icone facebookicone twittericone instagram


ACELERADOR LINEAR
Um ano na luta contra o câncer
Equipamento reduziu a fila de espera e melhorou atendimento no Hospital São José

Há um ano, o acelerador linear – equipamento que possibilita mais precisão à radioterapia e é menos agressivo – operava pela primeira vez no Hospital Municipal São José, em Joinville, trazendo novas esperanças para inúmeros pacientes que lutam contra o câncer. A instalação do equipamento ocorreu depois de quase uma década de espera.

Atualmente, cerca de 60 pacientes são tratados com o aparelho por dia. A sessão dura aproximadamente 12 minutos. Instantes que foram preciosos para 933 pessoas atendidas apenas em 2011. Cada paciente é submetido, em média, a 30 sessões, realizadas de segunda a sexta-feira.

Para o chefe de radioterapia do hospital, Ricardo Polli, o balanço do primeiro ano é positivo. “A fila de espera foi praticamente extinta e a qualidade do tratamento é muito melhor”, garante. Segundo ele, a fila que antes tinha em torno de 80 pacientes, hoje tem apenas 20.

O acelerador linear funciona como um aparelho de raio X e é mais eficaz que a bomba de cobalto para tratamento por radioterapia. Apesar disso, o antigo aparelho, que está parado, deve passar por melhorias e voltar a operar neste ano, acredita Polli. “A bomba de cobalto utiliza apenas uma energia e não tem um tratamento tão personalizado como o acelerador, mas ainda tem o seu valor e indicação dependendo do caso”, explica. A bomba atinge também tecidos saudáveis e traz efeitos colaterais aos pacientes. O acelerador linear é mais eficaz e exato nos tratamentos de radioterapia.

De acordo com o técnico em radioterapia Mateus Maciel, cada paciente recebe, em média, a energia em três campos de radioterapia, garantindo um tratamento personalizado para cada caso. “Há uma física que faz os cálculos e depois é feito um teste. Tudo passa pela aprovação do médico para garantir um tratamento eficiente”, conta o técnico. Em 2011, o procedimento foi realizado em 26.883 mil campos de radioterapia. Em tratamentos contra o câncer de pele, por exemplo, um filtro é colocado no tamanho exato da lesão, fazendo com que apenas a área afetada seja tratada.

A cidade deve receber, no setor privado, mais dois equipamentos, Um deles em até 24 meses.

  


QUARTO ANDAR
Ministério da Saúde libera R$ 280 mil

O Ministério da Saúde liberou R$ 280 mil para a compra de equipamentos para o quarto andar do Hospital Municipal São José, que está passando por uma reforma. A previsão, de acordo com o setor de convênios da Secretaria Municipal de Saúde, é de que a obra seja concluída até o fim de fevereiro. Segundo a diretoria do hospital, a liberação dos recursos federais ajuda, mas é insuficiente para cobrir os custos com os equipamentos necessários, orçados em R$ 600 mil.

Por isso, o hospital aguarda que Estado e município anunciem uma contrapartida. Só assim será possível reabrir o quarto andar da unidade, que está sem uso desde 2006, quando a ala de pediatria foi transferida para o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt.

O espaço chegou a ser inaugurado com a instalação de 36 leitos no final de 2008, mas não funcionou porque a Vigilância Sanitária apontou problemas. O principal motivo para o atraso das obras foram as discussões sobre o custo entre empreiteira e Secretaria da Saúde.


 


POSTOS
Remédios já estão disponíveis

Os postos de saúde de Joinville retornaram as atividades na primeira semana de janeiro, com o estoque de quatro medicamentos que estavam em falta nas unidades desde outubro de 2011 normalizado. A Prefeitura garante que desde o dia 4, os pacientes que fazem uso dos remédios Sinvastatina 20 mg (controle do colesterol) e Ácido Fólico (normalmente indicado para gestantes com deficiência de ferro no organismo) já podem retirá-los nos postos de saúde.

Também já estão disponíveis os medicamentos Losartana 50 mg (hipertensão) e o antidepressivo Amitriptilina. Os quatro medicamentos foram comprados pela Secretaria Municipal da Saúde, no dia 15 de dezembro de 2011, em caráter emergencial. A compra direta, com dispensa de licitação, foi autorizada porque as empresas que haviam sido contratadas para o fornecimento desistiram dos contratos, alegando impossibilidade de entregar os remédios. O motivo seria a falta de matéria-prima para a produção.

