Médico avalia SC Saúde
Assembleia. A noite de hoje será para a categoria discutir o plano dos servidores
Hoje, às 20h, na Associação Catarinense de Medicina (ACM), em Florianópolis, os médicos discutirão em assembleia geral a proposta do SC Saúde. O novo plano dos servidores públicos do Estado entrou em vigor no dia 1º deste mês. Durante meses o Conselho Superior das Entidades Médicas (Cosemesc) negociou com a Secretaria de Administração do Estado até receber uma proposta que pudesse ser apresentada em assembleia.
O Secretário da Administração, Milton Martini, comprometeu-se em remunerar os médicos baseado na tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de procedimentos Médicos vigente, com uma redução de 20% e um cronograma para a tabela plena até o fim de 2014.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc), Cyro Soncini, a negociação foi um grande avanço e Santa Catarina vive um momento histórico. "Este é o ano da dignidade. Os médicos empenham-se desde 2003 para a adoção dessa tabela plena. É uma mudança de postura dos médicos em relação a sua remuneração em todo o país.", afirmou.
Na mesma assembleia, os médicos discutirãosobre os planos de saúde que não fizeram acordo com os médicos, como o Grupo Unidas. Desde 10 de janeiro, os médicos suspenderam os atendimentos. Integram os planos de saúde do grupo Unidas Assefaz, Brasil Foods, Capesesp, Cassi, Celos, Conab, Correios Saúde, Eletrosul, Elos Saúde, Embratel, Fassincra, Funsevir, Geap, Petrobras, Proasa, Pró-Saúde Alesc, Saúde Caixa, Sesef e Tractebel Energia.
O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Cid Carvalhães, participará da assembleia. "O movimento por melhor remuneração dos médicos pelos planos de saúde é uma realidade nacional e que, nos últimos meses, com as negociações do SC Saúde comprovou que os médicos estão unidos para garantir aos usuários o melhor atendimento", afirmou Cyro.
VÍTIMAS DO CIGARRO
SC está em quarto lugar no país
Em cinco anos, de 2006 a 2010, foram 1.089 mortos por uso de substâncias lícitas ou ilícitas; destes, 221 eram fumantes
No período de 2006 a 2010, 221 pessoas morreram em Santa Catarina devido ao fumo. A informação está no relatório da Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgado ontem, com um balanço de mortes causadas pelo uso de psicoativos no Brasil. O estudo indica que, no país, foram registradas 40.692 mortes pelo uso, principalmente, de álcool, fumo e cocaína. Em Santa Catarina, foram 1.089. Entre as maiores vítimas no país estão os homens. Eles representam 86% dos casos.
A principal causa de morte quando se consideram substâncias lícitas e ilícitas é o álcool. De cada 100 mortes por uso de psicoativos, 85 são ligadas diretamente ao consumo de bebidas alcoólicas. Deste número, mais de 90 % são do sexo masculino.
O estudo indica ainda que 73,26 % deste total tinha idade entre 30 e 59 anos. Considerando a taxa de mortalidade bruta por 1.000 habitantes, Santa Catarina ocupa a sexta posição. No período, foram 830 mortes no Estado causadas pelo álcool.
O fumo é a segunda maior causa de mortes por uso de substâncias lícitas e ilícitas. De 2006 a 2010 foram 4.625 mortes pelo tabaco. Nesta classificação, os homens também são maioria, mais de 70 %. Do total, 2.847 pessoas tinham idade acima de 60 anos, o equivalente a 61,55 %.
Quando se trata de fumo ou tabaco, o Estado aparece em quarto em relação às taxas de mortalidade bruta para cada 1.00 habitantes. Lindoia do Sul, São João do Itaperiú, Luzerna, Balneário Barra do Sul, Alto Bela Vista e Palmeira são os seis municípios catarinenses com maiores taxa. No Estado, 221 pessoas perderam a vida por causa do tabaco. O uso de mais de uma substância ao mesmo tempo e a cocaína também entraram na lista do estudo. Foram 834 mortes no país. Em Santa Catarina, houve 38.
