OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Ausências nas consultas
O elevado índice de pacientes que não comparecem às consultas médicas na rede pública deveria motivar um esforço mais incisivo das autoridades em saúde em Joinville. Reportagem na edição de hoje de “AN” mostra as faltas em grande número em várias especialidades, mesmo com aviso poucos dias antes da consulta. É inaceitável a ocorrência desse problema em uma cidade na qual um dos grandes problemas da saúde pública é justamente a demanda reprimida em consultas com especialistas. A situação tem levado o Ministério Público a entrar com ações para obrigar o poder público a reduzir as filas. Em determinados casos, a Justiça concedeu liminar para montagem de planos para atender à demanda em até um ano.
O desrespeito às consultas marcadas, circunstância que se repete em outras cidades, provoca desperdícios em um sistema já com dificuldade para atender adequadamente. No passado, os pacientes acabavam buscando socorro na rede privada e desprezavam a rede pública quando chamados. Só que o agendamento agora prevê comunicado poucos dias antes da consulta. Se o paciente não confirmar, outra pessoa é chamada. Ainda assim, há quem confirme e não compareça. Os recursos na saúde pública são tão escassos que não podem ser desperdiçados com consultas não realizadas.
CONSULTAS E EXAMES
Cadê o paciente que deveria estar aqui?
Índice de pessoas que não aparecem para fazer consultas ou exames na rede pública de Joinville passa de 50% em algumas especialidades médicas
Uma manhã de quinta-feira com muita garoa e o Pronto-atendimento Médico (PAM) do bairro Boa Vista está cheio. No setor de ultrassonografia, são feitos 240 procedimentos por semana – cada um dos quatro médicos faz 60. Na manhã em que a reportagem esteve no local, duas pessoas faltaram. Só no mês de abril, foram marcados 691 exames e 92 pessoas (13%) não compareceram e sequer avisaram a Secretaria de Saúde.
A situação é mais comum do que parece. Exames de ultrassonografia demoram a serem marcados. Dependendo da complexidade, o paciente pode esperar por até dois anos. Nas consideradas mais simples, o tempo de espera varia de 20 a 30 dias. Mas até mesmo em exames comuns, como raio X, para os quais a espera é de uma semana, o índice de falta é considerado alto pela Secretaria de Saúde de Joinville. Só em abril, 56,52% das pessoas não compareceram, segundo levantamento do órgão.
A gerente da unidade de planejamento, controle, avaliação e auditoria, Michele de Souza Andrade, diz que não é possível medir os prejuízos que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem. “Mas existe, sim. Nossos médicos ficam parados, o que também prejudica quem está na fila esperando. As pessoas ainda têm a cultura de achar que não estão pagando pelo serviço e por isso podem faltar”, acredita.
Michele diz que o maior prejuízo é nos exames feitos em convênios com clínicas particulares. “O profissional só vai receber pelo procedimento que fizer. Se muita gente faltar, ele vai perceber que está deixando de atender a particulares e vai se descredenciar. Para este profissional, atender pelo SUS é interessante justamente pela alta procura”, afirma. “Se ele sair, o tempo em que teremos de correr atrás de outro conveniado faz com que a fila aumente consideravelmente”, explica.
O exemplo que Michele deu está travando a fila da tomografia. Um desses profissionais que eram credenciados não atende mais pelo SUS, e a fila agora chega a quatro meses de espera. A gerente garante que a secretaria procura lembrar o paciente da consulta, até mesmo para poder ter tempo de substituí-lo caso ele desista da consulta ou do exame.
“Fizemos uma pesquisa recentemente com 330 usuários que faltaram. Constatamos que menos de 10% foi erro da gente, que não avisou. Entre as principais justificativas estavam perder o ônibus ou que o patrão não liberou ou até que tinham melhorado”, comenta Michele.
CONSULTAS E EXAMES
Nem sempre demora é da rede pública
Algumas situações também chamam a atenção no levantamento. Das 20 especialidades de consultas nas quais se registram mais faltas, 11 envolvem atendimento pediátrico. A gerente Michele Andrade admite que a demanda é grande e que existe demora neste setor. Mas garante que mesmo quando a secretaria liga para o paciente confirmar a consulta ou exame, ele confirma. “A partir do dia 10 de cada mês, a gente começa a entrar em contato com as pessoas que têm procedimento marcado para o mês seguinte. E mesmo assim tem muita gente que confirma e não vai. Alguns chegam a ir à secretaria, pegam o procedimento e também faltam”, comenta.
