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SC SAÚDE
Médicos aceitam oferta do Estado

Categoria disse sim à proposta de remuneração pela classificação brasileira de procedimentos com vigência plena até 2014
Após dois meses de impasse, finalmente as entidades médicas encerraram a negociação com o governo do Estado sobre os valores do novo plano SC Saúde. Na noite de ontem, em votação na assembleia estadual em Florianópolis, a categoria decidiu por maioria aceitar a proposta final.

Com isso, deverá aumentar a adesão dos profissionais ao convênio a partir de hoje. A assembleia foi no auditório da Associação Catarinense de Medicina (ACM). O resultado saiu às 22h35min. Dirigentes do Cosemesc comemoraram a decisão, tida como uma conquista histórica para os médicos no Estado.

O governo vai pagar a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) vigente com redutor de 20% e a CBHPM vigente plena até 2014. Na prática, a proposta aceita significa reajuste de 36% em média em relação aos valores que eram pagos pela Unimed antes de o SC Saúde entrar em vigor, no começo deste mês. Equivale a 14% de aumento sobre a proposta inicial do governo que constava no edital para o SC Saúde, em outubro.

Segundo o coordenador do Cosemesc, Aguinel José Bastian Júnior, SC é o primeiro Estado onde a CBHPM vigente será implantada. Para ele, isso faz com que o plano tenha qualidade no atendimento médico, além de trazer “dignidade na remuneração”.

O prazo de cadastramento dos médicos termina hoje. O secretário da Administração, Milton Martini, espera em 30 dias ter uma análise completa da abrangência do plano. Para Martini, o importante é garantir a distribuição de profissionais por todas as regiões.

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual de SC (Sintespe) afirma que é insuficiente o número de médicos credenciados. O diretor de relações sindicais Wolney Adilson da Rocha Chucre disse que faltam especialistas. O governo acredita que o problema nas outras especialidades será resolvido com a adesão do Cosemesc ao convênio.


SC SAÚDE
“Pelo valor inicial seria um fracasso”
Cyro Soncini presidente

Nas reuniões internas e bastidores ao longo da negociação, a voz sindical pesou forte entre as entidades médicas. Uma delas é a de Cyro Soncini, 60 anos, anestesiologista em Florianópolis e presidente do Simesc.

Diário Catarinense – Como ficará o SC Saúde com a decisão?

Cyro Soncini – Será que os médicos aderem? Nós desobstruímos a adesão. Mas essa dúvida temos também. Por isso o desgaste todo.

DC – Os médicos vão aderir ao SC Saúde agora?

Soncini – Evidente que muitos farão a adesão. Se fosse o valor inicial teríamos um fracasso absoluto.

DC – O SC Saúde será um bom plano para os servidores?

Soncini – Acredito que tem como fazer um bom trabalho assim.

DC – Algumas especialidades ainda não aderiram...

Soncini – É por isso: porque algumas entendem que a remuneração não agrada, o consultório assim não dá para tocar... Nós respeitamos.

DC – No final, a remuneração representará 36% a mais ao que a Unimed pagava.

Soncini – A Unimed não é um bom parâmetro para nós. A Unimed é de muitos médicos, mas não é de todos os médicos. Em Florianópolis, por exemplo, metade não está dentro da Unimed.

DC – Essa ação sindical dos médicos acontecerá para resolver outros problemas como emergências lotadas e falta de leitos?

Soncini – Sim e não. Sim: com certeza as lideranças médicas têm essa visão e sabem que temos de construir algo melhor. Não: médico, por mais elitizado que seja, ele tem certas limitações para pensar por completo.


SOLIDARIEDADE
Hemosc mantém pedido para doadores

Não dê férias para a solidariedade. Esta é a campanha de coleta de sangue do Hemosc para incentivar mais pessoas a serem doadoras de frequência, com 2 ou 3 doações por ano. Na época de férias e do Carnaval há uma grande redução no número de doações em Santa Catarina em razão de ser um período de viagens das pessoas. Para ser doador acesse www.hemosc.org.br.


CHÁS E ERVAS
Sem licença não pode

Anvisa decide suspender o comércio e uso de alguns produtos naturais
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, ontem, no Diário Oficial da União (DOU), a suspensão da fabricação, comércio e uso, em todo o país, do produto saneante Salvlimp e de todos os produtos sujeitos à vigilância sanitária, fabricados pela Salvia Indústria e Comércio de Cordas Ltda.