Ouro, Garopaba, Três Barras, Balneário Arroio do Silva e Capivari de Baixo figuram entre as 50 cidades do país com maiores taxas.
O estudo realizado pela CNM usa os números computados pelo Datasus do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
A análise levou em conta a causa da morte e local de residência contidos na Declaração de Óbito, sob responsabilidade dos médicos. O SIM é a única referência no Brasil sobre a mortalidade, porém, é passível de falhas devido à burocracia e à lentidão da coleta de dados.
Não é levada em conta, por exemplo, um possível erro na descrição da morte nos laudos expedidos pelos estabelecimentos de saúde, institutos médico legais, serviços de verificação de óbitos e cartório de registro civil. Um acidente de trânsito em decorrência do álcool, por exemplo, pode não entrar na conta.
SC SAÚDE
Médicos votam adesão
A Associação Catarinense de Medicina (ACM) deve decidir em assembleia, hoje, às 20h, se os profissionais devem ou não aceitar a proposta do Governo do Estado para a adesão médica ao SC Saúde.
O novo plano dos servidores públicos do Estado, que atende a cerca de 180 mil pessoas, entrou em vigor no dia 1º de fevereiro.
Durante meses, o Conselho Superior das Entidades Médicas (Cosemesc) negociou com a Secretaria Estadual de Administração até receber a proposta que será apresentada hoje na assembleia da categoria.
O secretário de Estado da Administração, Milton Martini, comprometeu-se em remunerar os médicos com base na tabela de classificação brasileira hierarquizada de procedimentos médicos (CBHPM) vigente com uma redução de 20% e um cronograma para a tabela plena até dezembro de 2014.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc), Cyro Soncini, a negociação foi um grande avanço e Santa Catarina vive um momento histórico.
Na mesma assembleia, os médicos discutirão sobre os planos de saúde que não fizeram acordo com a categoria, como o Grupo Unidas.
VIVER BEM
Estresse à flor da pele
As doenças dermatológicas de pelo menos um terço dos pacientes têm origem psicológica
Uma descamação que não se resolve com os cremes prescritos pelo dermatologista, a acne persistente, furúnculos que ocasionalmente surgem nos momentos mais inoportunos, manchas que aparecem da noite para o dia. Para um terço dos pacientes de dermatologia, segundo dados de um estudo realizado pela Sociedade de Dermatologia do Rio de Janeiro, esses e outros problemas da pele estão diretamente relacionados ao estresse psicológico.
De acordo com a dermatologista e coordenadora do Ambulatório de Psoríase do Hospital Universitário de Brasília, Gladys Aires Martins, em situações de estresse, alterações hormonais, em especial nos níveis de cortisol circulantes, podem prejudicar o equilíbrio da pele, chamado de homeostase cutânea.
“Pesquisas recentes têm demonstrado estreitas ligações entre as fibras nervosas periféricas cutâneas e o sistema nervoso central, o que leva à liberação de neurotransmissores, como as endorfinas e outros, que vão mediar sinais e sintomas na pele de origem psicogênica”, explica.
A lógica desse diálogo entre a pele e as emoções é alvo de estudos há mais de um século e aflige milhões de pacientes, que, em geral, nem desconfiam dessa ligação. Como as psicodermatoses podem se manifestar de diversas maneiras – acne, psoríase, vitiligo, pruridos, alopecia, caspa, entre outros – a ligação fica complicada até mesmo para a classe médica.
Quantas vezes seu médico indagou sobre como anda sua vida, suas emoções? De acordo com o dermatologista Marcelo Vianna, de fato, nem sempre o médico toca nessas questões, o que acaba prejudicando o tratamento.
