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AN SERVIÇO
Amamentação

A Maternidade Darcy Vargas realiza cursos e palestras para funcionários e pacientes durante a Semana Mundial da Amamentação, que começa hoje e termina dia 7 de agosto. Informações: 3431-2825.

 

 Geral


TRANSPLANTE
Menino Cauê evolui bem no período crítico

Cauê Suzin, o menino de dois anos que recebeu um novo coração na quinta-feira, no Instituto do coração, em São Paulo, está bem após 72 horas do transplante, período ainda considerado crítico. No sábado, ele teve um pouco de retenção de líquido, mas ontem os rins voltaram a funcionar normalmente. A família dele é de Concórdia, mas há três meses estão na capital paulista.

 

PLANOS DE SAÚDE
Maior cobertura a partir de 2012
Inclusão de 60 procedimentos vale para contratos a partir de 1999

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicará, terça-feira, resolução que atualizará a cobertura obrigatória dos planos de saúde contratados após 1999, ano em que passou a valer a lei que regulamenta o setor. A lista contém 60 novos procedimentos que os convênios terão de custear a partir de janeiro de 2012 – chamado Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Entre eles, estão cirurgia de redução de estômago via laparoscopia, terapia ocupacional e tomografia especial PET Scan, usada no diagnóstico do câncer. A lista completa com a descrição das novas obrigações só será divulgada com a publicação da norma.

O tema passou por consulta pública entre 15 de abril e 21 de maio, quando uma lista com 50 novos procedimentos foi apresentada pela ANS. Após análise das 6.522 contribuições da sociedade – 69% delas apresentadas por consumidores – o órgão regulador chegou a uma lista final que acatou as 50 sugestões e acrescentou mais dez. Ao incluir as novas obrigações de atendimento, as operadoras terão que manter o valor da mensalidade dos planos, já que o índice máximo autorizado pela ANS para a correção deste ano, de 7,69%, já foi aplicado.

A reguladora monitorará, contudo, os impactos econômico-financeiros das atualizações no rol de procedimentos de janeiro a dezembro do ano que vem e, se houver aumento de custos, eles podem ser levados em conta no cálculo do reajuste das mensalidades de 2013 – que podem, também, diminuir. Nos casos de procedimentos de maior complexidade, quando indicados no tratamento de doenças que o beneficiário saiba ter – classificadas de Doenças ou Lesões pré-existentes(DLP) –, será exigida carência de até 24 meses, com declaração expressa no contrato.

 

 

PLANOS DE SAÚDE
Transplantes em discussão

O processo de revisão da cobertura obrigatória contou com um grupo técnico de representantes de entidades de defesa do consumidor, operadoras de planos de saúde, profissionais de saúde que atuam nos planos e técnicos da ANS. “Como são as entidades de especialidades médicas que detêm o conhecimento de novas tecnologias, suas propostas de inclusão no rol de procedimentos de cobertura obrigatória dos planos de saúde são positivas e devem ser aprovadas pela ANS”, argumentou a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Juliana Ferreira.

O Idec defende que os transplantes de coração, pulmão, pâncreas e fígado também tenham cobertura obrigatória, conforme sugestão da Associação Médica Brasileira (AMB), que não foi inserida na lista preliminar. “A inclusão dos transplantes é imprescindível, já que a revisão do rol deve buscar se equiparar aos protocolos públicos e acompanhar a incorporação de procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, pondera Juliana Ferreira. A relação de procedimentos é atualizada periodicamente. Na ocasião, foi definida a inclusão de 54 procedimentos nos planos médico-hospitalares e 16 procedimentos nos planos odontológicos.

 

 

VÍRUS H1N1
RS registra oito novos casos de gripe A

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) do Rio Grande do Sul confirmou oito novos casos de gripe A no Estado. Até o momento, foram 1.014 casos suspeitos, 83 deles confirmados, e nove óbitos. A Secretaria Estadual da Saúde lembra que, no mesmo período de 2009, foram notificados 3.557 casos suspeitos de gripe A (H1N1) e confirmados 1.970,com 223 óbitos pela doença.

