FRIO
Dia D da vacinação será sábado
No próximo sábado, dia 5, começa a Campanha Nacional de Vacinação Contra Gripe (contra influenza A, B e sazonal). A meta do Ministério da Saúde é vacinar 24,1 milhões de brasileiros até o dia 25.
Em Joinville, a Secretaria da Saúde almeja imunizar mais de 62 mil pessoas. No sábado, 400 profissionais do município irão participar do dia D da vacinação. Todos os postos de saúde estarão abertos. A secretaria ainda pretende instalar pontos de vacinação nos principais supermercados de Joinville.
Devem procurar os postos de saúde os idosos com mais de 60 anos, crianças com idade entre seis meses e dois anos, grávidas em qualquer período da gestação, indígenas e profissionais de saúde. O maior grupo a ser imunizado em Joinville é o de pessoas acima dos 60 anos. São 45,4 mil idosos que devem procurar a rede pública de saúde. A meta é vacinar 80% do público-alvo até o fim da campanha.
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O QUÊ: Dia D da Vacinação Contra a Gripe, Campanha Nacional do Ministério da Saúde.
QUANDO: dia 5 de maio, sábado, das 8 às 17 horas.
ONDE: todos os postos de saúde e nos principais supermercados de Joinville (pontos ainda serão divulgados).
QUEM: idosos com mais de 60 anos, crianças de 6 meses a dois anos, grávidas, indígenas e profissionais de saúde.
IBGE EM JOINVILLE
Crescem problemas de visão
Em 2010, 76.299 pessoas disseram ter deficiência visual. Há dez anos eram 33,8 mil
O número de pessoas com dificuldades de visão, desde o simples uso do óculos até a cegueira – como a que afeta o aposentado Ari Bernardo, 76, há quase 50 anos – cresceu 125% em Joinville em dez anos, segundo dados do Censo 2010 divulgados na sexta-feira. Em 2000, 33,8 mil joinvilenses diziam ter algum problema de visão, o que representava 8% dos 429 mil habitantes. Dez anos depois, o número mais que dobrou saltando para 76,3 mil, o que representa 15% dos 515 mil habitantes atuais.
Os casos mais simples de problemas de visão são os mais representativos e afetam 12% dos joinvilenses (63,5 mil). O percentual é parecido com o do Estado (13%) e melhor do que o do Brasil (15%). É difícil determinar, segundo especialistas, se o aumento pode estar ligado à maior expectativa de vida ou a hábitos como o uso do computador ou exposição à iluminação artificial insuficiente em ambientes de trabalho.
A presidente da Associação de Deficientes Visuais (Ajidevi), Onízia da Silva, lembra que órgãos de saúde ou assistenciais já separam problemas de visão de deficiência (quando a pessoa tem 20% ou menos de visão nos dois olhos). “O número de deficientes é bem menor”, afirma.
Para ela, houve avanços significativos nas últimas décadas. Há mais professores especializados em trabalhar com alunos deficientes e há prevenção na infância. Mas Joinville precisa avançar, principalmente nos atendimentos. A cidade tem 12 mil consultas oftalmológicas – a maior fila da saúde – e 1,4 mil cirurgias represadas.
Ari, que teve glaucoma aos 27 anos e precisou retirar os olhos, hoje vice-presidente da Ajidevi, concorda que a atenção e o apoio a casos graves avançaram, mas lembra que a cidade precisa se tornar cada vez mais acessível e preparada.
Deficiências aumentaram 88%
As deficiências em geral cresceram 88% em dez anos, de 53 mil em 2000 para 100 mil dez anos depois. No mesmo período, a população cresceu menos (20%). A fatia que essas pessoas representam na população também aumentou. Passou de 12% dos 429 mil joinvilenses em 2000, para dez anos depois, chegar a 19% dos 515 mil moradores.
As dificuldades motoras cresceram 65%, de 17 mil para 27 mil (3,2% para 4,1% da população). Os problemas auditivos aumentaram 52%, de 14 mil para 21 mil (3,9% para 5,3% dos moradores). O número de pessoas que declararam ter deficiência mental diminuiu 16%, de 5,7 mil para 4,8 mil (1,3% para 0,9% da população).
Os dados foram coletados na pesquisa por amostragem do Censo, em que apenas uma parcela representativa da população é ouvida. Os números ajudam o País a se conhecer melhor e a formular políticas para áreas com problemas.
IBGE EM JOINVILLE
Secretaria de Saúde estuda diminuir as filas
Secretaria Municipal de Saúde reconhece que há dificuldades na oftalmologia. A pasta informou que estuda uma nova forma de dar agilidade aos atendimentos depois que a Justiça barrou um convênio do Hospital Bethesda com uma clínica particular, no início do ano. A saída tem sido investir na estrutura própria, chamando médicos concursados e investindo em equipamentos, após queixas formais de profissionais da área.
A presidente da Ajidevi, Onízia da Silva, prevê um cenário de melhoria porque as famílias estão mais informadas e conscientes. “Muitos casos de deficiência estão sendo acompanhados desde os primeiros dias de vida, o que aumentam chances de melhora.”