“Nossa formação é escassa nesse sentido. Mas, em alguns casos, precisamos de uma abordagem mais holística, ou seja, avaliar o todo para tratar a parte. Em alguns momentos, solicito auxílio de terapeutas especializados em pacientes com doenças dermatológicas, para um trabalho em conjunto.”
Em um estudo publicado no “The Journal of Investigative Dermatology”, o estresse psicológico demonstrou ser muito mais danoso à pele que o estresse físico. Os pesquisados foram divididos em três grupos: um se submeteria a uma falsa entrevista de emprego, ou à privação de sono por 42 horas, e outro a três sessões de esteira ergométrica por dia. Todos tiveram seus níveis de hormônios e de células do sistema imunológico da pele medidos ao fim dos testes. O resultado foi que os voluntários expostos ao estresse psicológico apresentaram alterações significativas, que poderiam desencadear problemas de pele. Já o estresse físico não provocou nenhuma alteração negativa.
Gastrite é fogo
Saiba o que há de mais recente sobre as causas e os tratamentos desta doença, que atinge 40% da população mundial
Se você é daqueles que basta alguma coisa fugir à expectativa para sentir o estômago pegar fogo, não se desespere, você não está sozinho. Estima-se que quatro em cada dez brasileiros padeçam de pelo menos um dos sintomas de dispepsia (que em grego significa “difícil digestão”), doença popularmente conhecida como gastrite. No mundo todo, segundo o “Journal of Clinical Gastroenterology”, mais de 40% da população mundial sofre do mal.
Em situações normais, quando o alimento é ingerido, ele passa pelo esôfago e entra no estômago, onde um ácido ajuda no processo de digerir a comida e tudo ocorre tranquilamente. O mesmo não ocorre no estômago dispéptico, que, devido a diversas causas, sendo algumas impossíveis de serem identificadas, ocorre uma espécie de destruição da camada protetora do muco que protege o estômago, permitindo que o ácido altere a função do estômago, o que leva a sérios sintomas. E isso dói. Como dói.
Ou seja, se você é do grupo dos que costuma sentir dores e queimação no estômago, sensação de que comeu demais sem ter comido muito (saciedade precoce), estufamento, refluxo, náuseas e vômitos, é provável que você já tenha recebido diagnóstico da dispepsia, que se divide em dois grupos: os dispépticos funcionais – ou “gastrite nervosa”–, que podem ser, ou não, portadores da bactéria Helicobacter pylori, e nos quais não são identificadas outras doenças nos exames complementares. E o grupo dos pacientes que têm alterações anatômicas, como úlceras ou câncer do estômago, e que são chamados dispépticos “orgânicos”. Mas é no grupo dos dispépticos funcionais, os pacientes com “gastrite”, que as pesquisas científicas avançam com mais intensidade.
Após décadas de controvérsias entre médicos, que se dividem sobre a eficácia de erradicar ou não o pylori com antibióticos nos pacientes com dispepsia funcional e que sejam portadores da bactéria (nos pacientes com úlceras, a erradicação do Helicobacter pylori é obrigatória), hoje já se pode dizer que dar fim à pylori faz sentido. De maneira geral, recorda o gastroenterologista Luiz Edmundo Mazzoleni, os médicos que são a favor da eliminação da bactéria acreditam que isso possa melhorar os sintomas desses pacientes; e os médicos que são contra a erradicação alegam que isso não melhora os sintomas e que a eliminação da bactéria poderia provocar a doença do refluxo e alterações imunológicas.
Uma equipe médica de mais de 50 profissionais vinculados ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) concluiu um estudo inédito em nível mundial, com 842 pacientes com dispepsia não investigada entre 2006 e 2009. O trabalho foi publicado na revista “Archives of Internal Medicine”, novembro passado, e ganhou repercussão mundial. “Ao submeter os voluntários a endoscopias e tratamentos, descobrimos que vale a pena, sim, erradicar a bactéria com antibióticos. Dos 66% que possuíam a bactéria, ao eliminá-la, a equipe chegou à conclusão de que um em cada oito pacientes se beneficiavam do tratamento, trazendo alívio”, comemora Mazzoleni, coordenador do estudo, lembrando que a infecção pelo H. pylori é apontada como principal causa das úlceras do estômago e do duodeno (92%), podendo, em raros casos, evoluir ao câncer gástrico, considerado o segundo mais frequente no mundo.
