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QUIMIOTERAPIA
Remédio chega ao São José

Os cerca de 30 pacientes que estavam sem tratamento contra o câncer pelo SUS há pouco mais de duas semanas, devido à falta de um medicamento, retornaram às sessões de quimioterapia nesta semana. O remédio paclitaxel havia terminado no dia 18 de novembro, quando o hospital solicitou ao fabricante uma remessa de mil unidades, suficiente para este mês e para janeiro de 2012.

Em princípio, a previsão era de que o laboratório Meizler entregasse o pedido em sete dias.

Mas, segundo a assessoria de imprensa do hospital, a empresa alegou um problema na importação. Para contornar a situação, o hospital encaminhou o pedido para a empresa que ficou em segundo lugar na licitação. A remessa chegou ontem. “Este lote deve ser suficiente para atender a todas as sessões necessárias”, diz o diretor administrativo do hospital, Fabricio Machado.

Antes da chegada desta remessa, o hospital solicitou 30 unidades por meio de empréstimo ao Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), de Florianópolis, que chegaram na segunda-feira.

Correção
O remédio paclitaxel estava em falta no hospital desde 18 de novembro, e não 18 de outubro, como publicado na página 11 da edição de 30 de novembro.

 

 

 

Aceno
Deputado Antônio Aguiar, que é médico, festeja convênios firmados pela Secretaria de Saúde que garantem equipamentos de ponta para hospitais do Planalto Norte. O São Vicente de Paula, de Mafra, receberá tomógrafo e ressonância magnética, em investimento de R$ 2,5 milhões.

Para o Santa Cruz, de Canoinhas, que já conta com ressonância, o convênio firmado garante R$ 760 mil para aquisição de um tomógrafo. As garantias foram dadas pelo secretário Dalmo Claro de Oliveira, que almoçou ontem com os parlamentares peemedebistas na Assembleia.

  

 

 AN Jaraguá

 


AIDS
Casos podem diminuir. Cuidados, não

O número de casos de contaminação pelo vírus HIV na região do Vale do Itapocu deve ter uma queda neste ano, mas as equipes de saúde alertam que não há motivo para deixar de lado as medidas de prevenção. No ano passado, foram registrados 95 novos casos na região e a expectativa é de que 2011 termine com 90 novos infectados.

Um fator que tem assustado os profissionais que trabalham com campanhas e programas de DST e Aids, não apenas em Jaraguá do Sul, responsável pelos exames e tratamento, é o aumento do diagnóstico entre jovens de 15 a 24 anos. De acordo com o supervisor do programa em Jaraguá, Dalton Fernando Fischer, muitos são infectados no início da vida sexual. “Os adolescentes não estão sendo cuidadosos e precisam se conscientizar. Hoje, quem é vulnerável? Quem não previne”, diz. O Programa DST/Aids atende também aos pacientes de Corupá, Guaramirim, Massaranduba, São João do Itaperiú e Schroeder.

Os serviços do programa são gratuitos e oferecem diagnóstico do vírus, no Laboratório Municipal, atendimento médico e psicológico e a distribuição de medicamentos, entre eles, os remédios antirretroviral.

Preconceito

Na Vigilância Epidemiológica, instalada no Pama 1, no bairro Czerniewski, ficam todos os serviços. Qualquer pessoa pode chegar no local, pedir para fazer o teste de HIV e o resultado sai em até dois dias. Integrante da equipe que atende aos pacientes, a psicóloga Fabiane Ananias afirma que algumas pessoas ainda associam HIV à promiscuidade e à homossexualidade. “Na realidade, qualquer pessoa, independentemente da classe social ou o que faz da vida, se teve relação sexual sem camisinha pode ter o vírus. Mas não sabe porque não fez o teste”, diz.

O primeiro caso de Aids foi registrado em Jaraguá do Sul em 1986. Em 1991, seguindo as normas do Ministério da Saúde, a cidade passou a ter o programa para atender a pessoas com doenças sexualmente transmissíveis.

 

 

SAÚDE PÚBLICA
Hospital receberá R$ 1 milhão de fundo municipal

A Prefeitura de Jaraguá do Sul sancionou a lei municipal que prevê a transferência de R$ 1 milhão do Fundo Municipal de Saúde ao Hospital e Maternidade Jaraguá. O dinheiro será entregue em uma única parcela para ser usado nas obras de ampliação do hospital, que deverá ganhar um novo centro cardiológico.

