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ALTERNATIVA
Chás nas receitas médicas
Encontro do sistema de saúde pública municipal incentiva o uso de plantas

Pessoas de todas as áreas e também de outras cidades marcaram presença ontem no primeiro dia do Encontro Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que dá largada ao programa municipal para incentivo da produção e a incorporação dos chás ao Sistema Único de Saúde. O evento continua hoje no Teatro Juarez Machado, abordando desta vez práticas terapêuticas, como homeopatia e acupuntura. Os painéis começam às 9 horas.

A coordenadora municipal do programa, Edite da Silva, avaliou o primeiro dia como positivo. “Está dentro das expectativas. Eu já tinha ideia de que ia ter bastante gente”, diz. As cadeiras do teatro estavam quase todas ocupadas, principalmente no discurso de representantes do Ministério da Saúde, que passa a apostar ainda mais na iniciativa de incorporar plantas medicinais à rede pública de saúde. “É o ministério que vai regular todo essa cadeia”, explica Edite. E não é só isso. É na esfera federal onde irão ocorrer os incentivos a pesquisas para localizar ainda mais princípios ativos nas plantas já conhecidas ou não.

Até o momento, oito plantas serão integradas à rede de saúde. Ervas como guaco e aroeira complementarão o tratamento dos pacientes. A previsão de Edite é de que a lista aumente.

A coordenadora não descarta a possibilidade de ter um segundo evento no próximo ano. Segundo ela, já tem gente suficiente para garantir um público ainda maior. Após esse primeiro contato, Edite acredita que a população vai buscar mais informações sobre o uso correto das plantas. “Isso vai disseminar a ideia”, diz.

Para completar a onda de incentivo, há possibilidade de criação de hortas de plantas medicinais em escolas municipais e até postos de saúde, tornando o cultivo uma rotina para a população.

 


QUEIMADURAS
Anvisa pede inspeção em achocolatado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou à Vigilância Sanitária de São Paulo uma inspeção imediata na fábrica do achocolatado da marca Toddynho, em Guarulhos (SP). O pedido da Agência foi feito ontem e é resultado da ocorrência de casos de queimaduras na boca de quatro crianças que beberam o achocolatado no Rio Grande do Sul.

De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul, que investiga os casos, os primeiros resultados de análise laboratorial apontam um pH de 13,3, considerado muito alcalino para alimentos.

Os desvios de qualidade no composto alimentar sabor chocolate fortificado com vitaminas da marca Toddynho foram encontrados em dois lotes: L4 32 06:08 e L4 32 06:09, com data de validade até 19/2/2012.

A PepsiCO, responsável pela produção do Toddynho, informou que houve uma falha durante a fabricação. A empresa disse que os lotes foram distribuídos exclusivamente para o Rio Grande do Sul.

 

 


COR QUE SALVA
Tudo rosa em prol da saúde da mulher
Santa Catarina adere a movimento que alerta contra o câncer de mama

A escadaria da Catedral Metropolitana, em Florianópolis, foi palco, ontem à noite, das atividades do Movimento Outubro Rosa 2011. Houve apresentação da banda da Polícia Militar e de corais que cantaram juntos.

No Outubro Rosa – movimento mundial de mobilização pela prevenção do câncer de mama –, monumentos, vitrines e prédios são coloridos com a cor rosa. A exemplo da Figueira da Praça XV, a Ponte Hercílio Luz também será iluminada com a cor rosa na segunda quinzena de outubro.

O governo do Estado lançará ainda campanhas publicitárias de prevenção à enfermidade e um mutirão de exames, além de dar apoio aos hospitais na compra de equipamentos para detectar a doença.

De acordo com a madrinha da mobilização do Outubro Rosa, Ana Paula da Silva Bornhausen, para este ano estão previstos 1.570 novos casos de câncer de mama para Santa Catarina e 130 para Florianópolis.

– É essencial que o diagnóstico precoce e a importância da mamografia sejam amplamente divulgados. A grande vilã nessa luta é a falta de conhecimento. Temos que alertar e conscientizar –, explicou, lembrando que nem todo câncer de mama é igual e até mesmo para os mais agressivos existe tratamento.

