PRÓTESE DE SILICONE
Troca pode ser feita nos dois seios
O Ministério da Saúde publicou ontem a portaria que oficializa as diretrizes para troca das próteses rompidas das marcas PIP e Rofil, orientações anunciadas em janeiro e que valem para planos de saúde e rede pública.
A medida prevê a troca das próteses de ambos os seios mesmo quando em apenas um deles o implante está rompido. O passo a passo para os exames e para a substituição das trocas está disponível no site do ministério (http://portalsaude.saude.gov.br). Wanda Elisabeth, representante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica nas discussões com o ministério, diz que houve consenso sobre esse ponto nas reuniões do início do ano.
– Você não troca de um lado só, existe diferença de volume, de massa, cada marca tem uma característica, uma evolui mais lentamente para o rompimento, além de trazer transtorno para a paciente (que necessitar de uma segunda troca no curto prazo) – explicou.
AN Joinville
SAÚDE PÚBLICA
MP fiscaliza unidades
Promotora verificou falta de pediatra e alta procura. Outros locais serão visitados
O Ministério Público de Santa Catarina iniciou ontem uma série de visitas às unidades de saúde de Joinville. Os três primeiros locais em que a equipe coordenada pela promotora da Cidadania Simone Cristina Schulz esteve na Unidade Básica de Saúde do bairro Vila Nova e os pronto-atendimentos do Itaum (Sul) e do Aventureiro (Leste). Segundo ela, os principais problemas constatados no primeiro dia foram a falta de médicos especialistas (principalmente pediatras) e demanda no atendimento.
As visitas foram de surpresa. A promotora informou que elas devem continuar nos próximos dias. Simone afirmou que a ideia de conferir a situação em cada local saiu da série de denúncias que o MP/SC vem recebendo de moradores. “Queremos ver como é feito o atendimento às pessoas, conhecer a estrutura de cada local e checou em quais condições ele se encontra”, disse Simone.
Depois que terminadas as visitas, a promotora disse que vai montar uma espécie de dossiê, relatando a situação em que se encontra a saúde pública. “Com isso em mãos, vamos nos reunir com a Prefeitura para ver que ações eles vão tomar para melhorar o atendimento. Se percebermos que nada será feito, aí entraremos com uma ação civil pública”, adiantou a promotora. A primeira impressão dela nas visitas realizadas ontem foi a falta de pediatras, especialmente no PA Leste, onde os pacientes eram recebidos com um aviso na porta que não tinha profissional atendendo.
“Outra situação que percebemos é a demanda no atendimento. Em alguns locais tem muita gente para ser atendida, enquanto que em outros o movimento é bem menor. É preciso saber como equacionar esta situação”, afirmou Simone. Ela se referiu ao fato de o PA Sul estar com um movimento pelo menos três vezes maior do que o PA Leste.
Secretaria admite falta de médicos
A Secretaria de Saúde ficou sabendo das visitas apenas depois que os representantes do Ministério Público de Santa Catarina chegaram aos locais. A gerente de atenção básica, Janine Guimarães, relatou que o procedimento foi tranquilo e que a secretaria sempre se dispôs a ajudar o Ministério Público.
“Sempre respondemos às solicitações deles e os pedidos de informação. O que precisar a gente vai ajudar”, garantiu a gerente de atenção básica.
Sobre a falta de profissionais, ela informou que o atendimento inicial é geralmente feito por clínicos gerais, mas que as unidades de saúde básica geralmente têm pediatras e ginecologistas.
“Depois do primeiro atendimento, se o médico entender que a pessoa precisa de um especialista, o encaminha para o pronto-atendimento médico do Boa Vista”, explicou Janine.
A gerente de atenção básica admitiu que existe falta de pediatras na rede pública municipal, mas disse que esta é uma realidade nacional e não apenas de Joinville. “Mesmo com o aumento de salário no último concurso, não conseguimos pediatras suficientes. O problema é a falta de profissionais no mercado”, comentou.
AN País
IMPLANTES DE SILICONE
Troca terá de ser nos dois seios, determina portaria
Portaria publicada ontem pelo Ministério da Saúde exige que planos de saúde e o SUS viabilizem a troca das próteses de silicone das marcas PIP e Rofil dos dois seios, mesmo que apenas uma tenha se rompido. A francesa PIP e a holandesa Rofil são acusadas de terem usado silicone industrial para preencher os implantes. A estimativa é de que cerca de 20 mil mulheres no mundo tenham as próteses.