A descoberta, além de desmitificar o tema, deverá servir de aporte para que os médicos prescrevam antibióticos e tratem o Helicobacter pylori nos dispépticos funcionais, ainda que não haja um consenso total entre os médicos sobre o assunto. De acordo com Laércio Tenório Ribeiro, membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), as controvérsias sobre a abordagem terapêutica para todos os infectados variam, mas ainda é cedo para dar como encerrada a discussão sobre a interação do nosso organismo com a bactéria.
“Será que sua presença é sempre prejudicial ou em alguns casos, onde não ocorre interferência mensurável na condição de saúde, poderia atuar como agente simbiótico? Qual sua importância no equilíbrio do nosso sistema imunológico? Há muitas perguntas ainda sem resposta. O mais comum é, caso a gastrite seja confirmada, usar o tratamento com medicamentos que inibem a secreção de ácido pelo estômago, desta forma diminuindo a agressão à mucosa”, afirma Ribeiro.
Um incômodo ainda sem cura
As pessoas que sofrem da chamada dispepsia funcional, popularmente chamada de gastrite nervosa, podem ser, ou não, possuidoras da bactéria Helicobacter pylori – o que equivale a 34% do total abordado na pesquisa realizada no Hospital de Clínicas. Para os que não possuem, a notícia não é nada animadora, ou seja, não há muito o que fazer senão controlar, cuidar da alimentação e da mente, já que as emoções interferem no bom funcionamento do estômago.
“O problema no tratamento é que a medicina ainda não conseguiu medicamentos totalmente eficientes para corrigir os distúrbios da função do trato digestivo. E é por isso que as pessoas sofrem tão cronicamente com essas doenças funcionais a vida toda com o problema, que não tem cura”, diz Mazzoleni.
Em outra experiência do grupo, Mazzoleni verificou o custo social dos sintomas dispépticos, incluindo diretos e indiretos, como perda de produtividade, que chega a R$ 50 bilhões por ano no Brasil.
O QUE AJUDA
- Mastigar bem os alimentos, pois a digestão começa na boca.
- Fazer refeições nos horários e ambiente corretos.
- Não ficar muito tempo em jejum.
- Levantar a cabeceira da cama é melhor do que produtos especiais.
- Consumir regularmente frutas, verduras e legumes.
- Exercitar-se.
- Diminuir o peso (para quem está com excesso).
- Comer bolachas água e sal e maisena no intervalo das refeições.
- Tomar chá de alecrim e hortelã.
- Comer frutas como laranja lima, banana, maçã, pera, goiaba e mamão.
- Evitar líquidos duas horas antes de deitar.
O QUE PIORA
- Evitar frutas cítricas, como laranja, mexerica, limão, banana, maracujá, abacaxi e kiwi.
- Mascar chiclete.
- Frituras e embutidos, como os salgadinhos de festa, salsicha, salame e mortadela.
- Condimentos fortes, como pimenta, temperos prontos, molho shoyu, catchup, mostarda.
- Produtos ricos em corantes e conservantes, como sucos em pó e salgadinhos.
- Cafeína, presente no café, nos chás preto e mate e nos refrigerantes à base de cola.
- Medicações irritativas como os anti-inflamatórios e a aspirina.
- Alimentos muito gordurosos.
- Lactobacilos.
