ESTACIONAMENTO DO SÃO JOSÉ
Agora, espaço é só do helicóptero
Adequações na nova área de pouso do hospital foram aprovadas pela PM
Já está tudo pronto para que o helicóptero da Polícia Militar de Joinville, que transporta em média 30 vítimas e pacientes em estado grave por mês para o Hospital Municipal São José, possa pousar na unidade. Ontem, todos os trabalhos de adequação da área de estacionamento, que servirá temporariamente de heliponto, foram concluídos.
Uma árvore e três postes de iluminação foram removidos. Por questão de segurança, a fixação das coberturas do ponto de táxi e da guarita central também foram reforçadas por causa do deslocamento de ar. Além disso, a Prefeitura providenciou a limpeza, delimitação (pintura) e restrição da área de segurança de aproximadamente 300 m², que representará 20 vagas de estacionamento a menos no pátio.
O comandante da 2ª Companhia de Aviação da Polícia Militar, major Nelson Coelho, vistoriou o local ontem pela manhã e ficou satisfeito com o trabalho executado. “Aparentemente, está seguro, acredito que se o tempo ajudar podemos fazer um teste de pouso na tarde desta quinta-feira (hoje)”, disse o oficial.
SILICONE
SUS vai fazer troca de próteses
O Sistema Único de Saúde (SUS) bancará a troca de próteses de silicone de seios que estejam rompidas de mulheres com implantes das marcas francesa Poly Implant Protheses (PIP) e da holandesa Rofil.
Serão atendidas pacientes que fizeram o implante para reconstrução mamária ou por fim estético nas redes pública ou particular. Anteriormente, o Ministério da Saúde havia informado que o atendimento estava garantido para as pacientes que tivessem feito somente o implante mamário por causa de questões de saúde, como retirada de um seio por causa de câncer. A rede pública faz cirurgias de implantes de silicone nos seios somente para reparação.
A mudança ocorreu depois de determinação da presidente Dilma Rousseff, segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano. “A partir do momento em que se identifica a ruptura do implante, é entendida como uma cirurgia reparadora. O SUS ampara e vai amparar as mulheres independentemente da origem da prótese”, disse Barbano, após reunião com representantes dos cirurgiões plásticos e mastologistas.
A rede pública irá financiar a retirada da prótese e também a colocação de outra. Estima-se que 12,5 mil brasileiras usam implantes da PIP e 7 mil da Rofil. As duas empresas usaram silicone industrial, não indicado para próteses de seio. O produto aumenta o risco de ruptura do implante ou vazamento, o que provoca inflamação da mama ou outros problemas de saúde.
De acordo com Barbano, 39 mulheres enviaram queixas à Anvisa de ruptura da prótese da PIP desde abril de 2010. Elas relataram dores e deformidade no implantes e, após exames, foi constatada a ruptura. As usuárias, segundo o diretor, já fizeram a troca do implante.
A Anvisa e os médicos farão um rastreamento das pacientes para chamá-las para uma avaliação clínica. A agência deve divulgar um protocolo e uma lista de quais exames as pacientes devem fazer e os serviços de saúde públicos a serem procurados. A Anvisa mantém a posição de que o implante deve ser removido somente em caso de ruptura ou risco aparente.
SAÚDE
Diagnóstico para o sono
Hospital Nereu Ramos, de Florianópolis, poderá realizar um exame por dia para detectar apneia
O Hospital Nereu Ramos será pioneiro, na rede pública, na realização do exame de polissonografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O exame detecta distúrbios do sono, entre eles, a apneia.
A capacidade de atendimento é de um paciente por dia, e o procedimento completo tem duração de 12 horas – das 19h à 7h da manhã seguinte. Para o diretor do Hospital, Antonio Miranda, a realização do exame pelo SUS é importante tendo em vista o alto custo do procedimento na rede particular.