AN Jaraguá
SAÚDE
Jaraguá é a 4ª cidade com mais cirurgias em mutirão
Segundo a Saúde estadual, Jaraguá do Sul até agora é a quarta cidade onde mais cirurgias foram feitas durante o mutirão lançado em agosto. Até início de fevereiro, foram 263, depois de Tubarão (486); Itajaí (475); e Criciúma (287). O mutirão está perto da meta de cirurgias de catarata (6.996 de 7,2 mil), mas atrás nas outras cirurgias. Ao ser lançada, a iniciativa causou polêmica na classe médica, que reclamou da tabela de valores para os procedimentos.
RESULTADO
Exames dão negativo para morte por leptospirose
O laudo do Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen), de Florianópolis, descartou que uma jaraguaense de 26 anos tenha morrido de leptospirose no dia 9 de janeiro, após ficar internada na UTI do Hospital São José. Segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica de Jaraguá, Walter Clavera, foram feitos dois exames que deram negativo. O primeiro resultado saiu no dia 11 e o outro no dia 20. No dia 2, também saiu o resultado de um exame que descartou a morte por hantavirose, que também pode ser transmitida por ratos.
SAÚDE PÚBLICA
Laboratório descarta gripe A
Uma pneumonia é apontada como a principal causa da morte da mulher de 27 anos, grávida de seis meses, no Hospital São José, de Jaraguá do Sul, na madrugada de domingo.
A jovem foi internada na UTI com sintomas de gripe A na semana passada, mas a doença foi descartada depois que a Vigilância Epidemiológica recebeu, na quinta, o laudo do Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen), de Florianópolis.
O infectologista que acompanhou o caso, Willy Hiraga, afirma que a mulher apresentou um quadro de pneumonia que evoluiu rapidamente. Por causa da rapidez com que a doença se desenvolveu, a Vigilância Epidemiológica fez uma coleta de material para confirmar se a causa era a gripe A, provocada pelo vírus H1N1. Como o diagnóstico deu negativo, o órgão não acompanhou mais o caso.
“Como o exame é específico, o laudo do Lacen serviu apenas para confirmar se era o vírus H1N1, e não para saber qual era a doença”, explica Hiraga. Ele diz que para identificar a bactéria ou o vírus que causou a pneumonia seria preciso fazer a coleta de material dos pulmões ou do sangue, mas que havia o risco de a saúde se agravar. A mulher passou por uma cesariana na sexta, mas não foi possível salvar o bebê.
O resultado do exame do jovem de 25 anos, internado com suspeita de gripe A na mesma época, deve sair na sexta. De acordo com o diretor da Vigilância Epidemiológica de Jaraguá, Walter Clavera, o rapaz teve alta na segunda.
Câmara sugere o credenciamento de serviço cardiológico pelo SUS
O credenciamento do serviço de Cardiologia de Alta Complexidade ao Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimento no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP) foi tema de duas matérias na Câmara de Vereadores de Lages.
Em documento enviado ao prefeito Renato Nunes de Oliveira e ao diretor do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, Canísio Winkelmann, os vereadores Adilson Appolinário (PSD) e Toni Duarte (PPS) questionam sobre o que falta para o credenciamento do serviço pelo SUS.
Para Toni Duarte, o credenciamento se faz necessário em Lages, especialmente, para solucionar situações onde o paciente não tem recursos financeiros para efetuar as cirurgias cardíacas. “O corpo clínico do Hospital presta um belíssimo trabalho quando é através de plano de saúde ou pagamento particular, mas as pessoas que não têm esta condição são privadas deste serviço. Temos que aproveitar o momento político favorável para o município para buscar soluções para este problema, seja pelo prefeito, pelo Governo do Estado ou em Brasília”, argumentou.
Adilson Appolinário lembra que esta é uma bandeira antiga do Legislativo. “Desde 2009 discutimos o assunto. Temos que credenciar o serviço todo, não apenas cirurgias de média complexidade como angioplastia e cateterismo, mas sim de cirurgia cardíaca. Rio do Sul já possui este credenciamento e temos uma população na Serra Catarinense que comporta este serviço.
O que precisamos é de um espaço apropriado e recursos para efetivar esta parceria pública-privada entre o HNSP e a CardioLages. Este é um serviço de alta importância e uma grande prioridade”, finaliza.