Segundo dados da Estimativa 2010 do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número de casos novos de câncer de mama esperados para este ano no Brasil é de 49.240, com um risco estimado de 49 casos a cada 100 mil mulheres.

O câncer de mama é uma doença que já provocou cerca de sete milhões de mortes no mundo, sendo cerca de 10 mil por ano apenas no Brasil.

A ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros foi criada como uma forma prática para que o Outubro Rosa tenha visibilidade cada vez mais abrangente para a população.

 

VIDA SAUDÁVEL
A estação dos alérgicos
Primavera é a época mais temida por quem tem sensibilidade ao pólen

Com a chegada da primavera, o que pode ser um momento de contemplação da natureza para muitos, representa um problema para outros. Isso porque, antes mesmo da chegada da nova estação, a explosão de polens, fenômeno que se acentua durante a primavera, é um pesadelo na vida daqueles que já sofrem de alergias ao longo do ano.

Segundo o alergista e coordenador técnico do Projeto Social Brasil Sem Alergia, Marcello Bossois, o pólen pode causar problemas respiratórios quando penetra nas vias nasais, provocando crises de asma e rinite alérgica, espirros em sucessão, coriza e congestão nasal. A substância liberada pelas plantas pode gerar reações de hipersensibilidade, porém, pode ser mais prejudicial para quem já apresenta quadros de processos alérgicos por outros fatores. A polinização origina um processo de alergia chamado poliose ou doença polínica. O sistema imunológico destas pessoas, que é naturalmente mais frágil, se torna mais suscetível às crises da doença, que atinge cerca de 35% da população.

Alterações como rinites, conjuntivites e sinusites, além do agravamento da asma brônquica, são comuns. A realização de testes para identificar o tipo de alergia é fundamental.

– É importante prestar atenção aos sintomas, como coriza e coceira no nariz – afirma o peumologista João Geraldo Simões Houly.

 Como prevenir
> Mantenha as janelas fechadas à noite.
> Evite a exposição nos dias de maior concentração polínica (sol e vento). Evite passear em clubes de campo ou fazer serviços de jardinagem.
> A fumaça do cigarro pode agravar o quadro.
> Usar óculos escuros.
> Evite secar roupas ao ar livre.


TERAPIAS
Complementos para a saúde
Congresso nacional em Florianópolis mostrou práticas bem-sucedidas de integração entre o tratamento tradicional e terapias que cuidam da alma e do equilíbrio emocional

A saúde além do remédio e do médico tradicional. Não se trata de excluir a alopatia, mas complementá-la, entender o paciente de maneira ampla e integrada para possibilitar qualidade de vida e cura. Atitudes práticas e com resultados de sucesso foram mostradas esta semana, em Florianópolis, no I0 Congresso Nacional de Visão Científica e Holística no Ambiente Hospitalar, Reprogramação, Terapias Complementares e Espiritualidade.

Recentemente, o assunto ganhou força com a divulgação dos tratamentos complementares que o ator Reynaldo Giannechini está fazendo para buscar a cura de um câncer no sistema linfático. Reportagem da Revista Veja mostrou que Gianne fez uma cirurgia espiritual e, diariamente, toma uma cápsula com um coquetel fitoterápico para auxiliar no tratamento.

– As terapias complementares auxiliam em todos os tipos de tratamento como forma de trazer harmonia para o dia-a-dia e para chegar a melhores resultados com o tratamento tradicional – comentou Lisandra Alves, coordenadora geral do congresso e responsável por uma homenagem a Chico Xavier como o médico de almas realizada durante o evento em Florianópolis.

No Brasil, as práticas complementares ainda engatinham. Há poucos projetos dentro das instituições públicas de saúde nesta área. Em Santa Catarina, o setor de humanização do Hospital Regional de São José é uma iniciativa louvável. Ali desenvolvem-se terapias complementares como mahikari, tratamentos com uma naturóloga e o reiki, iniciado há três meses em parceria com a ONG Senhora de Lourdes:

– Esperamos que esses exemplos ajudem a levar essas práticas a todo o Brasil, para que a visão científica e holística caminhem juntas para a melhoria da saúde de todos – afirmou Lisandra, idealizadora do projeto do reiki, que começou há cinco anos no Rio Grande do Sul.

