SAÚDE
Acelerador linear do São José recebe tecnologia 3D
O acelerador linear da radioterapia do Hospital Municipal São José recebeu, na semana passada, o teste de Aceite referente à implantação da tecnologia 3D. A melhora na tecnologia permite que o médico visualize a lesão do paciente de forma precisa, o que protege os tecidos em volta da área atingida e diminui os riscos.
HOSPITAL REGIONAL
Unidade ficou sem água na manhã de ontem
O Hospital Regional Hans Dieter Schmidt ficou sem água na manhã de ontem depois que o encanamento que faz a ligação da caixa-d’água com a cisterna se rompeu. As cirurgias da tarde chegaram a ser suspensas por precaução, mas foram realizadas normalmente com a volta do abastecimento ainda na manhã de ontem.
Contra o câncer
Com a unidade de quimioterapia entrando em operação, o Hospital Dona Helena está planejando a instalação de acelerador linear e PET Scan (o aparelho que dá mais eficiência no diagnóstico e tratamento). Até o final de 2013, os dois equipamentos usados no tratamento do câncer devem estar em operação.
Mais serviços
A casamata será construída em área isolada do novo prédio do hospital de Joinville, com setores em ativação gradativa. Em maio, serão anunciados novos serviços do Dona Helena, também a serem oferecidos no anexo. A rede privada tem outros planos de expansão na cidade.
AN Jaraguá
MENINGITE
Secretaria confirma primeiro caso do ano
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta semana o primeiro caso de meningite bacteriana em Jaraguá do Sul neste ano. A paciente é uma mulher de 48 anos, que permanecia na UTI do Hospital São José em estado grave até a tarde de ontem.
Ela foi internada no sábado passado, mas foi transferida para a UTI na segunda-feira porque o quadro se agravou. Na semana que vem, deve chegar o resultado do Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen), de Florianópolis, para saber qual tipo de meningite bacteriana ela tem.
O gerente da Vigilância Epidemiológica, Walter Clavera, disse que os familiares da paciente foram medicados para tratar uma possível contaminação. Os colegas de trabalho receberam orientações para prevenir a doença. Clavera explica que a meningite bacteriana costuma ser mais comum durante o frio, quando os ambientes ficam mais fechados. “É importante manter os ambientes sempre ventilados e lavar as mãos com frequência para evitar o contágio”, orienta.
Neste ano, foram confirmados cinco casos da doença na cidade, sendo um de meningite bacteriana e quatro de meningite viral, que costuma ser menos grave. Dois casos suspeitos foram descartados.
No ano passado, foram 38 casos suspeitos e 26 confirmados, com duas mortes. Clavera ressalta que é importante o paciente procurar ajuda médica logo que suspeitar dos sintomas de meningite, para agilizar o tratamento e prevenção.
Os sintomas da meningite incluem febre alta, dor de cabeça forte, vômito, rigidez na nuca e manchas avermelhadas na pele.
Vida & Saúde
VIDA E SAÚDE
Maratona de exames
Durante as 38 semanas em que carrega o filho no ventre, as mulheres devem se submeter, de acordo com recomendações do Sistema Único de Saúde (SUS), a três tipos de exames pré-natais. Um exame de sangue para triar doenças como anemia, diabetes e sífilis; exames de urina; e o preventivo de câncer de colo de útero, conhecido como papanicolau. Já dentro de uma clínica obstétrica particular, esse número é, pelo menos, cinco vezes maior.
A bateria inclui ultrassonografias periódicas e testes laboratoriais. No caso de mulheres acima de 35 anos, ou com gravidez de risco, o número sobe para mais de 30 procedimentos. Essa espécie de maratona não necessariamente aumenta as possibilidades de uma vida saudável para o feto - mas traz, sim, uma tensão extra.
Autora do livro Parto com Amor (editora Panda Books), a jornalista Luciana Benatti administra um site homônimo por meio do qual mantém contato com centenas de mães de todo o país. Ela acredita que é necessário rever a quantidade exagerada de exames indicados.
– O principal problema desse excesso são os diagnósticos superestimados. Por exemplo, o ultrassom mostra o cordão enrolado na nuca. Esse é um achado de exame e não uma contraindicação de parto normal. Essa constatação acaba induzindo a mãe a optar por uma cesárea.
