FILA DE OFTALMOLOGIA
Uma solução a caminho
Especialistas dizem que estão dispostos a atender recebendo pela tabela do SUS
Médicos oftalmologistas de Joinville sinalizaram nesta semana que podem atender a pacientes da Secretaria Municipal de Saúde recebendo de acordo com a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta, que pode ser uma saída para o atendimento de cerca de dez mil pacientes que estão na fila de espera, foi motivo de uma reunião ontem de manhã entre o secretário de Saúde, Tarcísio Crócomo, e o chefe de gabinete, Eduardo Dalbosco.
Segundo o secretário, a negociação está só começando. O contato foi feito pelos próprios médicos no começo desta semana. Não há definições se eles irão mesmo atender e quando começarão a fazer as consultas nos mais de dez mil pacientes que continuam aguardando por um oftalmo.
Enquanto isso, Crócomo garante que continuam os investimentos na área. São, segundo o secretário, sete médicos que atendem no PAM do Boa Vista e realizam aproximadamente 600 consultas por mês.
Os investimentos, conforme o secretário, também não pararam para o setor. No fim de dezembro foi firmado um convênio com o governo do Estado de R$ 700 mil. O dinheiro contempla, entre outras coisas, equipamentos de cirurgia oftalmológica para o Hospital São José. Outro dinheiro que virá é do Ministério da Saúde. São R$ 58 mil para equipamentos oftalmológicos para a unidade do Boa Vista.
“Isso contraria a informação de sucateamento do PAM. Fizemos reformas, compramos equipamentos. A gente não parou de investir”, diz o secretário.
GISELE KRAMA
FILA DE OFTALMOLOGIA
Na fila, só resta a esperança
Na fila de espera pelo atendimento estão pelo menos dez mil pessoas que aguardam até anos por uma consulta oftalmológica, vendo o mundo a cada dia com menos nitidez. Pessoas como o aposentado Avelino Antônio Cardoso, 69 anos. Ele precisa operar os olhos por causa da catarata, doença comum nos idosos.
As esperanças deles estavam todas concentradas na parceria entre a Secretaria de Saúde com o Hospital Bethesda. Ele foi um dos primeiros a ser atendidos, dia 28 de novembro, quando começou a maratona de consultas. Saiu feliz, com uma lista de exames pré-operatórios.
Há duas semanas, Avelino deveria fazer mais uma consulta que poderia levá-lo à cirurgia. “Fui correndo ver o ônibus que poderia pegar para sair do Paranaguamirim (onde mora) e chegar em Pirabeiraba. No mesmo dia, avisaram que o equipamento havia quebrado”. E, de novo, o aposentado ficou sem a operação.
Com a decisão da Justiça Federal de suspender o atendimento no Bethesda, por suspeitas de irregularidades no contrato, resta a esperança para Avelino. Segundo a Secretaria de Saúde, os pacientes que estavam na fila do Bethesda voltarão para a mesma lista de espera daqueles do PAM do Boa Vista. Mas ainda não há definições de como funcionará a chamada e se haverá atendimentos prioritários.
A fila de 12,4 mil pessoas quase não baixou. No hospital, foram feitas 1,4 mil consultas até o dia 17 de janeiro. Outras 903 foram desmarcadas. No período, também foram realizados 3.839 exames. Por estes serviços, a secretaria ainda não pagou nada ao Bethesda. Segundo o diretor do hospital, Hilário Dalmann, não tem previsão de ser pago, mesmo com as cobranças. Segundo ele, o valor é baixo – não chega a R$ 100 mil – porque foram realizados consultas e exames. Nenhuma cirurgia.
SÃO FRANCISCO
Hospital vai atender a partir de abril
O governador Raimundo Colombo visitou ontem o prédio do futuro hospital de São Francisco do Sul e informou que a expectativa é de que a nova unidade de saúde comece a funcionar em meados de abril.
O governo do Estado investiu R$ 4,3 milhões na unidade, que está em fase de conclusão. Os investimentos para a construção do prédio de 3,8 mil m² somam R$ 7,5 milhões, com contrapartida da Prefeitura e parceria com a iniciativa privada. “A saúde é a nossa prioridade número um e o Estado vai continuar sendo parceiro deste hospital. Teremos ainda outras novidades para a área da Saúde aqui da região”, garantiu o governador.