 

 


DOCES
DOCINHO, porém nada inofensivo
Irresistível ao paladar, açúcar pode trazer várias doenças. Saiba como substituí-lo

A maioria das pessoas, quando lembra dele, chega a ficar com água na boca. O doce do açúcar, irresistível ao paladar, parece ser uma fonte inesgotável de alegria. Porém – assim como outros alimentos, como os gordurosos – podem trazer sérios danos ao organismo se consumidos em excesso. E os brasileiros dão um péssimo exemplo de descontrole. Os níveis de consumo da substância são considerados muito acima do aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda que 10% de toda a ingestão calórica em um dia seja de açúcar. Consumimos, por ano, 17% – quase 63 quilos anuais, às vezes de forma imperceptível ou inconsciente, como em refrigerantes e produtos industrializados.

Alguns estudiosos o consideram um veneno, como o endocrinologista Robert Lustig, da Universidade da Califórnia. “Açúcar é veneno. Deveria ser considerado tão ruim e viciante quanto o cigarro e o álcool. As pessoas comem doce em todas as refeições. Deveriam fazer isso uma vez por semana”, afirma ele.

Lustig tornou-se conhecido fora do círculo acadêmico depois que o vídeo “Sugar: the Bitter Truth” (Açúcar: a Verdade Amarga) foi postado no YouTube, ainda em 2009. Desde então, mais de um milhão de pessoas assistiram à aula de 1h26 pela internet.

O principal argumento do especialista é que a forma como o açúcar é metabolizado pelo organismo o torna muito perigoso. O açúcar de cana, tão popular no Brasil, é tecnicamente chamado de sacarose. Quando digerido, ele se transforma em glicose e frutose. Excesso de glicose é ruim, mas excesso de frutose parece ser muito pior.

A frutose derivada do açúcar de cozinha e a frutose ultraconcentrada usada no xarope de milho que adoça os refrigerantes são metabolizadas primeiro (e rapidamente) pelo fígado. Ele passa a trabalhar demais, o que pode levar a um fenômeno chamado de resistência à insulina. Ou seja: o fígado deixa de ser capaz de atuar na redução de glicose no sangue. As consequências para a saúde vão do diabetes tipo 2 à impotência sexual.

O consumo exagerado de açúcar ainda aumenta o valor calórico das dietas e propicia o ganho de peso, que pode predispor a doenças como hipertensão arterial e problemas cardiovasculares. Para quem opta por adoçantes, uma boa novidade: quem quiser calcular a quantidade de adoçantes que pode ingerir diariamente sem prejuízo à saúde pode fazê-lo no www.abiad.org.br. O cálculo estabelece o consumo conforme o peso corporal. Além do índice de adoçantes, o site também traz informações sobre o mercado diet e light, e notícias ligadas à saúde, alimentação e nutrição.

Mudando o paladar

Para ter uma convivência pacífica entre o açúcar, a saúde e a silhueta esguia, a solução é procurar escolhas saborosas e similares para fazer a substituição. O açúcar mascavo é uma troca interessante, pois é considerado mais saudável do que o tradicional, por não levar adição de produtos químicos durante o processo de refino. Há também o açúcar light, com o diferencial de possuir um tipo de adoçante não calórico no seu preparo.

Outra alternativa é o açúcar orgânico, sem uso de adubos nem fertilizantes químicos, assim como o mel, enriquecido de vitaminas e minerais. Porém, em relação ao conteúdo de sacarose, não existe diferença entre mel, açúcar refinado, mascavo ou orgânico. Todos eles têm quantidades de calorias similares e provocam ganho de peso. A saída é usar o bom senso e mudar hábitos, optando por alimentos que contenham fibras, que aumentam a sensação de saciedade e são excelentes aliados para controlar a fome – e a vontade de comer.


  

HEPATITE
Alfabeto de problemas


Conheça os vários tipos de hepatites, que atingem pessoas de todas as idades A, B, C, D, E e por aí vai. A classificação das hepatites virais causa confusão na cabeça de qualquer pessoa. Doença democrática, atinge a população infantil e adulta em todos os países do mundo. Os tipos B e C são os que mais preocupam a medicina, por dois motivos: o número de vítimas e a possibilidade de cronificação do problema. Em todo o planeta, o montante de contaminados pelos agentes infecciosos VHB e VHC ultrapassa os 500 milhões. Estima-se que 1 milhão de brasileiros estejam infectados pelo vírus da B e 3 milhões pelo da C. A boa notícia é que, nos últimos 20 anos, os avanços em métodos de diagnósticos e o desenvolvimento de novos medicamentos trouxeram boas alternativas para médicos e pacientes.