O estoque é suficiente para os próximos dois meses e a secretaria está providenciando nova licitação para garantir nova compra.

 


HOSPITAL SÃO JOSÉ
Nova alternativa para pousos
Heliponto provisório deve ser implantado em área do Complexo Ulysses Guimarães

Deve ser definido hoje o novo local que servirá como heliponto provisório do Hospital Municipal São José. Em princípio, uma área do estacionamento seria isolada para pousos e decolagens a partir de hoje. Mas, durante uma reunião na manhã de ontem, a diretoria do hospital cogitou a utilização de outro espaço: o pátio logo acima da rampa de acesso à área do pronto-socorro da segunda etapa do Complexo Ulysses Guimarães, que ainda está em obras.

De acordo com o comandante da 2ª Companhia do Batalhão de Aviação da PM, major Nelson Coelho, e a diretoria do hospital, o local é viável e mais apropriado. Até porque a instalação de um heliponto no local onde hoje funciona o estacionamento dependia de outras medidas, como o corte de uma árvore e a retirada de três postes de luz. Além disso, seria preciso adequar o telhado do ponto de táxi em frente ao hospital, para que as telhas da construção em enxaimel não se desprendessem com o vento provocado pela aeronave e a perda das cerca de 20 vagas de estacionamento que seria suprimidas.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a implantação do heliponto na nova área agora só depende da autorização da construtora responsável pela obra. A decisão final deve ser tomada hoje, durante uma reunião entre membros da Secretaria Municipal de Saúde, do hospital, da construtora e da 2ª Companhia de Aviação da PM, agendada para as 18 horas, no gabinete do prefeito em exercício, Ingo Butzke.

mariana.pereira@an.com.br

 


PLANOS DE SAÚDE
Paralisação pode atingir 120 mil

Cerca de 120 mil usuários de 15 planos de saúde podem ficar sem atendimento a partir das 8 horas de hoje no Estado. A paralisação ocorrerá em função do valor pago para cada procedimento. Enquanto os profissionais pedem R$ 65 para a consulta, por exemplo, a entidade que representa os planos lembra de reajuste feito no mês passado.

A paralisação deve afetar principalmente os novos atendimentos, mas quem tem algum procedimento agendado precisa ficar atento. Caso o médico não esteja atendendo, o paciente precisará procurar outro profissional.

A União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) compreende 19 planos no Estado: Assefaz, Brasil Foods, Capesesp, Cassi, Celos, Conab, Correios Saúde, Eletrosul, Elos Saúde, Embratel, Fassincra, Funservir, Geap, Petrobras, Proasa, Pró-Saúde Alesc, Saúde Caixa, Sesef e Tractebel.

  

 

Nova UPA
Em dezembro, o Ministério da Saúde habilitou a instalação de mais uma unidade de pronto atendimento em Joinville, uma UPA, a nova denominação dos PAs. Significa que a grana está perto de ser liberada. A zona Sul e o Vila Nova estão mapeados para receber a unidade.

 

AN Jaraguá


SAÚDE
Massaranduba terá hospital a partir de abril

Após três anos de espera, o hospital de Massaranduba deve ficar pronto em abril. Os pacientes de Massaranduba, que precisam de cirurgia não precisarão mais se deslocar para as cidades vizinhas para serem operados. A promessa é do prefeito Mário Reinke. O Hospital Municipal, que foi inaugurado em dezembro de 2008 e nunca funcionou por causa das normas da Vigilância Sanitária, está passando por reforma desde novembro. O custo chega a R$ 2,55 milhões. O valor é quase o mesmo investido na construção – R$ 3 milhões.

Mas além dos gastos com a reforma, a Prefeitura também precisa de cerca de R$ 1,5 milhão para comprar os equipamentos cirúrgicos e um elevador. Segundo Reinke, a ideia é visitar empresas em busca de doações. “O hospital atenderá a pacientes de toda a região, por isso, vamos procurar grandes empresas do Vale do Itapocu para pedir ajuda”, destaca. A unidade terá 40 leitos para internação e dois centros cirúrgicos – um para obstetrícia e outro para cirurgias gerais.