O hospital terá 36 leitos de internação, distribuídos entre as especialidades de clínica médica, clínica cirúrgica, gineco-obstetrícia e pediatria. O pronto-socorro do hospital contará com dez leitos de observação e duas salas para atendimentos de urgência e emergência, além de centro cirúrgico e obstétrico com três salas de cirurgia e uma sala de parto.
Com o prédio pronto, estão programadas para os próximos meses as obras de entorno para acesso e estacionamento. O hospital irá oferecer atendimentos de baixa e média complexidade e será administrado por uma Organização Social (OS).
Mortes em duas rodas
Foi atingida a marca de 50 motociclistas mortos em acidentes em um só ano em Joinville. O dado referente ao ano passado é da Secretaria de Estado de Saúde e leva em conta moradores de Joinville (não necessariamente que o acidente tenha acontecido na cidade).
128 vítimas
O recorde pertencia aos anos de 2006 e de 2009, com 41 motociclistas mortos por ano. Já no cômputo geral, envolvendo todos os tipos de veículos, foram 128 vítimas em Joinville no ano passado. Já houve anos mais violentos. Mas no caso das motos, 2011 foi recorde.
Visor
ALERTA
Pesquisas indicam que o índice de casos de câncer de boca entre homens com 30 a 45 anos está aumentando. Antes, a doença acometia homens acima de 50 anos, especialmente fumantes ou alcoólatras. A causa apontada por especialistas para essa mudança de perfil é a prática de sexo oral sem proteção.O tratamento do câncer de boca geralmente é multidisciplinar, podendo se valer de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Já existem vacinas contra alguns subtipos do HPV.
Geral
PRÓTESE MAMÁRIA
Troca deve ser avaliada
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica/SC, Zulmar Accioli, esclarece que não é necessária a troca preventiva – em caráter de urgência ou não – das próteses mamárias de silicone das marcas PIP e Rofil.
A orientação é de que seja feita a avaliação da prótese, para investigar se houve ou não rompimento. Se ocorreu, é feita a troca. Caso contrário, basta fazer o acompanhamento com o médico responsável pela cirurgia. O cirurgião plástico explica que quando o rompimento ocorre, acontece o amolecimento do seio, o que pode ser observado em tempo variável, de acordo com cada paciente, e confirmado por exames médicos. Então, a substituição é feita normalmente e de forma tranquila, como em qualquer caso de rompimento.
Não é raro as cápsulas romperem. Apesar do alto índice de segurança e do tempo de vida útil prolongado, o que está constatado é de que as próteses das marcas PIP e Rofil têm mais de chance de isso acontecer devido à substância utilizada em sua fabricação.
– Se a pessoa que colocou as próteses destas duas marcas, está preocupada e tem vontade de substituí-las, ela pode, por conta própria, se dirigir a um cirurgião plástico e fazê-lo. Caso contrário, só há necessidade em casos de rompimento, ainda assim, sem alarde – diz Accioli.
VIDA E SAÚDE
Para tratar a esquizofrenia
Uma das grandes descobertas foi feita por cientistas brasileiros, que decifram o DNA da doença
A mãe vai abraçar, mas o sujeito pensa que ela quer machucá-lo. Ao assistir televisão, os apresentadores do telejornal fazem chacota. Um cérebro esquizofrênico é assim: extrapola o limite que há entre as percepções reais e as imaginárias.
Transtorno mental crônico – mais de 80% dos casos persistem de forma permanente – a esquizofrenia está deixando de ser um enigma. Recentes descobertas científicas, realizadas pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Serviço de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), em conjunto com outras instituições, estão decifrando, com mais de 90% de certeza, os genes que separam os indivíduos que sofrem dos que não sofrem da doença.
Os estudos, cuja versão preliminar já foi publicada no European Neuropsychopharmacology – feitos em conjunto com o Hospital AC Camargo, com o Instituto de Psiquiatria de São Paulo e com Instituto de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, de Portugal – permitirão entender ainda mais não apenas sobre os efeitos, mas também sobre as causas de um distúrbio que afeta uma em cada cem pessoas no mundo (1,9 milhão no Brasil) e que resulta em altos índices de suicídio.
