SAÚDE
Falta remédio para a químio
Pacientes de câncer do Hospital São José tiveram sessões canceladas este mês
Cerca de 30 pacientes em tratamento contra o câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Joinville, tiveram sessões de quimioterapia suspensas neste mês por falta de medicamento. O problema ocorreu no Hospital Municipal São José.
O remédio paclitaxel acabou no dia 18 de outubro. Na mesma data, o hospital solicitou ao fabricante uma nova remessa de mil unidades, suficiente para suprir a necessidade de dezembro deste ano e janeiro de 2012. Este medicamento é usado para tratar, principalmente, mulheres com câncer de ovário e de mama.
Em princípio, a previsão era de que o laboratório Meizler entregasse o pedido em sete dias. Mas, segundo informou a assessoria de imprensa da unidade, um problema na documentação está impedindo que a compra, de cerca de R$ 9 mil, seja concluída. Além do pedido de compra, o hospital deveria ter enviado um laudo de análise do lote, exigido pelo laboratório para a entrega dos remédios.
Ainda segundo a assessoria, a exigência pegou de surpresa a administração do hospital, que trocou recentemente o fornecedor do medicamento e não sabia desta necessidade. O laudo foi enviado ontem pela equipe do São José, mas ainda não há prazo definido para a chegada dos remédios.
Em geral, os pacientes de câncer são submetidos a ciclos quimioterápicos de acordo com o tipo e a gravidade da doença. Segundo o coordenador de oncologia do São José, Luís Fernando Cicogna, a obediência ao cronograma entre as sessões de quimioterapia é determinante para a eficácia do tratamento.
“Por isso a falta do quimeoterápico, usado no tratamento de diversos tipos de câncer pode prejudicar muito os pacientes, atrasando o tratamento e, dependendo do caso, reduzindo as chances de cura”, alerta o médico.
AIDS EM JOINVILLE
Doença atinge maior número de gestantes
Os números da Aids na cidade, em 2011, apontam crescimento no número de gestantes com a doença – a região de Joinville está na 3ª posição nesta categoria no Estado. São 605 casos desde 1994, de acordo com boletim da Secretaria de Saúde de Santa Catarina. Somente em 2011, foram notificadas 35 gestantes.
A unidade regional atende os municípios de Joinville, São Francisco do Sul, São João do Itaperiú, Araquari, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Garuva e Itapoá. “Em mais de 90% dos casos, as gestantes só descobrem serem portadoras do vírus durante o pré-natal”, revela a coordenadora do Programa DST/HIV/Aids e Hepatites virais, Halina Temothio. Em 2011, já foram registrados 167 novos casos da doença só em Joinville, número um pouco menor ao identificado nos anos anteriores – 183 em 2010, e 195 em 2009.
Para marcar o início das ações do Dia Mundial de Combate à Aids, nesta quinta-feira, às 9 horas, o Programa Municipal DST/HIV/Aids da Secretaria de Saúde fará palestras no auditório do Hospital Infantil e do Bom Jesus/Ielusc, dirigidas aos profissionais de saúde. Às 19 horas, equipes da Unidade Sanitária distribuirão preservativos, materiais educativos e brindes nas faculdades Univille e Ielusc; e agentes comunitários de saúde do bairro Adhemar Garcia e policiais devem entregar material educativo e alertar os motoristas.
HOSPITAL REGIONAL
Audiência vai discutir situação da unidade
A situação do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt será tema de audiência pública na quinta-feira, às 19 horas, na Câmara de Vereadores de Joinville. O objetivo é falar da necessidade de reativação de quatro das oito salas de cirurgia e a realização de cirurgias ginecológicas na cidade. Para o diretor do Hospital, Renato Castro, a ideia é, também, iniciar a discussão sobre as obras de reforma e ampliação dá unidade.
Ajuda
O repasse de R$ 138 mil das sobras, informou ontem a Câmara de Joinville, será usado em compra de equipamentos que poderão dobrar a realização de cirurgias ortopédicas mais complexas no Hospital São José. Serão dez cirurgias semanais. Não é muito dinheiro e vai resolver o problema de tanta gente
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CANAL ABERTO | CLÁUDIO PRISCO
SC ARRANCA RECURSOS DA UNIÃO
Foi bastante produtiva a ida do governador Raimundo Colombo a Brasília, ontem. Em contato no Ministério da Saúde, juntamente com parlamentares da bancada catarinense no Congresso, foi informado que o governo federal vai liberar R$ 15 milhões para investimento em hospitais do Estado. Após conseguir a liberação da verba para Saúde, Colombo foi tratar das obras da BR-101 e ouviu uma boa notícia do general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, do DNIT. O general afirmou que serão liberados R$ 124 milhões, ainda este ano, para as empreiteiras e que ele está cuidando pessoalmente deste caso, prometendo acelerar o ritmo de obras. Na mesma reunião, também foram assegurados R$ 8 milhões para o acesso do aeroporto de Jaguaruna e R$ 4 milhões para o de Correia Pinto.
A deputada federal Carmen Zanotto (PPS), que participou da audiência com o ministro da Saúde, aproveitou para reivindicar a liberação para cadastro e empenho dos R$ 22 milhões para a implantação e melhoria dos sistemas públicos de esgoto dos municípios da Serra atendidos pelo consórcio Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico, Meio-ambiente, Atenção à Sanidade dos Produtos de Origem Agropecuária e Segurança Alimentar da Serra Catarinense.