A expectativa é de que até 2015 a combinação entre algumas das 14 drogas já testadas clinicamente e em processo de aprovação traga uma resposta positiva maior à terapia, reduzindo também os efeitos colaterais notados atualmente. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Raymundo Paraná, uma vacina contra a hepatite C pode ser aguardada para a próxima década.

As investigações científicas também contemplam o vírus da hepatite E, com poucos registros em território brasileiro. Um trabalho recente realizado no Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no entanto, detectou anticorpos do VHE em grupos populacionais do Nordeste.

“Embora não existam ocorrências de surtos, como em países do Oriente Médio, da Ásia e da África, sabemos que o vírus já circula no Brasil. Os anticorpos encontrados nos exames que fizemos indicam que os indivíduos já tiveram essa hepatite em algum momento da vida”, explica a bióloga e doutora em biologia parasitária pela Fiocruz Débora Santos.

Como o vírus da hepatite A, a transmissão do agente infeccioso da E ocorre por via oral-fecal. A maioria dos pacientes passa pela doença sem se dar conta, porque ela é aguda e autolimitada, o que significa dizer que a cura é espontânea. “Já os vírus de transmissão parenteral e sexual – caso dos que provocam as hepatites B e C – podem ser mais agressivos e evoluir para a forma crônica da doença”, diferencia Paraná.

O vírus A é muito comum no Brasil e está relacionado à falta de higiene e saneamento. Somente 10% das crianças esboçam sintomas. A vacina é disponibilizada somente em laboratórios particulares, e a maioria dos indivíduos não contaminados na infância estão desprotegidos. Na idade adulta, a hepatite A se manifesta de forma letal para 2% dos infectados. A grande diferença entre os tipos A e E é que o vírus do último é encontrado em porcos e aves. Ou seja: é uma zoonose que pode ser transmitida por meio da carne suína não processada.

Sem sintomas, o perigo aumenta

O vírus da hepatite B é contraído pelo contato com sangue e outros fluidos dos portadores, sobretudo em relações sexuais sem proteção e no compartilhamento de agulhas e seringas. A mãe infectada também pode transmitir o VHB ao filho, em geral, no parto. Já o VHC raramente é transmitido por via sexual, embora essa forma também possa ocorrer. É mais comum a transmissão por sangue e seus derivados, além de objetos contaminados com esses elementos.

O VHB e o VHC são silenciosos. A doença pode permanecer assintomática por muitos anos. “Quando aparecem os sintomas, o fígado pode estar bem comprometido e a evolução natural, se a patologia não for tratada a tempo, é a fibrose hepática, a cirrose e o câncer de fígado”, lamenta a médica.

Quando a vítima elimina o VHC e o VHB espontaneamente, não existem motivos para preocupação. Se o paciente desenvolve a forma crônica da doença, ainda assim é possível controlá-la. Os medicamentos impedem a replicação viral. Como o órgão tem capacidade de regeneração, a inflamação cede. “Infelizmente, alguns pacientes desenvolvem resistência aos remédios e um transplante de fígado pode ser a alternativa para os casos mais graves”, acrescenta. Para detectá-los, além da biópsia, existe um novo exame, a elastografia hepática, um procedimento não invasivo e indolor.

 

CORREIO BRAZILIENSE

 

 


COMBATE À DENGUE
Fiscalização começa hoje em ferros-velhos
Ação em Blumenau vai multar empresas que não tiverem sucatas cobertas

A partir de hoje, os ferros-velhos de Blumenau serão multados se não estiverem adequados às regras do decreto estadual 3.687, que estipulou prazo de seis meses, a contar de janeiro deste ano, para que todos os 75 pontos de venda de sucata colocassem cobertura na área externa usada para depósito.

A vistoria será feita por 28 agentes do Programa da Dengue e dois fiscais da Vigilância Sanitária, que vão impor as medidas sanitárias. A previsão é de que o processo seja concluído em 10 dias.

O estabelecimento que não estiver adequado às normas poderá receber uma advertência, multa entre R$ 500 e R$ 1,6 mil ou interdição do local, por colocar em risco a saúde da população. A fiscalização será aplicada a partir de agora para frear a aparição de focos do mosquito aedes egypt até setembro, quando começa a época de calor e aumenta a proliferação das larvas.