Segundo o psiquiatra e coordenador do Programa de Esquizofrenia do HCPA, Paulo Belmonte de Abreu, as descobertas oferecerão, em pouco tempo, tratamentos mais eficazes para controlar as crises psicóticas decorrentes de excesso de atividade do neurotransmissor dopamina, que provocam a sensação de “saliência aberrante da realidade”, ou seja, quando a realidade é percebida de forma distorcida e exagerada.
– Estes medicamentos reduzem os níveis de dopamina em áreas críticas do cérebro, mas oferecem efeitos desagradáveis ao paciente, como apatia, desânimo, falta de alegria, energia. E é aí que entram os estudos de genes, que nos ajudarão a oferecer medicamentos conforme o DNA de cada paciente, de maneira personalizada e com menos chance de erros, o que promete dar um salto na qualidade de vida dos portadores a partir dos próximos cinco anos – afirma Belmonte de Abreu.
Elaborado em parceria com o Instituto Ludwig de Pesquisa Sobre o Câncer, de São Paulo, Belmonte de Abreu e seu grupo do HCPA estudam há quatro anos DNA de genes em esquizofrênicos. No final de 2000, haviam sido descobertos perto de mil alterações em genes, os chamados polimorfismos, ou pequenas variações de estrutura e sequência de genes. Mas o “pulo do gato” ocorreu após o advento da plataforma tecnológica, ferramenta que permite analisar milhares de alterações genéticas ao mesmo tempo, indo ao encontro do que vem sendo feito no mundo em diversas doenças, como o câncer e diabetes. – Genes desse tipo são estudados há décadas, mas só recentemente conseguimos identificar de 8 a 10 mil genes alterados ao mesmo tempo, o que chamamos de uma assinatura biológica da doença. Também descobrimos que a doença pode se manifestar tanto no cérebro intrauterino quanto na vida adulta – revela Belmonte de Abreu.
Antigamente, acreditava-se que as drogas não tinham influência na manifestação da esquizofrenia, apenas provocavam sintomas parecidos com o da doença. Contudo, estudos genéticos já comprovaram que o uso crônico de entorpecentes como a maconha pode colaborar para o seu desenvolvimento, dependendo do tipo de polimorfismo genético que o usuário possui.
– Os familiares costumam reconhecer a doença apenas quando ele tem sua primeira crise. O problema é que não existem sintomas tão específicos da esquizofrenia e, na maior parte das vezes, eles são muito sutis – afirma Jaime Hallak, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
LÍVIA MEIMES
VIDA E SAÚDE
Injeção promete ajudar a tratar
Uma injeção que precisa ser tomada uma vez por mês chega ao mercado brasileiro em dezembro e pode ajudar a contornar um dos principais problemas do tratamento da esquizofrenia: o abandono da medicação. Aprovado em junho pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o palmitato de paliperidona é o que se chama de antipsicótico – remédio que ajuda a prevenir distúrbios característicos da doença.
Um levantamento feito pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas de São Paulo revelou que cerca de 50% dos pacientes abandonam a medicação após um ano do início do tratamento, agravando os sintomas da doença e favorecendo os surtos psicóticos.
– Outra grande vantagem do palmitato de paliperidona é a redução dos efeitos colaterais – diz Rodrigo Bressan, coordenador do Proesq (Programa de Esquizofrenia) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Segundo Bressan, evitar a recaída é o principal objetivo de quem lida com este tipo de paciente.
– A adesão ao tratamento é fundamental para manter a doença sob controle – diz o médico.
PESQUISA MÉDICA
Salto alto e o pé chato
Segundo os pesquisadores da Universidade de East Anglia, o uso constante de sapatos de salto faz com que os tendões fiquem enfraquecidos por proteínas naturais do corpo humano. Com os tendões menos resistentes, o arco do pé cai e, consequentemente, começam a aparecer dores fortes e dificuldade de locomoção.
Como os saltos altos alteram a postura e aumentam a pressão sobre a planta do pé, mulheres que ficam muito tempo em pé, e de salto, podem provocar o achatamento dos pés de forma precoce. Além disso, já é sabido que o uso constante de salto pode aumentar o risco de artrose, problemas na coluna e nos joelhos, joanete e calos.