Santa Catarina conquista recursos federais para hospitais
Em reunião com o governador Raimundo Colombo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se comprometeu em liberar as emendas que estavam represadas, de parlamentares catarinenses, com recursos para hospitais. Até o final do ano, devem chegar aos hospitais do Estado, quase R$ 15 milhões, via emendas de parlamentares, uma delas do próprio governador, da época que era senador.
O valor será utilizado para a compra de equipamentos para as unidades de Saúde do Estado. “Esses investimentos vão ajudar a diminuir a ambulancioterapia. Saúde é a maior demanda dos catarinenses e nossa prioridade”, afirmou Colombo.
Além desses recursos, o governador e a comitiva também pediram a liberação de três emendas conjuntas da bancada. Para equipamentos de hospitais estaduais há um pedido de R$ 9,5 milhões; para o Hospital de Caridade, R$ 5 milhões; e para um serviço de saneamento para a região serrana, R$ 22 milhões.
Justiça determina que médicos do HNSP recebam pelo sobreaviso
O Sindicato Regional dos Médicos de Santa Catarina teve ganho de causa em ação que moveu contra o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP) cobrando o pagamento das horas de sobreaviso aos médicos. Após audiência na 1ª Vara do Trabalho, foi proferido que o Hospital, juntamente com o município e o Estado, devem pagar o sobreaviso, retroativo à abril de 2006.
Na ação inicial, aberta em abril de 2011, apenas o Hospital era réu. Entretanto, no decorrer do processo, o município e o Estado foram incluídos. “Estado e município, pela Constituição, são responsáveis pela saúde pública, por isso, foram incluídos no processo. E como os médicos prestam serviços para o HNSP como autônomos, o Hospital também é responsável”, explica a juíza titular da 1ª Vara do Trabalho em Lages, Patrícia Pereira Sant’Anna, responsável pelo julgamento da ação.
Segundo Patrícia, a sentença foi favorável ao Sindicato, porque a Justiça do Trabalho entende que ninguém deve trabalhar sem a devida remuneração. “A partir do momento que estão de sobreaviso, os médicos se colocam à disposição para serem chamados a qualquer hora e, para tal, precisam ser remunerados”, afirma.
O presidente do Sindicato, Fernando Pagliosa, acredita que a sentença favorável à categoria apenas reafirma uma bandeira que há tempos é levantada pelo sindicato: a responsabilidade do poder público perante os serviços de saúde prestados à população. Ele destaca que o valor que cada especialista vai receber, vai depender do quanto vale a hora presencial de cada um e do número de horas de sobreaviso que cumpriram. “Esta é uma vitória para a classe que terá importância não só para os médicos de Lages, como para os de todo o Estado”, diz.
O advogado do Hospital, Walter Wolff, acredita que a decisão foi equivocada e vai recorrer nos próximos dias. Segundo ele, a decisão em nada interfere nas negociações do corpo clínico com o HNSP sobre o funcionamento da emergência.
“Primeiramente, vamos apresentar um embargo de declaração, que tem prazo de cinco dias para ser entregue. Após a decisão deste embargo, vamos entrar com um recurso ordinário junto ao Tribunal Regional do Trabalho, em Florianópolis. Não queremos que esta situação seja protelada para 2012, pretendemos que seja resolvida ainda nas primeiras semanas de dezembro”, afirma.
Por meio da assessoria de Imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde informou que prefere não se manifestar porque ainda não foram notificados da decisão. Posicionamento semelhante teve o secretário Municipal de Saúde, Juliano Polese, ao destacar que o município só se manifestará após a publicação da sentença.
Fila para fazer cirurgia
Celso Ramos. Hospital tem 25 pessoas esperando procedimento
Florianópolis- Os números de acidentes de moto na Capital e, junto com isso, aumenta a espera por cirurgias na área da ortopedia do hospital Celso Ramos. Segundo o diretor-geral do hospital, Mauricio Buendgens, um grupo de 25 pessoas aguarda na fila para procedimentos cirúrgicos . Os motivos são a falta de salas de cirurgia e a priorização das vitimas graves que chegam pela emergência da instituição. O hospital atende , em média, dois casos graves de acidentes de moto por dia.
“Muitas vezes, o paciente está pronto para cirurgia e precisa voltar para o quarto, porque houve a entrada de um paciente mais grave. Pacientes que chegam com fratura exposta são levados imediatamente para sala de cirurgia” explica Buendgens, a espera para cirurgias deveria ser de uma semana, mas, como o hospital atende diversas especialidades, as salas são ocupadas, diariamente, para outros procedimentos.
Celso Ricardo Bertachini Moretti, 325 anos, por exemplo, aguarda há mais de 20 dias por uma nova cirurgia no fêmur. Ele sofreu um acidente de moto, teve fratura exposta, fez a primeira cirurgia, e não podia se movimentar. Na ultima quinta-feira, ele conseguiu fazer a cirurgia e já se recupera no quarto.
Mais recursos para os hospitais
A reunião entre o governador Raimundo Colombo e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, rendeu boas noticias para Santa Catarina . O ministro se comprometeu a liberar as emendas que estavam represadas, de parlamentares catarinenses para recursos aos hospitais. Até o final do ano, devem chegar quase R$ 15 milhões.