Blumenau apresentou 65 focos de dengue em 2009, dos quais 64 foram encontrados em ferros-velhos e apenas um em residência. Em 2010 foram 35 focos e em 2011, 40, sendo que 90% deles foram encontrados em ferros-velhos e borracharias.

– Nestes locais, as larvas do mosquito vêm também de outros estados, dentro das peças de automóveis, e em cima das lonas dos caminhões – explica o diretor da Vigilância Sanitária, Marcelo Schaefer.

Blumenau tem 89 locais a serem vistoriados

A fiscalização será estendida a borracharias, depósitos de lixo reciclável e lojas de materiais para construção. Das 35 borracharias notificadas pela Vigilância, 80% já se adequaram à norma. Dos depósitos de recicláveis, quatro já foram notificados. Dois deles – um no Badenfurt e outro no Salto do Norte – serão fechados, segundo a coordenadora do Programa de Combate à Dengue, Dalva Assini. O motivo, além da vulnerabilidade ao mosquito, é a falta de licenças ambientais para funcionar.

Na segunda quinzena de agosto, será divulgado o número de estabelecimentos que ainda não estão dentro das novas regras. Blumenau tem 75 ferros-velhos e 14 estabelecimentos, entre borracharias e depósitos de lixo reciclável, totalizando 89 locais a serem vistoriados até setembro.

Denuncie a existência de focos do mosquito para a Ouvidoria da prefeitura, no telefone 156, ou diretamente com o Programa de Combate à Dengue, pelo (47) 3326-6824.

 

Blumenau

 

 

TRANSPLANTE
Cauê evolui bem em fase crítica

– Ele levantou o braço e pediu para eu dar a mão para ele – disse, emocionado, o pai de Cauê Suzin, o menino de dois anos que recebeu um novo coração na tarde da última quinta-feira, no Instituto do Coração, em São Paulo.

A família de Cauê mora em Concórdia, mas há três meses está na capital paulista. O garoto ficou 52 dias sedado e entubado à espera de um coração. Passadas 72 horas do transplante, período considerado crítico, o estado de saúde do menino é estável.

Segundo a junta médica, a evolução de Cauê está acima das expectativas. Ontem ele teve um pouco de retenção de líquido, mas hoje os rins estão funcionando normalmente. Cauê tinha uma miocardiopatia congênita, doença no músculo do coração.

Transplante de coração em crianças é raro no Brasil porque o doador tem que estar em morte cerebral para que órgão possa ser reimplantado. Em SC não é feito este tipo de cirurgia. Atualmente existem cinco pacientes com idade entre zero e 17 anos à espera de um coração no Incor em SP.

 

São Paulo

 


COBERTURA DE SÁUDE
Planos terão que fazer 60 novos exames

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicará, na terça-feira, uma resolução que atualizará a cobertura obrigatória dos planos de saúde contratados após 1999, ano em que passou a valer a lei que regulamenta o setor.

A lista a ser divulgada contém 60 novos procedimentos que os convênios terão de custear a partir de janeiro de 2012 – chamado Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Entre eles estão cirurgia de redução de estômago via laparoscopia, terapia ocupacional e tomografia especial PET Scan, usada no diagnóstigo do câncer. Embora o documento esteja pronto, a lista completa com a descrição das novas obrigações só será divulgada com a publicação da norma.

O tema passou por consulta pública entre 15 de abril e 21 de maio. Após análise das 6.522 contribuições da sociedade, o órgão regulador chegou a uma lista final que acatou 50 sugestões e acrescentou mais 10.

 

Brasília

 


SÃO JOSÉ
Confusão no Hospital Regional

Uma confusão no Hospital Regional de São José ontem terminou na delegacia. Funcionários acusaram uma mulher que buscava atendimento de agressão.

Deise Urbano da Silva, 18 anos, chegou às 8h30min ao hospital acompanhada por uma adolescente, que apresentava ferimentos leves devido à uma queda de uma moto. De acordo com os funcionários, Deise teria exigido que a amiga fosse atendida em cinco minutos, ou iria destruir o hospital. Os funcionários teriam pedido para aguardar, mas Deise teria começado a agredi-los. A Polícia Militar foi chamada e a adolescente junto com a agressora foram encaminhadas à Delegacia.