Como o problema é acelerado por proteínas, a solução, segundo os pesquisadores, seria um remédio que combata esse mecanismo natural do corpo. Os medicamentos poderão levar um tempo para serem produzidos, mas há também soluções mais imediatas, como o uso de palmilha ou de dispositivos de apoio dentro do calçado.
CORPO HUMANO
Ombro sem dor
Prótese reversa é alternativa para recuperar movimentos articulares
Uma das articulações mais complexas do corpo humano, o ombro inspira cuidados durante toda a vida. Mas é depois dos 60 anos que os danos nesta região das costas costumam aparecer, causando dores insuportáveis. Não raro, idosos acabam sendo submetidos a cirurgias para recuperar lesões.
E é aí que entra um novo procedimento que vem sendo difundido com sucesso entre os ortopedistas: a prótese reversa de ombro, que promete recuperar com mais eficácia os movimentos perdidos e viabiliza a realização de atividades cotidianas.
Com recuperação que leva de quatro a seis semanas com imobilização e, posteriormente, reabilitação fisioterápica, a técnica vem sendo aplicada pelo grupo de cirurgia de ombro da Complexo Hospitalar Santa Casa. De acordo com o ortopedista e traumatologista Fernando Carlos Mothes, cerca de 200 pacientes procuram a instituição a cada mês com sintomas de dores nos ombros. Esta também é a terceira queixa mais frequente nos consultórios de ortopedia, ficando atrás apenas da dor lombar e da dor no joelho, respectivamente.
– A diferença é que esta prótese inverte o princípio biomecânico do funcionamento do ombro – acrescenta Mothes.
Com o aumento da expectativa de vida da população, as lesões de ombro se tornam bem mais prevalentes, como lesões degenerativas, de tendão e artroses. Isso se deve ao fato de que os tendões do manguito rotador (tendões internos do ombro) enfraquecem com o tempo e se rompem, gerando dor e limitação dos movimentos.
E estas lesões, quando não tratadas, tendem a progredir. Um quadro considerado grave é quando, além da ruptura, muitas vezes irreparável, existe artrose na articulação (desgaste da cartilagem).
Na opinião de Fábio Matsumoto, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo, essa enfermidade é como se o paciente estivesse com o braço amarrado junto ao corpo, tamanha a perda dos movimentos.
– Até pouco tempo atrás, a artropatia era um problema tratado com medidas paliativas, como analgésicos, infiltrações e fisioterapia. O cenário mudou após o desenvolvimento de uma prótese especial de ombro, a prótese reversa, já liberada pela Angência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – completa.
SAÚDE BUCAL
Sorriso perfeito
Clareamentos dentais estão em ascensão
Mais do que simplesmente atender à vaidade, um sorriso perfeito rejuvenesce, influencia o sucesso e até reduz chances de morte prematura. É o que comprovam pesquisas recentes, como a publicada na revista Psychology and Aging, em que 154 homens e mulheres atribuíram idades menores às reais para as pessoas que estavam sorrindo em cerca de mil retratos.
Outro estudo, esse do King’s College, em Londres, mostrou que um grupo com cerca de cem voluntários avaliou os mesmos indivíduos de forma desfavorável quando eles foram representados em fotografias com os dentes cariados ou manchados. As pessoas com sinais visíveis de deterioração dentária foram qualificadas de menos inteligentes, menos populares e menos ajustadas. Já as que tinham dentes clareados foram avaliadas como mais atraentes e bem-sucedidas.
Uma terceira pesquisa – feita pela University College of London – confirmou que pessoas felizes e positivas vivem mais. Quatro mil pessoas entre 52 e 79 anos foram acompanhadas durante cinco anos e a conclusão é de que as de bem com a vida têm 35% menos chances de morte prematura. E para reforçar a importância dos dentes branquinhos, dados divulgados pela WorldPanel (uma das principais empresas de pesquisa mercadológica) revelam que a segunda maior preocupação estética dos brasileiros é esta.
RESINAS
As resinas compostas estão entre os materiais mais utilizados nas restaurações estéticas. Com elas, é possível simular os dentes naturais, copiando a forma, a translucidez, a textura e as cores, sem comprometer a resistência e a função, conforme afirma o dentista Américo Mendes, da Universidade de São Paulo (USP).
