DARCY VARGAS
UTI da maternidade está superlotada
A UTI da Maternidade Darcy Vargas não tem mais vagas. Os 26 lugares estão ocupados e se algum bebê precisar ser internado deverá ser encaminhado para outros hospitais do Estado. A informação foi passada por um leitor e confirmada por funcionários, que preferiram não se identificar. Ninguém da administração foi encontrado ontem.
Viver Bem
SAÚDE
A fama do óleo de coco
Com status de emagrecedor, suplemento é febre em farmácias
A busca por alimentos funcionais, que promovem diversos benefícios à saúde, tem aumentado a cada dia. Além da linhaça, do chá verde, da soja, da chia e das frutas vermelhas, o óleo de coco (Cocos nucifera) também se enquadra nessa categoria.
Obtido a partir da carne do coco maduro, o óleo pode ser fresco ou seco. No processo de obtenção do óleo, não são empregados solventes químicos nem elevadas temperaturas – portanto, seus fitoquímicos são mantidos. Isso resulta em um óleo rico em antioxidantes e com várias propriedades funcionais: prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, retardo no envelhecimento, função estimulante do sistema imunológico e também indicado como coadjuvante nos processos de emagrecimento.
Estudo publicado na revista “Clinical Biochemistry” em 2004 destaca que ácido fenólico é a principal substância responsável pela ação antioxidante do óleo de coco, que promove melhora da circulação sanguínea, redução dos níveis de colesterol total, LDL, VLDL e triglicerídeos e aumento das taxas de HDL, o chamado bom colesterol. Dessa forma, também auxilia na prevenção e no tratamento de doenças cardiovasculares.
Em outra pesquisa, publicada em 2008 pelo “American Journal of Clinical Nutrition”, comparou o efeito do óleo de coco e do azeite na composição corporal. Foi demonstrada a redução significativa de peso no grupo que consumiu o óleo de coco associado à dieta se comparado ao grupo que ingeriu azeite de oliva com dieta.
Seus benefícios também foram tema de um artigo publicado na revista “Lipds” (2009), quando o efeito do óleo de coco nos perfis bioquímicos e antropométricos de mulheres com circunferência de cintura maior que 88 centímetros foi investigado. Após 12 semanas de reeducação alimentar, 50 minutos de atividade física e consumo de 30 mililitros de óleo de coco, as mulheres tiveram reduzidas suas circunferências de cintura, suas taxas de LDL colesterol e aumentadas a de HDL colesterol comparadas com o grupo controle (reeducação alimentar, 50 minutos de atividade física e 30 ml de óleo de soja).
Fonte de triglicerídeos de cadeia média (TCM), um tipo de gordura que é rapidamente absorvida e transportada para o fígado, onde se transforma em energia, o óleo de coco aumenta a termogênese, o que potencializa o gasto energético do organismo, além de causar saciedade. Estudos como esse mostram que o óleo de coco associado a bons hábitos alimentares e atividade física podem potencializar a perda de peso. Porém, segundo a nutricionista Flávia Morais, como qualquer outro termogênico, o óleo de coco é somente um coadjuvante no emagrecimento.
NA DOSE CERTA
- Como é um alimento de baixo potencial alergênico, o óleo de coco, de maneira geral, não tem contraindicações quando consumido em uma quantidade de 30 a 45 mililitros (duas a três colheres de sopa por dia). Recomenda-se começar seu consumo com uma pequena quantidade (equivalente a meia colher de sopa) e ir aumentando gradualmente. A ingestão excessiva pode levar à diarreia, que cede com a continuidade do uso.
- O óleo de coco também pode ser usado para finalizar pratos quentes, já que é estável quando submetido a altas temperaturas. Porém, para a preservação de seus antioxidantes, recomenda-se que seja usado em preparações frias, como saladas, sucos e shakes ou em torradas e tapiocas.
- Além de ser ingerido, o óleo de coco pode ser usado com finalidades cosméticas.
SAÚDE
Profissão: cuidador
É comum se deparar com a figura do cuidador, profissional que deve ter ótimo preparo físico e emocional
Eles são como uma extensão da família que não está presente, a referência para quem não se mexe, o mediador para os que buscam vínculo com o mundo lá fora. São quem garante a saúde mental e física do dependente, para que ele esteja sempre ativo, estável, limpo, alimentado e medicado. Com inúmeras atribuições, o cuidador é essencial para garantir a qualidade de vida de idosos e de qualquer um que dependa de ajuda para viver.