O congresso aconteceu de quarta à sexta-feira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e trouxe gente como a doutora em enfermagem Maria Marlene Montes, da Universidade Santiago de Cali, da Colômbia, que falou de saúde e espiritualidade. Em sua palestra, na quinta-feira pela manhã, Marlene enfatizou que, no futuro, a saúde será entendida cada vez mais como um bem-estar físico em harmonia com o espiritual.

Ao lado, saiba mais sobre as terapias complementares e veja como elas podem ajudar.


TERAPIAS
Regional adota o reiki e pacientes mostram melhora

Há três meses, Maria Marta Jeremias Rosa vai todas as quartas-feiras no Hospital Regional de São José. Voluntária da ONG Senhora de Lourdes, Maria dedica-se a praticar o reiki em pacientes do hospital que concordarem em receber a prática. Pode ser na UTI ou nos quartos, o que importa é a pessoa querer receber.

– O reiki estabelece bem-estar, tranquilidade e paz, e isso ajuda a manter o corpo em harmonia, fortalecendo o sistema imunológico – comenta Maria Marta.

Helena Marcia Kretzer, coordenadora do setor de humanização do hospital, percebe uma maior disposição dos pacientes para os tratamentos após as sessões de reiki. Ela lembra de um jovem paciente de UTI, que sofreu um acidente grave e estava desacreditado. Maria Marta fez quatro sessões à distância com ele, porque ela não podia entrar na UTI.

– O trabalho dos médicos com ele foi excepcional. Mas o reiki ajudou a mantê-lo tranquilo e equilibrado emocionalmente – conta Marcia.

Recentemente, o jovem esteve no hospital para agradecer os profissionais da humanização.

A prática do reiki no São José foi implantada pelo ONG Senhora de Lourdes, que já tinha a experiência de cinco anos do uso do reiki no Rio Grande do Sul (RS), implantado no Grupo Hospitalar Conceição e levado para profissionais de saúde e pacientes.

– Percebemos uma maior motivação nos pacientes participantes, o que já foi demonstrado em estudos científicos, com melhora na qualidade de vida e redução de sintomas e ansiedade. É sabido que um dos efeitos das terapias complementares é aumentar o grau de empoderamento do paciente, fazendo com que ele possa desempenhar um papel mais ativo no próprio tratamento. Na prática médica, há muito percebemos que os pacientes mais motivados toleram melhor os tratamentos – avalia o médico oncologista Marcelo Capra, que também foi o coordenador científico do Congresso, em Florianópolis.

O reiki teve resultados tão bons no RS que tornou-se referência em outros estados e até fora do Brasil. Em junho, integrantes da ONG e da organização do Congresso foram convidadas para apresentar a experiência na Universidade Santiago de Cali, que fica na Colômbia


TERAPIAS
Cura por meio de plantas

A fitoterapia é a terapia complementar mais conhecida do grande público. Também é a mais avançada em se tratando de reconhecimento dos órgãos públicos. Ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) estabeleceu uma lista com 66 tipos de plantas, suas indicações, contraindicações e dosagens, que podem ser indicadas pelos médicos de hospitais, centros e postos de saúde.

Alécio dos Passos Santos, especialista em plantas medicinais, cita a iniciativa da prefeitura de Joinville, que começou essa semana a implantar a fitoterapia na rede pública, como uma das primeiras de Santa Catarina a adotar a prática em rede.

O especialista expôs no Congresso alguns itens de sua coleção de 500 plantas. Ele explica que usada na dosagem adequada e sempre considerando a interação com outros remédios (o que pode potencializar efeitos ou inverter quadros), as plantas são ótimas aliadas na terapia contemplar.