Também foram suspensos por não possuírem registro na Anvisa os produtos Ginkgo Biloba com Ginseng, Sene, Chá Verde Cápsulas, Catuaba Cápsulas, Tribulus Terrestris, Cáscara Sagrada, Castanha da Índia, Garcínia, Composto Laxante, Alcachofra com Berinjela, Composto Circulatório e Hipérico, além dos demais produtos sujeitos à vigilância sanitária da empresa Naturnatus Produtos Naturais.

Os seguintes produtos fabricados por Israel dos Santos Costa ME também estão suspensos: Imunoflora, Salsa Caroba, Rins 500ml, Unha de Gato, Algas Flora, Zedoária, Ginkgo Biloba com Castanha da Índia, Carvão Vegetal, Garra do Diabo, Erva São João, Lobélia Anti-Fumo, Fucus, Tribulus Terrestris, Alcachofra com Berinjela, Dolomita, Maca, Valeriana, Colágeno, Tanaceto, Isoflavona, Anis Estrelado, Anti-Depressivo e Acerola Cápsulas.

Brasília


EDITORIAIS
Substâncias letais

Um relatório que foi divulgado ontem pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) faz um balanço das mortes causadas no país pelo uso de substâncias psicoativas como álcool, fumo e cocaína entre 2006 e 2010. Segundo o documento, que usa números computados pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), neste período, comprovadamente, foram registrados, no Brasil, 40.692 óbitos provocados por essas substâncias. Santa Catarina responde por 1.089 casos, e ocupa o quarto lugar entre os estados da Federação no que respeita taxas de mortalidade bruta por mil habitantes em decorrência do cigarro, e a sexta posição em relação à ingestão costumeira de bebidas alcoólicas.

Homens, com idade entre 30 e 59 anos, constituem as vítimas preferenciais dessas duas “drogas lícitas”, mas nem por isso menos devastadoras da saúde, eis que causam doenças graves, de difícil cura e de alta letalidade. Além dos sofrimentos e das tragédias humanas e familiares que provocam à saúde dos seus adeptos, o álcool e outras substâncias psicoativas colaboram, de forma indireta, para nutrir as estatísticas da violência e os óbitos a ela devidos. Com efeito, as estatísticas policiais indicam que muitos homicídios – os de trânsito inclusive – têm como autores pessoas embriagadas.

O estudo em boa hora apresentado pela CNM não pode passar em brancas nuvens. Ele motiva reflexão atenta e decisões pontuais para minorar os efeitos deletérios dessas substâncias sobre a sociedade. Além disso, elas sobrecarregam ainda mais os já exauridos serviços de saúde pública.

Campanhas permanentes de esclarecimento e conscientização, especialmente dirigidas aos segmentos mais jovens população, seriam um bom começo.

 

AN Joinville
SAÚDE
Hospital implanta sistema para facilitar controle

O Hospital Municipal São José, de Joinville implantou um sistema integrado de gestão em saúde capaz de controlar o fluxo de pacientes pela unificação de informações. O software pertence à empresa MV Sistemas e já é utilizado por outras instituições. O programa permite o acompanhamento da entrada do paciente na unidade e também controle de estoques. O sistema é pioneiro no Estado.

 

AN Estado
SC SAÚDE
Associação médica avalia nova proposta

As entidades médicas discutiram ontem à noite a proposta final do governo do Estado de remuneração para o plano SC Saúde, que entrou em vigor este mês.

Até o fechamento desta edição, não havia decisão do Conselho Superior das Entidades Médicas de SC (Cosemesc)em Florianópolis.

No começo, o coordenador do Cosemesc, Aguinel Bastian Júnior, fez uma retrospectiva das negociações. Depois, afirmou que o Cosemesc defendia a aprovação da proposta do governo. No espaço para manifestações, a maioria considerou como vitoriosa a proposta. Na prática, a atual proposta significa reajuste de 36% em média em relação aos valores que eram pagos pela Unimed.

 

Médicos aprovam adesão ao Plano de Saúde dos servidores de Santa Catarina
Decisão foi tomada em assembleia dos médicos catarinenses. O SC Saúde já está em vigor desde 1 de fevereiro

Em assembleia geral realizada na noite desta segunda-feira (6) na Associação Catarinense de Medicina (ACM), em Florianópolis os médicos catarinenses decidiram por maioria que a adesão ao SC Saúde está liberada.