A polissonografia monitora o corpo humano durante o sono por meio de eletrodos, fixados na cabeça, queixo, pernas, parte lateral dos olhos, abdômen e tórax. Câmeras são utilizadas para analisar os movimentos do paciente enquanto dorme e um microfone capta os sons emitidos, como o ronco. O diagnóstico é concluído em até 15 dias úteis. O chefe do setor de polissonografia do Hospital Nereu Ramos, Israel Maia, ressalta que é fundamental a realização do exame em ambiente hospitalar para garantir um diagnóstico mais preciso.
O procedimento poderá ser indicado por médico de qualquer especialidade da rede pública, desde que o paciente apresente sintomas característicos como sonolência diurna, ocasionando deficiência de memória e concentração, mau humor e até acidentes de trânsito.
A apneia do sono é caracterizada pela diminuição do fluxo de ar nos pulmões, em virtude da obstrução da garganta. A apneia pode causar problemas cardiovasculares, como hipertensão e derrame, e se relacionado com o diabetes ocasiona alterações nas funções sexuais.
PRÓTESES MAMÁRIAS
SUS decide pagar as trocas
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, ontem, que o governo vai permitir a troca de próteses mamárias rompidas das marcas PIP e Rofil usando planos de saúde particulares ou o Sistema Único de Saúde (SUS).
A medida vale também para as pacientes que colocaram o implante para fins estritamente estéticos. Antes da decisão, o Ministério da Saúde informava que o SUS cobriria a troca dos silicones apenas das pacientes que originalmente colocaram os implantes após mastectomia.
– No caso da mulher que tem um implante colocado na rede privada por uma questão estética, na medida que esse implante se rompeu, há o entendimento do governo de que esse procedimento agora é reparador, o que significa retirar a prótese que tenha rompido e implantar uma nova – disse o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.
As entidades médicas vão fechar com o Ministério da Saúde um protocolo de atendimento. Também serão definidos os serviços médicos que poderão ser utilizados pela paciente. A ideia é realizar uma convocação pública para que as mulheres com implantes PIP ou Rofil – ou que não saibam a marca de seus implantes – façam os exames.
O governo estima que 20 mil mulheres devem ser atendidas. Até o momento, a Anvisa tem informação de rompimento de 39 próteses da PIP (a maior parte já substituída) e algumas da Rofil (número não definido).
Brasília
SAÚDE
Diagnóstico para o sono
Hospital Nereu Ramos, de Florianópolis, poderá realizar um exame por dia para detectar apneia
O Hospital Nereu Ramos será pioneiro, na rede pública, na realização do exame de polissonografia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O exame detecta distúrbios do sono, entre eles, a apneia.
A capacidade de atendimento é de um paciente por dia, e o procedimento completo tem duração de 12 horas – das 19h à 7h da manhã seguinte. Para o diretor do Hospital, Antonio Miranda, a realização do exame pelo SUS é importante tendo em vista o alto custo do procedimento na rede particular.
A polissonografia monitora o corpo humano durante o sono por meio de eletrodos, fixados na cabeça, queixo, pernas, parte lateral dos olhos, abdômen e tórax. Câmeras são utilizadas para analisar os movimentos do paciente enquanto dorme e um microfone capta os sons emitidos, como o ronco. O diagnóstico é concluído em até 15 dias úteis. O chefe do setor de polissonografia do Hospital Nereu Ramos, Israel Maia, ressalta que é fundamental a realização do exame em ambiente hospitalar para garantir um diagnóstico mais preciso.
O procedimento poderá ser indicado por médico de qualquer especialidade da rede pública, desde que o paciente apresente sintomas característicos como sonolência diurna, ocasionando deficiência de memória e concentração, mau humor e até acidentes de trânsito.
A apneia do sono é caracterizada pela diminuição do fluxo de ar nos pulmões, em virtude da obstrução da garganta. A apneia pode causar problemas cardiovasculares, como hipertensão e derrame, e se relacionado com o diabetes ocasiona alterações nas funções sexuais.
Família denuncia descaso no HNSP
O esposo e filha de Cleonice do Rosário Pereira dos Santos que está internada no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP) alegam que o médico neurologista Yuri Espinosa Garcia não informa para a família o estado de saúde da paciente e nem escreve no prontuário o acompanhamento neurológico. Além disso, reclamam de descaso e falta de ética de profissionais do HNSP, que atenderam Cleonice.