Muito além do tempo
Sol em excesso e cigarro interferem no aspecto da pele, mas há como melhorá-la
Contra o tempo, não há quem possa. E nem é preciso tanto tempo assim para que a batalha tenha início. Depois dos 20 anos, a pele começa a apresentar os primeiros sinais de velhice. Até os 30, eles serão suficientes para que você pare por um ou dois minutos em frente ao espelho esticando e enrugando a pele do rosto. Quem tem a pele clara começa a se incomodar com as manchinhas. Linhas de expressão em volta dos olhos são quase unânimes, mesmo que discretas – o preço que se paga por emoções fortes, como rir ou chorar sem economia. Daí por diante, elas ficam mais profundas, a pele mais fina e menos viçosa, as manchas mais numerosas. E não é um problema feminino. Deste mal, mulheres e homens sofrem por igual.
O corpo, no entanto, não. Há um motivo para dizerem por aí que as mãos são as grandes delatoras da idade de uma pessoa. Elas, junto a pescoço, rosto e colo são os primeiros a demonstrarem os sinais do tempo. O grande responsável, no entanto, não tem tanto a ver com a carteira de identidade. Culpe o sol. “Isso que o brasileiro tem de associar bronzeado à saúde é errado. O bonito do bronzeado dura pouco tempo e sai caro mais tarde”, sentencia a dermatologista Cleire Paniago.
Isso explica por que essas áreas, mais expostas aos raios solares, são as primeiras afetadas. De acordo com a especialista, 90% da aparência envelhecida da nossa pele é culpa do sol. Para começar, ele tem efeito cumulativo, o que significa que os danos serão consequências não de uma tarde debaixo do sol, mas de uma vida andando por aí sem proteção. Ele degenera o colágeno, deixando a pele mais flácida e quebradiça, é responsável pelo aparecimento de manchas claras e escuras e deixa a pele mais áspera.
Outro vilão é o cigarro. Segundo o dermatologista Ricardo Fenelon, ele adiciona cerca de dez anos à pele. E, diferente do sol, não são ruguinhas e manchas nas mãos as consequências do fumo. “As rugas geralmente já vêm profundas, ao redor da boca, devido ao movimento”, afirma.
E tem jeito?
A boa notícia é que a medicina dispõe de métodos para remediar alguns desses efeitos. O laser e a luz pulsada são grandes aliados no combate ao envelhecimento e combatem linhas finas ao redor dos olhos, colo e mãos. Também são os grandes protagonistas no tratamento de manchas de sol nos mesmos locais. A aplicação é rápida e não deixa marcas nem feridas.
A toxina botulínica, o famoso Botox, ainda é um dos tratamentos mais procurados nas clínicas. Ela é usada no preenchimento de linhas finas ao redor dos olhos, na testa, pescoço e no colo.
Rugas mais profundas podem ser preenchidas com ácido hialurônico ou com uma substância chamada hidroxiapatita de cálcio, um composto sintético na forma de microesferas suspensas em gel. Por fim, os peelings químicos ainda são bons aliados, porque descascam a camada mais prejudicada, forçando a regeneração natural da pele.
TRATAMENTO REJUVENECEDOR
Laser e luz pulsada
O que trata: manchas de sol, rugas finas, perda de colágeno.
Onde: rosto, colo e mãos.
Toxina botulínica
O que trata: rugas finas.
Onde: pescoço, testa, região dos olhos e colo.
Preenchimento com ácido hialurônico
O que trata: perda de volume, rugas e linhas de expressão.
Onde: rosto, colo e mãos.
Peelings
O que trata: rugas finas.
Onde: rosto, colo e mãos.
Corações protegidos
Poderoso vasodilatador, a nitroglicerina é usada no tratamento de dores no peito, conhecidas como angina, e nas salas de emergência de hospitais, quando pacientes chegam com sinais de infarto agudo de miocárdio. Ela é também a base de quase todos os medicamentos usados atualmente para dilatar as coronárias de pacientes cardíacos. Entretanto, os benefícios para o coração podem ser limitados, devido ao desenvolvimento, pelo corpo, de intolerância ao composto. Pesquisa realizada no departamento de química e biologia de sistemas da Escola de Medicina da Universidade Stanford, na Califórnia, identificou uma molécula que, administrada com a substância, pode evitar infartos mais graves em pacientes que desenvolvem essa resistência. A descoberta é fruto do projeto de doutorado do chinês Lihan Sun, realizado com o brasileiro Júlio César Batista Ferreira, também pós- doutorando na instituição.