Os efeitos medicinais das plantas são adstringente (contração de tecidos, contendo hemorragias e diarreias), antiespasmódicos depurativos (acalmam o sistema nervoso, expulsam toxinas), diaforéticos (provocam suor), diuréticos (agem sobre os rins), emolientes (têm efeito dissolvente, amolecendo os tecidos ou outras partes do organismo endurecidos por abscessos, úlceras, furúnculos, golpes e inflamações), estimulantes estomacais (produzem ações vivificantes no corpo, regularizando o funcionamento do corpo), sedantes (acalmam dores e qualquer excitação nervosa) e vermífugos (combatem lombrigas e outros vermes).

– A iniciativa do governo federal é ótima. Mas é só um começo.O problema é que na prática os médicos da rede pública não conhecem os remédios. Nas faculdades de medicina, as plantas não são estudadas, o que torna difícil um uso mais adequado das propriedades medicinais das plantas – afirmou Alécio.

 

O Congresso

> O congresso reuniu cerca de mil participantes entre membros da comunidade acadêmica, de instituições públicas e privadas, ONGs, cooperativas, movimentos sociais, profissionais da área da saúde, da educação, de artes e cultura.
> O congresso propôs uma ampliação do conceito de saúde hospitalar, discutindo arquitetura, direito, questões ambientais, uso das cores nos ambientes.
> Outros temas discutidos: visão científica e holística, saúde e espiritualidade, organizações hospitalares dentro da visão holística, a importância do trabalho holístico para os trabalhadores da saúde, acupuntura clássica no alívio de dor, cuidando e confortando pessoas com Reiki e Taquions, nutrição ortomolecular.
> Informações:
www.visaocientificaeholistica.com.br.

 

 TERAPIAS
Conversa no pré, sucesso no pós-operatório

Ministrada pela médica anestesista Maria da Graça Falkembach, a palestra

A Integridade do Ser: no pré, trans e pós operatório na cirurgia oncológica mostrou como uma atitude, aparentemente simples, chega a grandes resultados. Há cinco anos, no hospital onde atua, no Rio Grande do Sul, Maria da Graça passou a adotar uma entrevista, com um mês de antecedência à cirurgia, com o paciente e seus familiares.

– Uma conversa que procura entender a integralidade da pessoa e busca harmonizar o físico e o emocional. Sabemos quem ela é e qual as suas vontades e conflitos. A partir daí, o paciente passa a ser tratado com individualidade e não apenas como um órgão que será operado – comentou.

O que Maria da Graça observou a partir da aplicação das entrevistas foi um crescimento na satisfação desses pacientes no período de internação hospitalar.

– Eu sei que satisfação é algo difícil de ser medido. Mas a satisfação pessoal tem ação direta sobre o equilíbrio do sistema imunológico, que é o que esses pacientes mais precisam após uma operação – avaliou.

 
TERAPIAS
Geometria sagrada

Em uma palestra rápida, cerca de meia hora, a engenheira civil e psicóloga Cyntia Guaraldo Areripe mostrou como a estrutura do hospital pode influenciar positivamente na cura dos pacientes. Cyntia falou sobre a geometria sagrada, princípio que planeja construções harmônicas e que valorizam a cura por serem confeccionadas a partir de formas e proporções que traduzem harmonia e unidade entre si.

– São estruturas com formas que não têm cara de hospital, mas de locais que poderiam ser chamados de centro do ser, onde se usa energia eólica ou solar, e são autossustentáveis – explicou.

Algumas ervas e suas indicações
Erva de São João (hipericum) depressão
Novalgina (achileia milifalium) analgésico
Romã efeito de antibiótico
Hortelã de folha grande problemas respiratórios como
bronquite, gripes e resfriados
Marcela dor de cabeça
Jambu anestésico
Alfazema tranquilizante

 

ALIMENTAÇÃO
A vitória da carne vermelha
Cardiologistas defendem que o consumo moderado faz bem à saúde

Para terror de médicos e nutricionistas que defendem o quase banimento deste alimento do cardápio, uma pesquisa chamou a atenção durante o 66º Congresso Brasileiro de Cardiologia. No dia 17 foi divulgado um levantamento apontando que o hábito de comer carne não aumenta o risco cardíaco. Desde, é claro, que ela não seja gordurosa como os apetitosos cortes de costela.

