Superlotação
Se o São José tivesse mais leitos em outras áreas, o pronto-socorro não sofreria com a superlotação. Ontem, 92 pacientes estavam no PS do hospital de Joinville – o ideal seriam em torno de 50. Como faltam leitos “normais”, muitos pacientes acabam internados no PS para receber atendimento.
Onde dá
Boa parte é formada por pacientes com AVC ou suspeita. Parte deles não precisaria estar no PS, mas como é onde é possível internar, vão para lá, explica o diretor Tomio Tomita. Vítimas de acidentes se encarregam da maior parte da demanda do PS.
Visor
FORA DE COMBATE
Bastou a coluna falar sobre o assunto para novos detalhes surgirem sobre a crise no atendimento emergencial na Capital. Das sete unidades do Samu de Floripa, duas ficaram sem maca por quase doze horas, no sábado. Os equipamentos estavam retidos na emergência do Hospital Celso Ramos sem leitos. Significa que um terço das ambulâncias da Capital permaneceu o dia fora de combate.
Geral
CONTRA O SARAMPO
Começa a campanha de vacinaçãoCrianças de um ano completo até seis anos e 11 meses devem ser vacinadas contra o sarampo, até 16 de setembro, nos postos de saúde de todo o Estado.
A campanha da Secretaria da Saúde começou ontem e a vacina também imuniza contra rubéola e caxumba. Os postos estão abertos entre segunda e sexta-feira, das 8h às 17h. Também está sendo feita a imunização contra a poliomielite para todas as crianças menores de cinco anos.
No próximo sábado, 13, será o dia D da vacinação. Em SC, a meta é imunizar, no mínimo, 474,3 mil crianças dentro da faixa etária determinada – 95% do total. Mesmo que a criança já tenha sido vacinada contra a doença, é importante repetir a dose.
– A campanha tem o objetivo de cobrir falhas de cobertura e os casos em que o organismo não respondeu à vacina – ressalta a gerente de imunização do Estado, Luciana Amorim.
Colunista Cacau Menezes
CONVÊNIO - Hospital Baía Sul, de Florianópolis, e a Unimed fecharam acordo para atendimento dos associados da operadora em cirurgias de alta complexidade e UTI.
ARRANCADA
Reclamações partem também do PSDB, que se considera o mais prejudicado na formação do governo. E até de alguns líderes liberais, embora de forma mais discreta. A avaliação até agora não é positiva, como ficou evidenciado na pesquisa realizada pela Fiesc. Sete meses já se passaram e não houve um planejamento estratégico. O governo está sem plano de voo, queixa-se a base. Nos oito anos da gestão Luiz Henrique, o forte era o alvo da descentralização, com obras e serviços dentro deste projeto político. Nos bastidores, há cogitações sobre o lançamento de um “PAC do Colombo”. Em outros segmentos políticos as ações serão deslanchadas por setores, como o “Mutirão da Saúde”, tema tratado pelo secretário Dalmo de Oliveira na reunião da Associação dos Prefeitos. Surgiram críticas sobre problemas na execução desta mobilização pela realização de milhares de cirurgias que estavam represadas. O secretário explicou que existem pedidos em duplicidade e que os problemas encontrados serão equacionados na execução do projeto.
No setor produtivo, a cobrança não tem sido diferente. O presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, reconhece qualidades políticas na figura do governador, diz que a população aplaude seu jeito sereno, simpático e amigável de se comunicar e administrar, mas que está faltando energia no governo, que há graves problemas de infraestrutura e que não existe uma política de desenvolvimento industrial. O agravamento da crise econômica mundial multiplica a angústia e a apreensão dos políticos e dos empresários. Ninguém consegue visualizar os efeitos desta nova onde recessiva que se avizinha.
- PSDB vai exigir uma posição do deputado Mauricio Eskudlark, que transferiu-se para o PSD. Como ele não se desfiliou e nem renunciou ao cargo de tesoureiro geral, será convidado a se pronunciar. Mas a bancada desistiu de pedir o mandato na Justiça.
SAÚDE
Começa nova etapa da campanha contra pólio
Até 19 de agosto, cerca de 19 mil crianças entre zero e cinco anos devem receber a segunda dose da vacina contra a poliomielite. Desde ontem, 40 dos 53 postos de Blumenau participam da campanha. Na primeira etapa, que ocorreu de 13 de junho a 1º de julho, 17,7 mil crianças foram imunizadas – 93% do público alvo. Também começou ontem, a distribuição da dose da Tríplice Viral, vacina que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, para crianças menores de sete anos. O Dia D da campanha contra paralisia infantil e Tríplice Viral será sábado, quando todas as unidades de saúde vão atender das 8h às 17h.
Medicamentos a 77 mil catarinenses Lages
O “Saúde Não Tem Preço” – marca do programa Aqui Tem Farmácia Popular – beneficia cada vez mais brasileiros e amplia o acesso ao tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Em Santa Catarina, até julho deste ano, quintuplicou o número de pessoas assistidas com a oferta gratuita dos medicamentos para hipertensão e diabetes nas unidades privadas credenciadas ao programa.
O total mensal de pessoas atendidas no estado passou de 15.250, em janeiro – data anterior à criação do Saúde Não Tem Preço -, para mais de 77.260, em julho. Em todo o país, a quantidade de beneficiados triplicou. O total mensal de brasileiros assistidos passou de 853 mil, em janeiro, para mais de 2,5 milhões, em julho. Em todo o período, 4,8 milhões de pessoas foram beneficiadas no País. Dessas, foram 150.718 só em Santa Catarina.
O programa Saúde Não Tem Preço fornece medicamentos gratuitos para diabetes e hipertensão desde fevereiro. Em Santa Catarina, a quantidade mensal de pessoas com diabetes beneficiadas pelo programa aumentou em quatro vezes, de 4.777, em janeiro, para 21.298, em julho. No caso da hipertensão, o número mais do que quintuplicou, passando de 12.850 para 67.030 beneficiados.
“Os números mostram que o brasileiro está mais e melhor assistido para o tratamento dessas doenças diretamente relacionadas aos novos hábitos de vida da população, que são a diabetes e a hipertensão”, observa o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A hipertensão arterial atinge 23,3% da população adulta brasileira (maiores de 18 anos), de acordo com o estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 2010, que considera o diagnóstico médico referido pelo entrevistado. Em Florianópolis, o percentual de hipertensos é de 20,8% da população adulta, abrangendo 18,7% dos homens e 22,6% das mulheres.
Ainda pelo Vigitel, o diagnóstico de diabetes atinge 6,3% da população adulta, sendo maior em mulheres 7% do quem em homens, 5,4%. Especificamente em Florianópolis, 6,3% da população têm diabetes, 5,5% do sexo masculino e 7,1% do sexo feminino.
Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes, o Saúde Não Tem Preço oferece mais 14 tipos de medicamentos, com até 90% de desconto, utilizados no tratamento de asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, gripe, e dislipedemia (para o tratamento a colesterol alto e outras disfunções sanguíneas), além de anticoncepcionais e fraldas geriátricas. Os medicamentos são oferecidos em mais de 17 mil farmácias e drogarias da rede privada credenciadas.