“Nesse estudo, descobrimos que a intolerância à nitroglicerina não se deve somente à perda do efeito vasodilatador do medicamento. Na verdade, quando precedido do infarto do miocárdio, o uso de nitroglicerina pode causar efeitos devastadores ao coração”, explica Ferreira.
A pesquisa, que consumiu os últimos três anos e foi publicada recentemente pela revista “Science Translational Medicine”, foi realizada em animais. O estudo foi coordenado pela professora Daria Mochly-Rosen. O próximo passo será avaliar os benefícios da ALDA-1 em humanos. O custo do projeto é de US$ 10 milhões. Para tentar viabilizar a iniciativa, o grupo de pesquisadores de Stanford criou a empresa Aldea para arrecadar fundos para a realização dos testes em humanos.
Médicos vão decidir hoje sobre a proposta do SC Saúde
Nesta segunda-feira (06), às 20 horas na Associação Catarinense de Medicina (ACM), em Florianópolis os médicos irão discutir e deliberar em assembleia geral sobre a proposta do SC Saúde. O novo plano dos servidores públicos do Estado entrou em vigor no dia 1º de fevereiro e apresenta uma baixa adesão dos profissionais da saúde.
Durante meses o Conselho Superior das Entidades Médicas (COSEMESC) negociou com a secretaria estadual de Administração até finalmente receber uma proposta que pudesse ser apresentada em assembleia. O secretário da administração, Milton Martini, comprometeu-se em remunerar os médicos baseado na tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) vigente com uma redução de 20% e um cronograma para a tabela plena até dezembro de 2014.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (SIMESC), Cyro Soncini, a negociação foi um grande avanço e Santa Catarina vive um momento histórico. “2012 é o ano da dignidade médica. Os médicos empenham-se desde 2003 para a adoção da CBHPM vigente e plena. A situação está mudando e não é um fato isolado de Santa Catarina. É uma mudança de postura dos médicos em relação a sua remuneração verificada em todo o país ”, afirma.
Unidas - Na mesma assembleia, os médicos discutirão sobre os planos de saúde que não fizeram acordo com os médicos, como o Grupo Unidas. Desde 10 janeiro os médicos suspenderam os atendimentos por tempo indeterminado.
“Os valores praticados pelos planos de saúde não garantem mais a sustentabilidade de consultórios e muito menos a continuidade de aperfeiçoamento profissional e o paciente também acaba prejudicado. Entendemos que a tabela nacional vigente tem que ser uma realidade em Santa Catarina”, argumenta o vice-presidente do SIMESC,Vânio Lisboa.
Integram os planos de saúde do grupo Unidas Assefaz, Brasil Foods, Capesesp, Cassi, Celos, Conab, Correios Saúde, Eletrosul, Elos Saúde, Embratel, Fassincra, Funservir, Geap, Petrobrás, Proasa, Pró-Saúde Alesc, Saúde Caixa, Sesef, Tractebel Energia e outros planos regionais.
Apoio Nacional- O presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes participará da assembléia de segunda-feira em Florianópolis. A presença dele reforça que a luta pela dignidade profissional não é apenas dos médicos catarinenses.
“O movimento por melhor remuneração dos médicos pelos planos de saúde é uma realidade nacional e que, nos últimos meses com as negociações do SC Saúde e a suspensão de atendimento de planos do grupo Unidas, comprovou que os médicos catarinenses estão unidos em busca de garantir aos usuários dos planos o melhor atendimento”, afirma o presidente do SIMESC Cyro Soncini.