Figura muito presente na nossa sociedade, o cuidador é profissional contratado pelas famílias para dar assistência a um ente querido que depende de cuidados especializados, eventualmente ou 24 horas por dia.
Devido ao envelhecimento da população, o cuidador está em evidência. Não é de hoje, entretanto, que esse profissional, ainda sem regulamentação no Ministério do Trabalho, brota em clínicas e residências e é visto passeando com pacientes em parques e shoppings. A novidade é que o mercado de trabalho vai selecionar naturalmente e remunerar melhor (o cuidador pode ganhar cerca de R$ 100 por dia) os que estiverem mais preparados.
O geriatra Emílio Moriguchi relata que o Japão, país que envelhece com velocidade recorde, já está importando profissionais das Filipinas (o país é referência em cuidados e respeito com seus idosos) para suprir a demanda interna. Segundo ele, um geriatra vê de longe quando o idoso está, ou não, sob os cuidados do profissional.
“Existem técnicas para trocar a roupa, transferir da cadeira de rodas para a cama, que, se a pessoa não sabe como fazer, pode fraturar o osso, oferecendo riscos ao paciente que está frágil. Vejo muitos desastres desse tipo”, diz Moriguchi.
O fantasma dos maus-tratos
Não é raro ouvir relatos de casos de maus-tratos contra idosos ou pessoas com algum tipo de deficiência. Alguns indicadores podem servir de guia quando se suspeita de uma situação do gênero. São elas: perda de peso; desnutrição; desidratação; queimaduras; ferimentos; úlceras por pressão; marcas; face abatida; olheiras; má higiene da pele; vestuário sujo ou inapropriado para a estação; má conservação de próteses; evidência de administração incorreta de medicamentos; evidência de traumas ou relato de acidentes inexplicáveis; passividade; tristeza; ansiedade; agitação ou medo; receio de falar livremente, esperando que o cuidador dê as respostas; relutância em manter qualquer tipo de contato verbal ou físico com o cuidador; busca ou mudança frequente de profissionais e/ou centros de atenção médica; conduta sexual incompatível com a personalidade prévia; dificuldade para a marcha; e dor abdominal sem causa aparente.
É claro que o cuidador também pode apresentar sinais de estresse, como cansaço, preocupação excessiva ou, pelo contrário, minimizar a situação. Fazer acusações ao idoso pelo fato de ele apresentar incontinência ou confusão mental também pode ocorrer, bem como agressividade verbal e a tendência de responder com evasivas e desculpas.
LÍVIA MEIMES
PORTAL | Jefferson Saavedra
OFTALMO E ORTOPEDIA LIDERAM DEMANDA
Apenas duas especialidades médicas, em uma lista de 14, concentram 36% das demandas em consultas na rede municipal de Joinville. No mapeamento do fim do ano, divulgado agora em balanço das atividades de 2011 da Secretaria de Saúde de Joinville, oftalmologia e ortopedia somam 25,5 mil das 70,6 mil da demanda reprimida na cidade. A oftalmologia historicamente sempre liderou o ranking, mantendo a posição no ano passado. A novidade foi o avanço da ortopedia, a até então quarta colocada, atrás também da neurologia e otorrino: passou de 7,1 mil para 11 mil consultas represadas em apenas um ano. Na média geral, a demanda não atendida cresceu 8%. No caso da ortopedia, pulou 56%. No ano passado, foi realizado mais de um milhão de consultas ambulatoriais em Joinville pela rede municipal. Em torno de 25% foram com especialistas (as demais são básicas ou de urgência/emergência).
Visor
ALÔ, VOLUNTÁRIOS!
Em dezembro de 2011, a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Florianópolis (RFCC), presidida por Márcia Helena Blini Barbosa, ganhou um presente há muito tempo esperado: um aparelho de ultrassom, importantíssimo para detectação precoce de vários tipos de câncer. A ironia do destino é que o aparelho não vem sendo usado como poderia. E sabe por que? Por falta de profissionais da área saúde – ginecologistas, radiologistas, enfermeiros e técnicos – que dediquem, voluntariamente, uma pequena parte de seu tempo para atuar na instituição, responsável pelo atendimento a mais de cinco mil mulheres carentes por ano, vindas de toda a Região Metropolitana.