Feitas geralmente em uma única sessão clínica, as resinas compostas podem ser utilizadas tanto em dentes anteriores (incisivos e caninos) como em dentes posteriores (pré-molares e molares). Devolvem a cor nos casos de cáries, de fraturas dentais, de restaurações antigas com infiltração, de dentes escurecidos após tratamento de canal e até na troca de restaurações amálgama (cinzas) por claras. Este material é versátil, pois atende qualquer nível de coloração e permite alcançar a igualdade com a estética dos dentes naturais, ao exemplo da resina Opallis (FGM Produtos Odontológicos) que possui cores específicas para cada caso.
FACETAS DE PORCELANA
Segundo Mauro Piragibe Jr., especialista em prótese dentária e consultor da Associação Brasileira de Odontologia, as facetas são indicadas para dentes com manchas severas que não podem ser resolvidas pelo clareamento e também nos casos chamados de reanatomização estética, que é quando o paciente não gosta do formato dos dentes, quer aumentá-los ou deseja fechar o espaço entre eles. Uma novidade são as facetas lentes de contato, que têm o diferencial de serem extremamente finas (cerca de 0,3 mm).
– A grande vantagem do uso deste tipo de faceta é não desgastar os dentes. Nas facetas tradicionais, é necessário realizar um pequeno desgaste na superfície dentária para encaixar a porcelana – informa Piragibe.
CLAREAMENTO DENTAL
– O sucesso da terapia clareadora está diretamente relacionado com a seleção e execução de uma técnica que se enquadre no correto diagnóstico de alteração de cor – afirma Luis Gustavo Barrotte Albino, professor do Departamento de Dentística Operatória da Universidade Guarulhos (UnG). O especialista ressalta que há três tipos de clareamento: o caseiro, o feito no consultório e o misto, resultante de clareamento caseiro mais consultório).
VISITAS AO DENTISTA
Um sorriso bonito é construído também com visitas regulares ao dentista. A periodicidade das consultas pode variar de acordo com a idade e o risco de cada pessoa às doenças bucais, segundo a dentista Constanza Odebrecht, professora da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
PESQUISAS MÉDICAS
Banco de sêmen é alternativa para casais
Um casal de mulheres decide que está na hora de ter filhos. Ambas pensam em adotar uma criança, mas a vontade de uma delas de carregar um bebê no ventre é mais forte. Por isso, optam por receber o sêmen de um doador. Esta é a realidade de muitos casais homossexuais.
Ao contrário do que muitos acham, não há impedimentos legais a um casal homossexual ter filhos com doação de sêmen no Brasil. O andrologista Eduardo Pimentel, afirnma que a doação de sêmen pode ser feita por qualquer homem saudável, entre 18 e 40 anos.
– Obrigatoriamente, a doação deve ser anônima, mas características como a cor da pele e dos cabelos, estatura, biotipo, raça e tipo sanguíneo são registradas. Esse cuidado é fundamental para que a receptora tenha um doador o mais parecido possível com seu parceiro e futuro pai (ou parceira) do eventual bebê gerado pela fertilização in vitro (FIV) – detalha.
Pimentel alerta que a necessidade de escolher as características do doador serve para evitar conflitos psíquicos-sociais que possam vir a surgir para o casal ou para o filho. O gameta escolhido é enviado em recipiente específico, contendo nitrogênio líquido, ao laboratório onde ocorrerá a FIV. As condições de armazenamento durante o transporte são as mesmas do banco de sêmen. No laboratório, procede-se o descongelamento e a FIV é realizada. A indicação básica para o uso de banco de sêmen é a ausência de espermatozoides do marido ou o caso de casais homossexuais e nunca para ter um filho “mais bonito”, por exemplo.
Segundo o especialista em reprodução humana Sandro Esteves, para evitar a disseminação de genes relativos a doenças raras e o incesto acidental entre meio irmãos e meia irmãs, no Brasil, o homem que cede seus gametas para outras pessoas não pode gerar mais de duas concepções em uma área geográfica que compreenda cerca de 1 milhão de habitantes.