Cleonice passou mal em casa, no bairro Gethal, na quarta-feira da semana passada (4). Ela teve falta de ar e os familiares fizeram os primeiros socorros até o Samu chegar e encaminhá-la para o HNSP, já em coma.
“A porta do estacionamento do hospital demorou cinco minutos para abrir. Para quem está entre a vida e a morte, isso é muito tempo não acha?”, questiona o esposo de Cleonice, João Paulo Correa dos Santos.
Depois de receber atendimento no hospital, ele conta que foi passado para a família que o caso de Cleonice era grave e que ela precisava de internamento na UTI, mas que não havia leito disponível no momento. “No outro dia, voltamos para ver ela e ainda não havia um diagnóstico de seu quadro, só nos disseram que ela estava em estado grave e em coma. E que quando fosse para UTI, seria possível fazer exames”.
No mesmo dia, uma enfermeira (que ele não lembra o nome), informou para João Paulo que havia chegado no hospital um paciente em estado grave com queimaduras e que o leito para Cleonice na UTI teria que ser ocupado.
“Em seguida veio um médico residente chamado Pedro e nos informou que se tratava de um possível AVC, e que depois de ser feita uma desinfecção no leito, Cleonice seria removida para exames”, lembra.
Porém, no mesmo dia, a filha de João Paulo ligou para o hospital e uma médica residente chamada Carolina, informou que não sabia do estado clínico de Cleonice, que não tinha vaga na UTI e nem sequer previsão da ida dela para lá. “Insistimos que pelo menos dessem notícias de como ela estava. Aí pediram para ligar depois de 20 minutos. Retornamos a ligação e uma enfermeira pediu para aguardar. Esperamos 15 minutos no telefone e escutamos conversas fúteis e aleatórias, nem parecia ser um hospital”, conta.
Diante do fato, João Paulo e sua filha foram até o hospital e viram Cleonice suando e muito alterada. “Pedimos para alguém dar atenção para ela, e uma enfermeira nos disse que era para sair dali, porque a paciente já estava mal mesmo e que não faria diferença morrer ali ou na UTI”.
Ele conta que nesse momento sua filha saiu chocada e que o médico plantonista André Barreto da Silva, o expulsou da emergência e afirmou que o quadro dela era gravíssimo, mas que não tinha o que fazer, pois não havia vaga na UTI. “Ligamos para algumas pessoas influentes e depois de 15 minutos surgiu uma vaga na UTI”, afirma.
Foram feitos vários exames em Cleonice, mas seu esposo conta que o neurologista Yuri Espinosa Garcia não avaliou os exames neurológicos e não escreveu nada no prontuário da paciente. “Conseguimos falar com a cardiologista Claudia Artur, que nos afirmou que o quadro de Cleonice é gravíssimo e no que tange ao quadro neurológico ela permanece desassistida. Ela disse que não podia interferir no atendimento do médico responsável”, relata.
Até ontem, a família de Cleonice não tinha conseguido contato com o médico neurologista. “Fomos até seu consultório particular e lá tem um recado dizendo que estão de férias até dia 16 de janeiro. Quase não saímos desse hospital e até agora não vimos ele”, conta.
HNSP analisará o caso
O diretor do HNSP, Canísio Winkelmann, afirma que ao saber do caso foi solicitado para a família formalizar as reclamações por escrito. “Vamos encaminhar para a direção clínica, que tem sua comissão de ética e tramitações regimentais dentro do corpo clínico, que apurarão se houve omissão de atendimento ou postura não ética por algum profissional”, afirma.
O diretor ressalta que a preocupação maior do hospital é em relação a falta de contato da família com o médico Yuri Espinosa Garcia. “A assistência médica é 24 horas, mas ele atende a parte neurológica e vem ao hospital quando trabalha aqui, acho que houve um desencontro entre as partes. Tudo isso é lamentável, iremos fazer algumas sugestões dentro do alcance da administração do hospital. Estamos tentando falar com ele mas até agora não conseguimos”, ressalta.