Apenas o pronto-atendimento do hospital está em funcionamento. Cerca de 80 pessoas são atendidas por dia. Mas o PA também está em obras. Inicialmente, a entrega desta etapa seria em dezembro, mas o prefeito afirma que a troca do forro levou mais tempo do que o previsto.

 

 
SAÚDE
Investimentos passam de R$ 66 milhões

O ano começa com novas perspectivas para a área da saúde nas cidades do Vale do Itapocu. A promessa de inauguração do Hospital Municipal de Massaranduba e as reformas do centro cirúrgico e no pronto-atendimento, do Hospital Santo Antônio, em Guaramirim, podem pôr fim à espera de anos e a ambulancioterapia. As ampliações previstas nos hospitais Jaraguá e São José e a construção da unidade da Unimed também criam mais expectativas para melhorar a qualidade do atendimento. ZANGHELINI

daiane.vieira@an.com.br

DAIANE

 

 

SAÚDE
CENTRO CIRÚRGICO E PA SÃO PRIORIDADE

Ampliar o pronto-atendimento e concluir as obras do centro cirúrgico são as metas dos gestores do Hospital Padre Mathias Maria Stein, em Guaramirim. Em agosto do ano passado, o antigo Hospital Santo Antônio passou a ser gerenciado pelo Grupo São Camilo, de São Paulo e, desde então, passou por adequações na forma de administrar e também no quadro de pessoal. O diretor administrativo, Cláudio Marmentini, afirma que as obras do novo centro cirúrgico estão quase concluídas e que ele deve começar a operar até o fim de fevereiro. O espaço foi inaugurado em dezembro de 2008, mas não recebeu alvará de funcionamento da Vigilância Sanitária e, por isso, não chegou a funcionar. A expectativa da antiga gestão era de que as melhorias ficariam prontas até dezembro, mas Marmentini diz que foi preciso realizar novas adequações na parte elétrica e o cronograma atrasou. Os recursos para comprar os equipamentos foram garantidos no fim do ano passado, por meio de um repasse de R$ 550 mil do Estado.


 


SAÚDE
São José vai investir em três projetos

Nos próximos 12 meses, o Hospital São José, de Jaraguá do Sul, vai focar o investimento em três projetos: a ampliação do centro de oncologia, a construção do novo centro de diagnóstico por imagem e do novo prédio para internação. As obras estão orçadas em R$ 26 milhões e devem ser concluídas no segundo semestre de 2013.

O presidente do conselho delibetativo da unidade, Paulo Mattos, diz que a ampliação do centro de oncologia está prevista para começar na próxima semana. A melhoria inclui também a instalação de um tomógrafo, que vai garantir mais qualidade ao tratamento contra o câncer.

A expectativa é de que a ampliação do centro de oncologia e a construção do novo centro de diagnóstico por imagem sejam concluídos no primeiro semestre deste ano para que as obras no novo prédio para internação comecem em seguida. O edifício terá quatro pavimentos e 130 novos leitos, aumentando em 64% a capacidade de internação do hospital.

Entre 2004 e 2010, o Hospital São José recebeu investimento de R$ 35 milhões em 18 projetos distintos de reforma. Entre os locais melhorados estão o centro de internação, pronto-socorro, maternidade, centro de oncologia, a ala Santo Antônio e a construção de duas novas UTIs.

COMO DOAR
Os interessados em fazer doações para a conclusão da obra do centro de cardiologia do Hospital Jaraguá devem entrar em contato com a unidade no telefone 3274-3000.

 

 


GERAIS
Heliponto hospitalar será definido hoje

Deve ser definido hoje o local que servirá como heliponto provisório do Hospital Municipal São José, em Joinville. Durante uma reunião realizada ontem, a diretoria do hospital cogitou a utilização do pátio, logo acima da rampa de acesso à área do pronto-socorro da segunda etapa do Complexo Ulisses Guimarães, que ainda está em obras. De acordo com o comandante da 2ª Companhia do Batalhão de Aviação da Polícia Militar, major Nelson Coelho, e a diretoria do hospital, o local é viável e apropriado

 


OUTROS PLANOS
Impasse vai atingir 120 mil pessoas

 

Cerca de 120 mil usuários de 15 planos de saúde podem ficar sem atendimento médico a partir de hoje em Santa Catarina.A paralisação ocorrerá em função do valor pago para cada procedimento médico. Enquanto os profissionais reivindicam R$ 65 para a consulta médica, por exemplo, a entidade que representa estes planos lembra do reajuste feito no mês passado.