 


Saúde
Comissão de Finanças quer saber em que áreas da saúde são aplicados os recursos do programa Revigorar 3, que renegocia as dívidas de empresas com a Fazenda Estadual, e também quais os critérios para os repasses.

A comissão, presidida pelo deputado Gilmar Knaesel (PSDB), discutirá o tema com o secretário Dalmo Claro de Oliveira, na reunião de hoje.

 

 


Novo mutirão de cirurgias deve ser lançado no próximo ano
Mais 20 mil cirurgias devem ser realizadas em 2012
 

Florianópolis 

Vinte mil novas cirurgias eletivas (sem caráter de urgência) farão parte de uma segunda edição do mutirão criado pela Secretaria de Estado da Saúde. O lançamento deve acontecer no começo do próximo ano, confirmou o secretário de estado da saúde, Dalmo Claro de Oliveira, nesta terça-feira (6). O primeiro pacote autorizou, até agora, 7.294 cirurgias eletivas das 22.600 previstas. O secretário garantiu ainda que foi superado o imbróglio causado pelo anúncio, feito em julho deste ano, quando pacientes procuraram pelas cirurgias enquanto os hospitais não conheciam o mutirão.

“Para os primeiros três meses de cirurgias, temos um bom número de autorizações”, comemorou o secretário. Das mais de 7.000 intervenções cirúrgicas realizadas, 5.623 foram de catarata, doença oftalmológica que pode levar a perda da visão. No primeiro pacote do mutirão foram incluídas também cirurgias de hérnia, varizes, vesícula, amígdala e correção de septo nasal. Cada uma das intervenções custa ao Estado, em média, R$ 1.000, sendo que desta quantia R$ 400 são de honorários médicos. O investimento total passa de R$ 20 milhões.

Ao todo, participam do mutirão mais de 90 hospitais catarinenses. “Se levarmos em consideração que Santa Catarina tem 200 hospitais, temos um bom número de instituições participantes do mutirão”, ponderou Dalmo, lembrando que o número de cirurgias eletivas foi definido pelo orçamento que a pasta dispunha para o momento. “Vamos dar conta dessa demanda que estava reprimida, entretanto, ao mesmo tempo essas mesmas cirurgias estão sendo realizadas pelos hospitais seguindo a agenda normal de cada um”, explicou o secretário.

Mais 20 mil cirurgias previstas

O secretário de estado da saúde, Dalmo Claro de Oliveira, assegurou que um novo pacote de cirurgias será anunciado no começo do próximo ano. “Devemos colocar mais 20 mil cirurgias eletivas para reduzir as filas”, esclareceu o secretário. Para esta segunda etapa das cirurgias, devem ser colocadas operações que também tem demanda reprimida nas áreas de ginecologia, urologia e outras doenças oftalmológicas. Os hospitais que já participam do mutirão serão convidados a participar da nova edição. “Se não houvesse o mutirão, certamente não teríamos como agilizar essas cirurgias. Seriam realizadas apenas aquelas que já faziam parte da agenda dos hospitais”, enfatizou.

 

Editorial

 

O acesso ampliado à saúde

No começo, o ceticismo foi generalizado, porque o número de intervenções propostas era elevado e houve resistências junto aos hospitais, mal informados sobre o tema, e aos profissionais da saúde, que estavam pleiteando reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Passados pouco mais de quatro meses, no entanto, os dados divulgados pela Secretaria da Saúde são animadores: o chamado " mutirão de cirurgias" envolvendo os hospitais de Santa Catarina alcançou o número de 7.294 operações autorizadas, o que chega perto de um terço das 22,6 mil programadas para zerar a demanda reprimida no Estado.

Em vista dos bons resultados, o Estado anunciou a segunda etapa da campanha, que pretende executar 20 mil cirurgias ao longo de 2012. Com isso, além da catarata, mal que pode acarretar a perda da visão, serão realizados outros tipos de procedimentos. São, na maioria dos casos, intervenções de pequena e média compexidade, que podem ser feitas em hospitais de diferentes regiões catarinenses. O governo gastou R$ 20 milhões no programa, e sentiu que o investimento compensa, por permitir que muitas pessoas voltem a ter uma vida normal após passar por operações relativamente simples.

A iniciativa da Secretaria da Saúde foi bem sucedida porque contou com a comprenção dos hospitais e dos médicos e demais profissionais da área. E reforçou o que já era óbvio: expandir o atendimento a camadas menos aquinhoadas da população, que nem sempre têm condições de arcar com o elevado custo de algumas cirurgias-fator que lhes tolhe o direito de sonhar com uma vida melhor.