O levantamento acompanhou dois grupos de 70 voluntários que ingeriram todos os dias, por cinco semanas,125 gramas de carne vermelha sem gordura e não tiveram qualquer alteração significativa nos seus níveis de colesterol, de pressão arterial e mesmo do temido LDL, o “mau colesterol”. A pesquisa confirma recentes estudos da Ásia, dos Estados Unidos e da Escandinávia, foi explicada por seu coordenador, o cardiologista Iran Castro.

– A carne magra, isto é, aquela da qual se retira a gordura visível, as tirinhas brancas, como o contrafilé, por exemplo, não aumenta o risco cardíaco – explica Iran.

O conselho é que não é preciso limitar o consumo do filé, da picanha ou mesmo do lombo de porco. Em compensação, fica praticamente vedado o consumo dos embutidos, salsichas, linguiças e mortadela, que, pelo excesso de sal, aumentam sensivelmente a hipertensão, prejudiciais à saúde. Esse trabalho científico, a mesa-redonda sobre correlação entre a carne vermelha e as doenças cardiovasculares e mais as colocações de Kevin Croce, de Harvard, que falou no congresso sobre as Verdades e Mitos sobre a Carne Vermelha, levam a um reposicionamento dos cardiologistas, que têm recomendado a redução drástica da carne vermelha e a sua substituição por carnes brancas e de peixe.

 


NOTAS
Coqueluche volta a causar mortes

A coqueluche está de volta à cena. A Organização Mundial da Saúde estima um impacto anual de 50 milhões de casos e 300 mil mortes causadas pela doença na população mundial. Em 2010, o Ministério da Saúde registrou 427 casos de coqueluche, dos quais 40% em São Paulo, sendo 80% em bebês com menos de um ano. Na cidade de Santana do Mundaú (Alagoas), houve um surto com 53 casos suspeitos, dos quais 38% confirmados.

Entre janeiro e agosto de 2011, o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) confirmou 593 casos da doença, com 15 mortes – sete em São Paulo, duas no Rio de Janeiro, uma em Roraima, uma em Pernambuco, uma na Bahia, uma em Santa Catarina, uma no Rio Grande do Sul e uma em Minas Gerais. Do total de casos, 451 ocorreram em menores de um ano.

Na fase adulta, a coqueluche se manifesta de forma leve e, muitas vezes, é confundida com outras doenças. Por isso, os adultos podem transmiti-la às crianças sem saber.

 

 

 

Prazo acaba e nenhuma proposta é apresentada para emergência do hospital 

Neste sábado (1), termina o prazo para o governo e município apresentarem proposta com um plano a médio ou longo prazo para a emergência do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP), funcionar com as exigências do corpo clínico.

De acordo com o presidente regional do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc), Fernando Pagliosa, não foi apresentada nenhuma proposta para o sindicato. “Na segunda-feira vamos nos reunir com o corpo clínico para decidir a próxima ação”, diz.

 Pagliosa afirma que não será paralisado o serviço da emergência porque até final do ano, os recursos estão garantidos. “Mesmo se eles não apresentarem proposta, não podemos paralisar agora. Mas vamos pressionar para que isso aconteça antes de 2012 começar”, completa.

 O secretário de saúde, Juliano Polese já disse em outra matéria divulgada sobre o assunto, que estava sendo sugerido aos municípios da região que melhorem seu atendimento para que diminua os encaminhamentos para Lages. “Mas isto não tem nada a ver com o que estamos pedindo”, completa Pagliosa.
 O corpo clínico exige R$ 80,00 pela hora plantão e um terço deste valor (R$ 26,66), pela hora de sobreaviso.  Atualmente, a emergência do HNSP, funciona com cinco especialidades: clínico geral, cirurgião geral, cirurgião vascular, anestesiologista e ortopedista.

 Os médicos querem manter essas especialidades e aumentar outras para o sobreaviso. “Queremos tranquilidade para trabalhar e a população quer um bom atendimento, não dá mais para a cada seis meses, o serviço ter que parar para que medidas serem tomadas”, lamenta.
Pagliosa ressalta que apesar da emergência não poder ser fechada este ano, o corpo clínico não irá alterar a proposta, já que os valores não mudam há dois anos. “Nossa proposta pode mudar para que os valores aumentem”, finaliza.

