência do Hospital Celso Ramos em Florianópolis. Além disso, foi categórico ao afirmar que o Cepom está na lista de prioridades do governo para a conclusão do centro cirúrgico