“Entendemos que esgotamos todas as possibilidades de negociação com a secretaria estadual de Administração e que a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) vigente e plena até dezembro de 2014 é uma grande conquista dos médicos. Colocamos em votação a desobstrução para os médicos que entenderem que a proposta é vantajosa. Pensamos no todo, não na individualidade de cada médico. Aquele médico que entender que o plano não é favorável, que opte por não se credenciar”, afirma o presidente do Sindicato dos Médicos (Simesc), Cyro Soncini.

“Santa Catarina é o primeiro Estado do Brasil onde a CBHPM vigente é implantada. Tivemos o primeiro paradigma quebrado. A tabela plena é outro paradigma que vamos quebrar futuramente”, afirma Agnel Bastian Junior, presidente da ACM e coordenador do Conselho Superior das Entidades Médicas (Cosemesc).

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremesc), Ricardo Polli, a remuneração justa significa trabalho médico com dignidade. “E também um trabalho com ética porque o médico que busca melhor remuneração está preocupado com o atendimento a seu paciente”.

Após quatro meses de intensas negociações, as entidades médicas entendem que conquistaram uma vitória para a categoria. “Negociar com o governo não é coisa fácil e o que conseguimos é emblemático. Com a adesão ao SC Saúde agora teremos condicões de lutar com os planos de saúde que nem nos chamam pra negociar”, encerra Cyro Soncini.

Os representantes nacionais Cid Carvalhaes, presidente da Federecão Nacional dos Médicos (FENAM), Roberto Luiz D’Avila, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e Murilo Ronald Capela, vice- president sul da Associacão Médica Brasileira (AMB) e Luiz Augusto Borba, president do Sindicato dos Médicos da Região Sul (SIMERSUL) também participaram do evento.

A proposta
Governo comprometeu-se em pagar CBHPM vigente, no litoral, com redutor  de 18% o que resulta na consulta, por exemplo, o valor de R$ 52,68 e no interior do Estado com redutor de 3,25%, remunerando R$ 62,15% por consulta.

Grupo Unidas
Na mesma assembleia os médicos confirmaram que continuarão a suspensão de atendimento aos planos de saúde do grupo Unidas. Desde 10 de janeiros os médicos não atendem os mais de 20 planos administrados pela Unidas. A proposta agora, com a questão do SC Saúde resolvida é de reforçar a participação dos médicos em mais esta mobilização por melhor remuneração dos planos de saúde.

Transmissão on line
Pela primeira vez, o Cosemesc transmitiu uma assembleia pela internet em tempo real. Por meio dos sites das entidades, centenas de médicos puderam acompanhar o evento pelo computador. O objetivo foi proporcionar que os profissionais impossibilitados de comparecer ao local também recebessem informacões de forma imediata. Antes do fechamento da assembleia, mais de 4,7 mil page views haviam sido registrados com média de 100 médicos on line durante as mais de três horas que durou a assembleia.




Posto de saúde de Palhoça sem pediatra há oito meses
Última consulta da pequena Letícia, 1, foi no mês de maio de 2011


Desde que nasceu, Letícia, de um ano e dois meses, foi atendida apenas quatro vezes pelo pediatra no posto de saúde do bairro Pachecos, em Palhoça. Amilton Richter, 38, pai da menina, reclama que há oito meses tenta marcar o retorno com o médico e não consegue.

Conforme Richter, a cada 15 dias ele vai ao centro de saúde saber de tem alguma novidade e volta para casa sem nada. “Minha filha pode estar com algum problema de saúde e eu não sei”, ressalta. Na semana passada, ele pediu para ver o prontuário da menina e foi surpreendido com uma pilha de documentos de outras crianças que também aguardam consultas.

A prima de Richter, Thais da Silva Richter, 22, tem três filhas e está na mesma situação. Maria Luisa, 4, Ana Beatriz, 2, e Laura Gabriela, 1, também esperam retorno com o pediatra. “A mais nova consultou apenas duas vezes nesse último ano e as outras duas aguardam retorno com o médico há sete meses”, lembra a mãe.

A reportagem do Notícias do Dia tentou diversas vezes entrar em contato com a Secretaria de Saúde de Palhoça e o secretário Ari Leonel da Silva, mas não obteve sucesso. Ninguém atendeu ou retornou as ligações.



Posto de saúde da Palhoça é alvo de furto e vandalismo
No Brejarú, várias grades foram entortadas e quebradas na tentativa de furtar objetos

O único médico da ESF (Estratégia de Saúde da Família) que atende no posto de saúde do bairro Brejarú, na Palhoça, pediu transferência para outra unidade após um paciente cometer um ato de vandalismo. O profissional se comprometeu em permanecer na unidade até que alguém o substitua, mas a situação preocupa usuários e funcionários do local.