 A assessoria de imprensa do secretário municipal da saúde, informou que na segunda-feira (3), será feita uma coletiva de imprensa às 8h30min, no auditório da secretaria de saúde para falar sobre o assunto. O secretário estadual da saúde, Dalmo Claro de Oliveira, não foi encontrado para se posicionar.

 Relembre o drama da emergência

 11/08/2009 - Uma comissão liderada pelo presidente da Amures, Renato Nunes de Oliveira, e o secretário Regional, Osvaldo Uncini, vai ao governador para confirmar o socorro financeiro ao serviço de sobreaviso da emergência do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres.

 11/03/2010 - Passados 10 dias desde que os médicos especialistas suspenderam o trabalho no setor de emergência do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, o corpo clínico da instituição reuniu a imprensa para denunciar que não havia recebido qualquer proposta para sanar o problema e assim poder voltar a trabalhar.

 07/05/2010 - Médicos renegociam valores da hora de sobreaviso e da hora plantão com a direção do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres e acusam a Secretaria Municipal da Saúde de omissão no encaminhamento para sanar os problemas do setor de urgência e emergência.

 25/06/2010 - Governo do Estado repassa R$ 600 mil, parcelados em quatro vezes de R$ 150 mil, para o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP), em Lages. O valor vai ser usado para pagar os honorários dos médicos da emergência.

 20/10/2010 - O então secretário regional de Lages, João Cardoso, confirma a prorrogação do convênio, que venceu no dia 5 de outubro, garantindo o repasse de recursos para o funcionamento do setor até o mês de janeiro de 2011.

 19/01/2011 - Em assembleia geral realizada, entre a diretoria clínica do HNSP e o Sindicato Regional dos Médicos, foi decidido que a emergência do Hospital continuará funcionando normalmente até o dia 7 de fevereiro.

 26/05/2011 -A emergência fechou na noite do dia 26 de maio e voltou a abrir suas portas somente na noite do dia 3 de junho. Os pacientes foram atendidos no Tereza Ramos.

 
Ministério da Saúde incentiva doação de leite materno   

Instituído pelo Ministério da Saúde, o dia 1º de outubro é dedicado à doação de leite humano.
Considerado o alimento mais completo, indicado para consumo exclusivo de crianças com até seis meses de vida, nem todas as mães têm condições de amamentar. Com o intuito de atender crianças e mães com problemas na amamentação, foram criados os bancos de leite humano (BLH).

 No estado de Santa Catarina, já são 13 centros especializados na execução de coleta, processamento, controle de qualidade e distribuição do leite humano na rede pública de hospitais. A lista completa está disponível no site da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (http://www.fiocruz.br/redeblh).

 O Dia Nacional de Doação de Leite Humano é voltado para ações de sensibilização que ressaltam a importância da doação de leite, e também uma iniciativa para proteção e promoção de aleitamento materno. As funcionárias e chefia do Banco de Leite da Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis, estão preparando um mural em alusão à data.

 “Nosso objetivo é prestigiar as doadoras de leite e agradecer o cuidado que as mamães tem com seus bebês”, explica Jaqueline Soar Cavalheiro Lochs, chefe do BLH da maternidade. Além disso, as mamães que colaboram com o BLH da Maternidade Carmela Dutra doando leite coletado na própria casa receberão das funcionárias, no dia da visita, uma lembrança em forma de agradecimento.

 Podem ser doadoras as mulheres que produzem mais leite do que o filho necessita, desde que estejam saudáveis, não usem medicamentos que impeçam a doação e que se dispõem a fazer a coleta e a doação do próprio leite. No Brasil, a cada ano o Ministério da Saúde recebe o apoio para a campanha de doação de leite humano de uma personalidade da televisão. Já participaram atrizes como Cláudia Raia, Heloisa Perisse, Camila Pitanga, Samara Filippo e a cantora Claudia Leite.