A paralisação deve afetar principalmente os novos atendimentos, mas quem tem algum procedimento agendado a partir de hoje precisa ficar atento. Caso o médico não esteja atendendo, o paciente precisará procurar outro profissional credenciado.

A União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) compreende 19 planos no Estado. São eles: Assefaz, Brasil Foods, Capesesp, Cassi, Celos, Conab, Correios Saúde, Eletrosul, Elos Saúde, Embratel, Fassincra, Funservir, Geap, Petrobras, Proasa, Pró-Saúde Alesc, Saúde Caixa, Sesef e Tractebel Energia.

De acordo com Carlos Antônio de Oliveira Flores, superintendente para Santa Catarina da Unidas, foi feito um reajuste que varia de 16% a 21,7%, de acordo com cada plano. Com isto, o valor da consulta pago a cada profissional passou a ser de R$ 56, segundo ele.

Apesar de confirmar o reajuste, o Sindicato dos Médicos de SC reforça que a decisão foi tomada em assembleia , em 7 de dezembro, e desde então não houve avanço significativo.

– Os valores pagos para os procedimentos estão defasados – afirma. Maria Cristina Pacheco da Costa, diretora de relações institucionais do sindicato. O Sindicato dos Médicos de Santa Catarina orientou aos médicos para que atendam os pacientes do grupo Unidas mediante o pagamento do valor da consulta de R$ 65. DUARTE

danilo.duarte@diario.com.br

DANILO

 

 

 


Barata é encontrada em refeição servida à paciente do Hospital Regional de São José
Os pacientes também reclamam que a comida vem muitas vezes estragada
 Martha Ramos
@MarthaRamos_ND
São José 

Policial aposentado, José Salésio Milberstedt, reclama da qualidade da alimentação

Pacientes do Hospital Regional de São José estão revoltados com a alimentação servida no local. Na quinta-feira passada, o pedreiro João Martins da Silva Matos, 45 anos, estava na emergência do hospital quando foi fazer sua refeição e levou um susto.
“Estava comendo arroz com feijão, quando vi no garfo uma barata, levei um susto e não acreditei no que vi”, contou o paciente que continua internado. Ele relata que está internado há um mês e meio e já emagreceu 14 quilos.

O empresário Valdir Mamske, 53, que aguarda cirurgia coronáriana, disse que não consegue comer a comida servida no hospital. “É muito ruim, vem com uma aparência feia e muitos dos alimentos servidos estão estragados”, relatou o empresário.O policial aposentado, José Salézio Mulberstedt, que está internado no Instituto de Cardiologia, que funciona dentro do Hospital Regional, destaca que os pacientes estão se alimentando basicamente das frutas da sobremesa, porque a comida não conseguem ingerir. “Temos até ânsia de ver o que nos trazem. A refeição vem fria e já encontramos até cabelo misturado com a comida”.

Secretaria de Saúde pretende descredenciar empresa fornecedora

O gerente técnico do Hospital Regional de São José, Fernando Otto dos Santos, explica que a empresa Nutribem, que presta serviço terceirizado para o hospital e prepara as refeições dos pacientes e dos funcionários, já foi notificada diversas vezes por problemas no preparo da comida, por isso será descredenciada.

Ele explicou que a direção teve conhecimento que foi encontrada uma barata na refeição de um dos pacientes e que “devido a essa nova denúncia, já foi realizada uma fiscalização e a Nutribem já foi notificada, novamente”.
O gerente também ressaltou que a Secretaria de Saúde de Santa Catarina abrirá um processo licitatório para a contratação de uma nova empresa para prestar esse serviço.

Empresa é investigada desde junho de 2011

Em junho do ano passado, o Hospital Regional de São José teve problemas com empresa Nutribem. Desde aquela época, com várias denúncias e inquérito no Ministério Público já ocorrendo com relação à qualidade dos serviços prestados, o contrato da empresa Nutribem para o fornecimento de alimentação aos hospitais do Estado está sendo revisto. Na época, uma funcionária registrou boletim de ocorrência após ter encontrado pedaços de vidro na comida. O caso estava sendo investigado pela Secretaria estadual de Saúde, que também estaria analisando a suspensão do contrato com a Nutribem. A empresa não se manifestou sobre as denúncias.