O Ippuj calcula que apenas 10% das calçadas sejam adaptadas e que a maioria dos estabelecimentos não tenha acessibilidade completa. Mas ressalta que a cidade é a mais avançada entre seis escolhidas para o programa “Cidade Acessível”, do Governo Federal, que incentiva a mudança de cultura em relação à inclusão de deficientes.
GESTÃO DO REGIONAL
A Secretaria de Estado da Saúde bateu o martelo e pretende lançar ainda neste mês o edital para repassar a administração do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt para gestão de uma organização social (OS). “A não ser que surja um fato novo, nosso prazo é abrir a concorrência até o final do mês”, diz o secretário Dalmo Claro. O secretário vem apresentando a ideia a vários segmentos, como Sociedade Joinvilense de Medicina, Câmara de Vereadores, sindicatos, Conselho Municipal de Saúde, entre outros. Em todos os contatos, Dalmo cita o Hospital Infantil de Joinville, sob comando de OS desde a ativação, como modelo para comparação. Sobre questionamentos em relação aos recursos humanos, Dalmo assegura que nada muda para os atuais servidores do Regional com a entrada do OS. “Por que haveria de mudar? Quem já está, segue como está”, afirma. A adoção pelo modelo OS é para agilizar a administração. O episódio da demora em licitação para reforma foi a gota d’água na decisão de Dalmo – na campanha eleitoral, o então candidato Colombo defendeu as organizações sociais na saúde.
Convite a Renato Castro
O diretor do Hospital Regional, Renato Castro, foi finalmente convidado para assumir o São José, cargo que já ocupou. O prefeito havia manifestado preferência pelo médico. As conversas não foram conclusivas e devem continuar hoje. Há outros dois nomes em análise pela Prefeitura.
PESQUISA
Câncer pode estar ligado ao trabalho
Entre 20 mil e 25 mil casos estão relacionados à ocupação profissional
Dos 500 mil casos de câncer registrados todos os anos, pelo menos entre 20 mil e 25 mil estão relacionados à ocupação do paciente. Um levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) lista 19 tipos de tumores malignos – entre os de pulmão, pele, fígado, laringe e leucemias – que podem ser provocados pela exposição a produtos químicos e falta de equipamentos de segurança adequados.
Os dados fazem parte do estudo Diretrizes para Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho, divulgado ontem. A estimativa de 20 mil a 25 mil casos pode ser conservadora – leva em conta pesquisas europeias, que apontam que 4% dos novos tumores são ligados à ocupação.
– Considerando o ambiente de trabalho, maquinários obsoletos, processos ultrapassados, os trabalhadores brasileiros estão ainda mais expostos que os europeus. Em alguns tipos de tumor, podemos trabalhar com uma proporção de 8% a 16% dos novos casos – ressalta Ubirani Otero, coordenadora do estudo e responsável pela área de Vigilância do Câncer Relacionado ao Trabalho e ao Ambiente do Inca.
Estudo lista principais causadores da doença
O documento recomenda, como principal estratégia para a redução do número de tumores malignos, a eliminação da exposição aos agentes causadores. Além de listar os cânceres ligados ao trabalho, relaciona os produtos cancerígenos e a atividade econômica a que está ligado, como a de cabeleireiros, agricultores profissionais, da construção civil, indústria do petróleo, entre outras. Aponta ainda a dificuldade de se obter dados a respeito da ocupação dos pacientes.
Ubirani levantou, por exemplo, estatísticas sobre câncer de bexiga, a partir do cadastro Integrador de Registros Hospitalares de Câncer, entre 2008 e 2010. Nesse período, hospitais relataram 2.426 casos da doença – em 46,2% não havia informações sobre o tipo de trabalho exercido.
– Não basta saber a ocupação atual, mas também a atividade pregressa. Só com informações corretas vamos conseguir relacionar câncer à ocupação. O Ministério da Saúde tem apenas 128 registros de câncer relacionado ao trabalho. É preciso melhorar esse dado – afirma Ubirani.
Rio de Janeiro
DE BATER OS DENTES
Vacinação no país começa sábado
Começa no sábado a campanha nacional de vacinação contra a gripe, que vai proteger também contra a influenza A (H1N1) – gripe A. A meta é imunizar 24,1 milhões de pessoas até o dia 25 de maio. Devem procurar os postos de saúde idosos com mais de 60 anos, crianças de seis meses a menores de dois anos, grávidas em qualquer período da gestação, indígenas e profissionais de saúde.
Crianças que serão vacinadas pela primeira vez deverão tomar duas doses, com intervalo de 30 dias. Aquelas que já receberam uma ou duas doses da vacina no ano passado deverão receber apenas uma este ano. Os demais grupos deverão tomar dose única.
Ao todo, 65 mil postos e 240 mil profissionais de saúde em todo o país vão distribuir as doses. Serão usados 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais. No sábado, os postos de saúde funcionarão das 8h às 17h.
Em 2011, de acordo com dados do ministério, 25,1 milhões de pessoas foram vacinadas – 84% do público-alvo definido. No mesmo período, foi registrada uma redução de 64% nas mortes provocados pelo vírus Influenza H1N1. Ao todo, 53 óbitos foram confirmados.