Também tem o caso da ultrassonografia que estima um bebê grande, de 4kg. A mãe desiste do parto normal e opta pela cesárea. No parto, o bebê nasce com o peso normal.
O percentual de bebês com baixo peso nascidos de cesárea saltou de 7,7% para 8,6%, entre 2000 e 2007. Em partos normais, a porcentagem não passou de 7,8%. Os dados são do Ministério da Saúde.
– Em muitos desses casos, o que acontece é que o bebê não estava com as 38 semanas completas. Pesquisas comparatórias de bebês que nasceram de parto normal com 38 semanas e bebês de cesárea eletiva com as mesmas 38 semanas apontam que os riscos para doenças respiratórios são muito maiores para os que nasceram pela cirurgia – explica a pesquisadora Silvana Granado.
PREVENÇÃO
Audição mitos e verdades
Exames são essenciais para diagnosticar alguns problemas
Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou novos dados do Censo 2010 com informações sobre a situação da perda auditiva nos brasileiros. A pesquisa avaliou pessoas com problemas permanentes e constatou que mais de nove milhões de cidadãos declararam ter algum tipo de deficiência auditiva. Deste total, 347 mil pessoas afirmaram não conseguir ouvir de modo algum, quase 1,8 milhão disseram ter grande dificuldade e 7,5 milhões relataram alguma limitação. Com base nesses dados preocupantes, confira os mitos e as verdades.
Sim e não
Apenas idosos perdem a audição ao decorrer da vida.
Mito. A perda da audição na terceira idade, chamada cientificamente de presbiacustia, é muito comum, pois o sistema auditivo tem sua função alterada com o processo de envelhecimento. No entanto, não existe faixa etária para se ter um problema auditivo, já que diversas são as causas dessa deficiência e não apenas a presbiacusia. Qualquer indivíduo que convive com sons intensos diariamente, por exemplo, está suscetível a comprometer sua audição.
Zumbido no ouvido e tontura são sintomas de perda auditiva.
Verdade. Assim como zumbido e sensação de tontura, apresentar dificuldade de entender outra pessoa e ter vertigem também são indícios do problema.
A perda auditiva é reversível.
Mito. Quando é diagnosticado que o paciente comprometeu as estruturas internas, o quadro é irreversível. Ruídos, por exemplo, causam lesões definitiva de células, que não podem ser recuperadas.
Sons que atingem 120 decibéis (dB) não causam danos.
Mito. O limite considerado tolerável à audição é no máximo 85 dB. Se o som ultrapassar esse limite, a audição pode ser comprometida. A relação do tempo de exposição e a intensidade sonora também devem sempre ser levadas em consideração.
Perder a audição traz consequências psicossociais.
Verdade. A perda auditiva também pode trazer consequências psicossociais, favorecendo o isolamento por conta da dificuldade de comunicação com as pessoas. Por conta do afastamento e da falta de atenção e diálogo com familiares e amigos, o indivíduo seguidamente entra em depressão, principalmente na terceira idade.
Não é preciso fazer exame para detectar a perda auditiva.
Mito. Em alguns casos, o otorrinolaringologista detecta o problema durante a consulta, mas é necessário fazer o exame audiométrico para ter o diagnóstico concreto, além de exames complementares.
PESQUISAS MÉDICAS
Novo estudo sobre diabetes
Uma equipe de pesquisadores israelenses desenvolveu um teste sanguíneo simples para detectar a diabete gestacional. Liderados pelo professor Moshe Hod, da Petah Tikva’s Rabin Medical Center, os pesquisadores propuseram alternativas simples para o teste oral padrão de tolerância à glicose, que normalmente é feito entre a 24ª e a 28ª semana de gravidez e que implica na ingestão de doses de glicose para, em seguida, testar os níveis de açúcar no sangue.
Os especialistas dizem que, por meio de um teste simples de glicose no sangue, sem a ingestão prévia de glicose por via oral, ou pela medição do peso e do tamanho do feto, é possível aumentar em 50% o número de casos de diabete gestacional diagnosticados ao longo da gravidez. A diabetes gestacional provoca complicações como hipertensão ou a geração de um feto excepcionalmente grande, o que aumenta as chances de obesidade durante a infância.