– As agressões são frequentes. Os profissionais estão preocupados com a segurança, principalmente desde a última sexta-feira, quando o único policial militar deixou de atender a unidade – disse um funcionário.

No boletim de ocorrência, ficou registrado que Deise cometeu uma agressão leve. Ela já tem seis passagens por agressão, desacato e furto.

 

São José

 

 

 Dia a Dia

 

Doação - O Hospital Universitário de Florianópolis (HU) necessidade de doadores de sangue de qualquer tipo. O estoque do serviço de hemoterapia está baixíssimo e o HU tem diversos pacientes internados necessitando de transfusão. A doação pode ser feita diariamente até as 12h. Informações: (48) 3721-9114

 

 

 

Saúde
O governador Raimundo Colombo assinará, amanhã, o repasse de R$ 1,7 milhão para o Centro Oncológico, no Itacorubi, em Florianópolis.

O investimento será para o pronto-atendimento e às internações

 

 

 


Índice de amamentação melhora, mas não é o ideal 


Nathan de seis meses tem a sorte de ter uma mãe consciente e determinada que não poupa esforços para amamentá-lo. Um estudo da Organização Mundial da Saúde mostra que o aleitamento materno, como único alimento ao longo dos primeiros seis meses de vida, pode reduzir em até um quinto os índices de mortalidade infantil em países em desenvolvimento.
 

Esta segunda-feira (1°/08) marca mundialmente a discussão sobre o tema que traz inúmeros benefícios para as crianças. Pesquisas de âmbito nacional constatam que, desde a implantação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno, no início da década de 80, os índices de aleitamento materno no Brasil vêm aumentando gradativamente, mas ainda estão abaixo do considerado satisfatório.
 

Em Lages o programa Saúde da Criança e do Adolescente, da secretaria municipal, constatou que do total de mães que levam seus filhos para fazer o exame do pezinho, logo nos primeiros dias de vida, 90% dão apenas leite materno aos bebês. Apesar de o número ser positivo, a coordenadora do Programa Karine Cruz Veiga, aponta que ainda há rejeição quanto a amamentação exclusiva. “Dizem que o leite não é forte, isso não é verdade, pois não existe leite fraco; outras mães sentem dor no seio ao amamentar porque a criança não está na posição correta e acabam desistindo mais cedo de alimentar com leite materno”, comenta.

 

O trabalho na Secretaria é conscientizar as mães para os benefícios do aleitamento materno. No curso de gestantes esse tema é abordado e segundo Karine são repassadas algumas dicas para as gestantes de como evitar a fissura no seio, que causa da dor na hora que o bebê faz a sucção do leite. “Tem uma maneira correta de amamentar e é importante colocar o seio em exposição ao sol durante a gestação e depois de começar a amamentar”, explica. Ainda há outras orientações, como a importância da mãe manter uma alimentação saudável.
 

Nem todas as dificuldades fizeram a professora de educação física, Daria Maria Koech, desistir de amamentar o filho Nathan. O menino nascido em janeiro deste ano teve intolerância a lactose. “Durante a gestação me preparei para amamentar no inicio não foi nada da fácil, pois sentia bastante dor e precisei fazer uma dieta restrita em função da intolerância a lactose que meu filho tinha, no entanto fui persistente, para mim amamentar é dar saúde amor e proteção”, define a mãe, que continua cuidando da alimentação. “Este momento e só meu e dele é o mais especial que passo com ele, quero amamentá-lo até no mínimo até ele completar um ano”.

 

 
OMS indica só leite materno até os seis meses

 

Mesmo com todas as campanhas em prol da amamentação já realizadas no país alertando para o leite materno como o alimento ideal para a criança, o último levantamento do Ministério da Saúde, de 2008, mostra que apenas 41% das mães fornecem exclusivamente o alimento até os seis meses de idade.

 Os números revelam também que as taxas de amamentação no Brasil cresceram desde 1999. O tempo médio de aleitamento materno aumentou de 296 dias para 342 no período, e 67,7% das crianças mamaram na primeira hora de vida. O levantamento envolveu a participação de 266 municípios de todo o país e aproximadamente 118 mil crianças menores de um ano.

 

Mas os números ainda estão longe do ideal. Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostra que quase todas as crianças brasileiras (cerca de 97%) iniciam a amamentação no peito logo nas primeiras horas de vida, mas permanecem mamando por um período curto.