Segundo o coordenador do posto, Luis Carlos Geremias, há uma semana um paciente se revoltou quando funcionários da unidade pediram para ele vestir uma camisa ao entrar no ambiente e solicitar os documentos pessoais para a retirada da medicação na farmácia. “Ele ficou muito nervoso e quebrou dois vidros da porta de entrada”, recorda.

Após o incidente, Geremias conta que o clínico geral Sandro Borger Júnior pediu para ser transferido. “É uma pena, porque temos somente uma equipe da ESF, o suficiente para atender a comunidade”, explica o coordenador. Ele avisa que o profissional se comprometeu em ficar na unidade até que venha um profissional para substituí-lo.

Nas grades que protegem as janelas do posto de saúde é possível observar as marcas do ato de vandalismo. Algumas grades estão quebradas e outras, simplesmente, foram arrancadas. “Os profissionais ficam com medo de trabalhar aqui”, desabafa o coordenador. Geremias diz que no local há, diariamente, um enfermeiro e um dentista e, uma vez por semana, um nutricionista, um psicólogo e um pediatra, através do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família).

Contraponto
O secretário da Saúde Ari Leonel da Silva destaca que é uma preocupação o crescimento do estresse dos pacientes. “Nas clínicas particulares as pessoas esperam, diferente do atendimento público”, comenta.

Silva diz que todas as unidades têm médicos e neste momento está registrado o maior número de especialistas em Palhoça. “Se o médico do posto de saúde do Brejarú realmente sair, encaminharemos outro ao local. Não ficará sem profissional”, afirma. Ele acrescenta que este ano, a unidade foi alvo de vandalismo duas vezes.

 

Médicos decidem sobre adesão ao SC Saúde
Na noite de ontem, os médicos decidiriam sobre a proposta do SC Saúde, em assembleia na Associação Catarinense de Medicina (ACM), em Florianópolis.
O novo plano dos servidores públicos do Estado entrou em vigor no dia 1º de fevereiro e apresenta uma baixa adesão dos profissionais da saúde.
Durante meses o Conselho Superior das Entidades Médicas (Cosemesc) negociou com a secretaria estadual de Administração até receber uma proposta que pudesse ser apresentada em assembleia. O secretário da administração, Milton Martini, comprometeu-se em remunerar os médicos baseado na tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) vigente, com redução de 20% e um cronograma para a tabela plena até dezembro de 2014.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc), Cyro Soncini, a negociação foi um grande avanço. “Os médicos empenham-se desde 2003 para a adoção da CBHPM vigente e plena”, afirma.



Diabetes pré-gravidez quadruplica risco de defeitos em bebês

Mães que sofrem de diabetes têm risco quatro vezes mais elevado de dar à luz bebês com defeitos de nascença, segundo um estudo realizado na Grã-Bretanha.
A conclusão é de que a diabetes aumenta as chances de os filhos nascerem com defeitos tais como problemas cardíacos congênitos e mielomeningocele, ou espinha bífida, o fechamento incompleto do canal da coluna vertebral.
Os médicos já aconselham as mulheres a controlar o nível de açúcar no sangue antes de tentar engravidar. Na Grã-Bretanha, essa recomendação é de que o nível de açúcar fique abaixo de 6,1% antes da gravidez.
Tanto a diabetes tipo 1, que tende a aparecer na infância, e tipo 2, majoritariamente em decorrência da alimentação, levam a problemas de controle do nível de açúcar no sangue, e podem ter como consequência defeitos de nascença, aborto e excesso de peso do bebê.

Na pesquisa da universidade britânica, 1.677 das 401.149 mulheres pesquisadas tinham diabetes.
Nestas, observaram os pesquisadores, os riscos de defeitos de nascença eram de 72 em cada mil nascimentos, contra 19 em cada mil entre as mulheres sem diabetes preexistente.
Segundo o estudo, o nível de açúcar antes da gravidez é "o fator mais importante" possível de ser controlado pela mãe para evitar anomalias, que normalmente aparecem nas primeiras quatro ou seis semanas.
A coordenadora da pesquisa, Ruth Bell, disse que o número de gestações ocorrendo com pouco controle dos níveis de açúcar "é mais do que o desejável".
"É um problema quando a gravidez não é planejada ou quando as pessoas não estão cientes de que precisam de acompanhamento médico antes da gravidez", afirmou.
Para Bell, entretanto, "a boa notícia é que, com acompanhamento médico antes e durante a gravidez, a maioria das mulheres com diabetes poderá ter um bebê saudável".