 

 


Cai pela metade o número de mortalidade infantil em Lages 

 Em 2011, a taxa de mortalidade infantil de Lages fechou o ano em 13,58 para cada mil nascidos vivos, média considerada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o menor registro em 15 anos. Dos 2.355 nascimentos registrados pelo órgão, houve 32 óbitos de crianças menores de um ano de idade. Fatores como a melhora no atendimento prestado às gestantes antes e após o parto e a maior conscientização da população sobre cuidados com a saúde, são apontados como fatores que contribuem para esta redução.

 Este foi o menor registro no município desde quando os dados começaram a ser computados e divulgados no estado, em 1996. No ano de 1997, foi registrado o maior índice, quando o número de mortes a cada mil nascidos vivos ficou em 27,5. Em 2001, o número chegava a ser quase que o dobro dos registros atuais, 25,8 óbitos por mil nascidos vivos.


De acordo com o secretário municipal de Saúde, Juliano Polese, os dados de 2011, se referem apenas ao levantamento feito pelo município, falta ainda a oficialização por parte da Secretaria de Estado da Saúde. “Quando sair a confirmação, os dados podem sofrer pequenas alterações, mas creio que não será nada que modifique o resultado final”, diz.

 Para Polese, este índice demonstra o resultado dos trabalhos desenvolvidos pela pasta, junto à comunidade ao longo dos anos, e também a melhora na capacitação dos profissionais do setor. “Nosso objetivo é reduzir cada vez mais este dado, que eu considero o principal indicador de saúde, porque reflete as melhorias e investimentos no setor, deixando esta média em apenas um dígito, ou seja, menor que 10”, destaca.

 Outro fator apontado por Polese como determinante, é o trabalho de prevenção feito após o nascimento. Se há 10 ou 15 anos mortes de crianças menores de um ano por desnutrição ou acidentes dentro de casa eram comuns, esta realidade mudou na primeira década deste século e o reflexo é a redução nos índices de mortalidade infantil. “Não é só o trabalho feito pelos nossos profissionais. Capacitando as mães, por exemplo, você evita mortes prematuras”.

 O trabalho que deve ser intensificado a partir de 2012 pela SMS, é a prevenção da gravidez na adolescência. Segundo Polese, em 2011, foram registradas 23 meninas grávidas, com idade ente 10 e 14 anos. “Isso são casos bastante graves, porque o corpo ainda não está preparado para esta gestação. Aí entra um trabalho com a (Secretaria) Educação, com Assistência Social, porque precisamos entender porque elas estão engravidando”, completa

 
Maternidade do HTR reitera estatística

 As estatísticas apontadas pela SMS, são confirmadas pelo Hospital Tereza Ramos (HTR). De acordo com o gerente administrativo em exercício, Rufius Schmitt, somente na maternidade do Hospital, houve uma redução de quase 50% na mortalidade infantil no ano de 2011, em comparação com 2010.

 
No último ano, a taxa de mortalidade infantil ficou em 7,93 para cada mil nascidos vivos. No ano anterior, este número foi de 15,11. “Isso significa que tivemos melhoria no pré natal e também na atividade clínica dentro do Hospital. Muitos casos de mortalidade que ocorriam antigamente, por alguns tipos de doenças que eram difíceis de diagnosticar, hoje não acontecem porque temos, em função da tecnologia e da qualidade dos profissionais, um atendimento bem superior, o que contribui para a baixa da mortalidade”, explica.

  
Os dados se referem apenas às mortes que acontecem dentro da maternidade, nas primeiras horas de vida do bebê, enquanto ainda está internado. Não são levados em consideração casos de mortes após o período de internação.

 “Esta redução representa maior conscientização dos pais, que hoje procuram mais o auxílio do órgão público para tentar ter uma qualidade de vida melhor, e também uma melhoria do serviço prestado pelo órgão público. Nós temos uma tecnologia muito mais avançada e qualidade dos profissionais muito maior, que se refletem nestes números”, diz.