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OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Manifesto dos plantonistas

Elogiável por não considerar aceitável a superlotação no pronto-socorro, ainda que o problema seja recorrente nos últimos anos, o manifesto dos plantonistas do Hospital Municipal São José deveria contribuir para ações mais eficientes na saúde pública em Joinville. A tarefa é complexa e o desafio se repete em quase todo o País. Mas não pela é repetição há tanto tempo e em tantos lugares que a superlotação deva ser tolerada definitivamente. Os plantonistas mostraram que não.

Um dos motivos para a frequente superlotação do São José – mas não o único, evidentemente, pois há providências importantes para o hospital municipal concluir, como o prolongada novela da construção do quarto andar, por exemplo – é a falta de médicos no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, unidade esta de administração do governo do Estado.

Sem atendimento na unidade estadual, a procura aumenta no estabelecimento municipal. Invariavelmente, o Regional responde que abriu processo seletivo, mas as vagas não foram preenchidas. E que outro período de contratação será aberto. Basta? Não há como tomar medidas capazes de atrair os profissionais. Recentemente, o município promoveu aumento dos salários, embora somente nos próximos concursos se saberá se a procura aumentou. Mas alguma providência o governo do Estado terá de tomar para assegurar o atendimento no Regional além, de abrir concursos que nunca preenchem as vagas.

 

 

OPINIÃO DO GRUPO RBS
Emenda desfigurada


É cômoda a situação da União, depois da regulamentação da emenda 29, que estabelece normas para a destinação de recursos à área da saúde e foi sancionada nesta semana pela presidente Dilma Rousseff. Depois de 11 anos de debates, desde a aprovação da emenda, o governo federal conseguiu transferir as maiores responsabilidades a Estados e municípios e teve sua condição de principal provedor do SUS inalterada. Na verdade, a emenda foi desfigurada em seus objetivos iniciais, ao não mexer na regra segundo a qual cabe à União destinar ao setor o que aplicou no ano anterior, mais a correção do PIB. Não há nenhuma referência a um percentual mínimo de aplicação em saúde, o que abranda as responsabilidades do governo e amplia a de governadores e prefeitos.

A manobra do Executivo, bem-sucedida no Congresso, frustra expectativas de gestores da saúde e da população. Permanece, para os Estados, a determinação de aplicar pelo menos 12% do orçamento em saúde e, para os municípios, 15%. Sabe-se que pelo menos metade dos Estados não investe o que deve.

A regulamentação da emenda foi, um grande negócio para a União, que mantém tudo como está em relação às suas atribuições e assistirá de longe aos esforços de Estados e municípios, agora proibidos de atribuir à saúde despesas com aposentadorias, restaurantes populares e obras de saneamento. Mesmo que o fim da camuflagem de recursos possa representar um pouco mais de dinheiro, será muito pouco para as demandas da população.

 

 

Geral

 
SAÚDE
Gravações em Joinville e São Chico

A campanha do Ministério da Saúde para alertar a população sobre as doenças sexualmente transmissíveis e que será veiculada em todo o País pela TV, antes do Carnaval, está sendo gravada em Joinville e São Francisco do Sul.

Hoje de manhã, um elefante será a atração da equipe que trabalha na gravação da campanha. O animal do Beto Carrero World estará no Parque da Cidade durante toda a manhã. As gravações contarão com cerca de 60 figurantes. A montagem e captação de imagens começou ontem, na Prainha, na Praia Grande e no Centro Histórico de São Francisco do Sul.

A decisão de gravar em Joinville e São Francisco do Sul foi tomada pela produtora Margarida, de Curitiba, que fará todo o trabalho para o Ministério da Saúde. A campanha será exibida na programação dos canais de TV aberta

 

 

 

 

MESMO VIGIADO
Preso foge de hospital na Capital

Um detento sob vigilância de um policial militar fugiu, na noite de segunda-feira, do Hospital Celso Ramos, no Centro de Florianópolis. O homem teria rendido o policial por volta das 21h30min e pulado do segundo andar do prédio.

Na semana passada, o suspeito deu entrada no hospital, por ferimento à bala. Por isso, a Polícia Militar (PM) foi acionada e descobriu que o homem tinha utilizado um nome falso na internação, mas que se tratava de um foragido da Colônia Penal Agrícola de Palhoça.

O homem foi preso, mas seguiu no hospital para a recuperação, vigiado por um soldado. Na noite de segunda-feira, segundo informações repassadas ao tenente-coronel Araújo Gomes, comandante do 4o Batalhão da PM, unidade responsável pela vigilância, o paciente pediu para ir ao banheiro. Quando voltou ao quarto, ela estava armado.

O detento teria rendido o policial, escapado do hospital saltando do segundo andar e, segundo testemunhas, fugido em um carro que o esperava na rua. O tenente-coronel Araújo Gomes disse que as circunstâncias da fuga estão sendo apuradas.

 

 

 

 


Ampliada faixa etária de prevenção à hepatite B Brasil

 
O Ministério da Saúde está ampliando a faixa etária do grupo de 20 a 24 anos para até 29 anos, a vacinação da população contra a Hepatite B, a partir deste mês. A vacinação encontra-se disponível gratuitamente nas 1.051 salas da rede pública de saúde, distribuídas em todo o estado e no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE). O motivo dessa ampliação é em decorrência da vulnerabilidade à doença apresentada nessa faixa etária.

 A vacina de Hepatite B vem sendo implantada gradativamente no Brasil pelo Programa Nacional de Imunização desde o ano de 1989. Em Santa Catarina, 8.269 pessoas possuem o vírus. A vacinação contra Hepatite B iniciou no ano de 1994, pela região Oeste, em função do maior número de ocorrências, onde Chapecó se destaca com o registro 2.292 casos.
 

A hepatite pode se desenvolver de forma assintomática ou sintomática. Para evitar que a doença se torne crônica é importante a detecção precoce e fazer o tratamento adequado. Os indivíduos infectados com o vírus da hepatite B, se não cuidar, de 5 a 10% cronificam. Caso a infecção ocorra durante a gestação ou parto, a chance de cronificação é de 85% e a manifestação da hepatopatia crônica bem mais precoce. Metade dos casos crônicos evolui para doença hepática avançada (cirrose e/ou carcinoma hepatocelular).

 Para o diretor da Vigilância Epidemiológica, Luis Antônio Silva, a maior estratégia para vencer esta epidemia silenciosa, além do uso do preservativo será a intensificação da vacina contra hepatite B. “Essas medidas são as mais seguras e eficazes na prevenção da doença, que tem como maior fator de risco a transmissão sexual (50%),” declara Silva.
 

“No entanto, é preciso esforços para a vacinação dos adolescentes e adultos até 29 anos com o objetivo de alcançar coberturas vacinais adequadas e homogêneas”, observa. A expectativa com a vacinação, para este ano, é alcançar uma cobertura mínima de 95% da população alvo com homogeneidade em todos os municípios.