Brasília
Anvisa suspende venda de produtos naturais fabricados por duas empresas


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, distribuição, o comércio e o uso, em todo o país, do produto saneante Salvlimp e de quaisquer outros sujeitos à vigilância sanitária, fabricados por Salvia Indústria e Comércio de Cordas Ltda. A empresa não possui registro nem autorização de funcionamento da Anvisa.
Pela mesma razão estão suspensos também os produtos ginkgo biloba com ginseng, sene, chá verde cápsulas, catuaba cápsulas, Tribulus terrestris, cáscara sagrada, castanha da Índia, garcínia, composto laxante, alcachofra com berinjela, composto circulatório, hipérico e de quaisquer outros sujeitos à vigilância sanitária, que constem em sua rotulagem como sendo fabricados por Naturnatus Produtos Naturais.
Os produtos imuniflora, salsa caroba, rins 500ml, unha de gato, algas flora, zedoária, ginkgo biloba com castanha da Índia, carvão vegetal, garra do diabo, erva são joão, lobélia anti-fumo, fucus, Tribulus terrestris, ginkgo biloba, alcachofra com berinjela, dolomita, maca, valeriana, colágeno, tanaceto, isoflavona, anis estrelado, anti-depressivo e acerola cápsulas fabricados pelo CNPJ 39.635.925/0001-44 e Insc. Est. 081.690.77-0 (pertencentes a Israel dos Santos Costa ME) também estão proibidos. As resoluções foram publicadas hoje (6) no Diário Oficial da União.


Brasília
Falta de regulamentação está entre principais problemas de planos de saúde, avalia ANS


A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado discute, neste momento, o atendimento prestado por planos de saúde no Brasil. O secretário executivo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), João Luiz de Barroca, disse que o sistema avançou, mas reconheceu que o serviço ainda não está consolidado. Segundo ele, os principais problemas dizem respeito à falta de regulamentação do setor.
Ele lembrou que, há cerca de 15 anos, não havia lei que direcionasse o atendimento oferecido pelos planos de saúde no país. A situação, segundo ele, abria caminho para que algumas operadoras chegassem a oferecer um número máximo de cinco consultas ao ano e apenas três dias de internação em unidades de terapia intensiva (UTIs).

“Em 1998, ao Legislativo atacou uma das pendências da Constituição”, disse. “Mas é importante que se tenha clareza de que é um sistema em construção. Temos o maior sistema de saúde pública do mundo e o segundo maior mercado de saúde suplementar”, completou.
Durante a audiência pública, o representante da ANS lamentou a morte do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, no último dia 19. Segundo a família, ele passou mal e teve o atendimento negado em dois hospitais particulares porque não tinham convênio com o plano de saúde do servidor público.
A presidenta da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), Denise Rodrigues de Brito, concorda que a maior preocupação em relação ao tema, neste momento, deve ser a regulamentação do sistema de saúde suplementar.

“Temos um marco regulatório provisório, não temos ainda uma resposta definitiva do Congresso Nacional em relação a esse marco regulatório”, disse. “No ano passado, fizemos oito audiências públicas, mas não houve consenso entre os parlamentares e não conseguimos avançar”, explicou.
As pequenas operadoras, de acordo com a Unidas, estão desaparecendo em razão da tendência de concentração de mercado. Há, segundo Denise, um crescimento no número de usuários de planos de saúde acompanhado de um decréscimo na quantidade de operadoras.

“Seja na saúde pública ou na saúde privada, temos hoje uma situação que nos pede uma resposta e um olhar muito mais atenciosos. Há uma tendência de maior longevidade e menor natalidade, a população está ficando mais idosa. Há uma mudança no perfil demográfico e epidemiológico”, destacou.
Para o diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Pedro Armengol, a carência de atendimento na saúde pública serve de estímulo para o que chamou de mercado da saúde. As operadoras, segundo ele, são vistas pela população brasileira como “salvadoras” do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O problema hoje é que a demanda está muito grande. Não conheço um dirigente sindical no Brasil que não tenha como uma das bandeiras principais a defesa do SUS. Mas o que a gente vê no dia a dia é a gente negociando com os empregadores para que a base de trabalhadores tenha atendimento pela saúde suplementar.”
Armengol defendeu que o Congresso brasileiro discuta uma forma de regulamentação do sistema de saúde suplementar em que prevaleçam os valores humanos e não os lucros.