Michele informa que entre dezembro e fevereiro, o número de faltas costuma aumentar por causa do verão. E apesar de não existir uma base do Ministério da Saúde ou da própria Organização Mundial da Saúde (OMS), a secretaria considera aceitável, no máximo, 10% de falta por procedimento. Para tentar chegar a este índice, a secretaria pretende aumentar as campanhas que já são realizadas nos conselhos de saúde. “A gente sabe que neste conselho a participação da comunidade é pequena. Por isso, pretendemos colocar cartazes nos postos de saúde e prontos-atendimentos. Queremos enfatizar a importância de o paciente avisar com antecedência que vai à consulta”, afirma.
SAÚDE
Filas para fazer o cartão do SUS
Cadastro para quem tem plano privado causou o aumento da procura
Não eram nem 13 horas quando Maria de Lourdes de Moraes, 41 anos, chegou à sede da Secretaria Municipal de Saúde, na rua Araranguá, em Joinville. Ela havia acordado às três da manhã para trabalhar e conseguir ser liberada ao meio-dia para que pudesse fazer o cadastro e receber o cartão que a inclui no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, às 16 horas, ainda faltavam cerca de 30 pessoas para serem atendidas antes dela. Visivelmente cansada, lamentou ter de aguardar tanto tempo sem almoçar.
“Não tive opção pela internet. Tentei, mas deu erro”, destaca a moradora do bairro Comasa, que chegou a procurar o postinho de saúde da região, mas não conseguiu resolver o problema.
A busca pelo cartão do SUS em Joinville tem assustado até os trabalhadores da Secretaria de Saúde e causado filas para cadastramento. Os usuários estão tendo que esperar em média quatro horas até chegar a uma das duas atendentes responsáveis pela inclusão dos dados no sistema do Ministério da Saúde. Segundo a secretaria, a alta procura tem sido causada pela pressão dos planos de saúde particulares, que são obrigados a fazer a inclusão dos clientes até junho deste ano.
Prazo foi prorrogado
Maria de Lourdes é atendida pelo plano da empresa do marido, que estende o benefício aos parentes. Ela não é usuária do SUS e nem pensava em fazer o cartão. Com a senha 614 em mãos, ela ouvia o número 587 ser chamado. “Achei isto um absurdo. Muita gente desistiu. Não vale a pena ficar esperando para quem não usa. Se usasse, até tudo bem”, destacou. Junto com ela, outras 50 pessoas também aguardavam para serem atendidas.
O Ministério da Saúde prorrogou o prazo para que os planos particulares incluam os usuários no sistema, mas muitos ainda não repassaram a informação aos usuários. Segundo a coordenadora do setor de cadastramento da Secretaria de Saúde, Márcia da Rosa, isto tem causado filas na Secretaria de Saúde, onde todos que querem renovar a carteirinha do plano vão em busca do cadastro no SUS.
Segundo ela, a geração destas inscrições deveria ser feita pelas próprias administradoras dos planos que têm acesso ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). “Os planos tinham até junho para ter cadastrado os usuários. Agora, deu este boom. As empresas mandaram os funcionários procurar a Secretaria da Saúde. Era para eles (planos de saúde) terem gerado estes cartões para os usuários deles”, explica.
SAÚDE
Mutirão para cadastramento
Rio Lindo, no distrito de Pirabeiraba, tem cerca de 300 habitantes, população formada, principalmente, por idosos acima de 60 anos. Para melhorar a qualidade de vida da população, a Associação de Moradores do Rio Lindo e o Conselho de Saúde resolveram montar uma série de atividades que beneficiem a saúde. A primeira delas foi garantir aos moradores o cadastramento gratuito do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Três voluntários passaram a manhã de sábado na comunidade acessando o portal do SUS para fazer os cadastros. Duas enfermeiras do posto de saúde também participaram, fazendo aferição da pressão dos moradores.
Cerca de 100 pessoas procuraram as barracas instaladas em frente à casa do presidente da associação, Anderson Guilherme Krenkel, para cadastrar as famílias. Segundo a assistente social Jaqueline do Rocio Alves Coelho, que atuava como voluntária, a iniciativa rendeu bons frutos: os voluntários conseguiram cadastrar 80% da população.
A próxima atividade será garantir exercícios físicos às pessoas: uma grande caminhada está prevista para a próxima quarta-feira, às 20 horas.
Viver Bem
SAÚDE
Prematuros imunes
Vírus respiratório de alta prevalência entre bebês que nascem antes do prazo é o tema da campanha lançada pela Sociedade Brasileira de ImunizaçãoUm vírus comum, desconhecido da maioria, mas perigoso para uma parcela restrita da população. O vírus sincicial respiratório (VSR) causa infecções respiratórias de alta gravidade em bebês prematuros. Por isso, é o foco de apreensão de neonatologistas, principalmente nesta época do ano, pois sua prevalência é entre abril e agosto. Entre adultos e crianças acima de dois anos, é irrelevante, sendo combatido sem apresentar nenhum sintoma ou como se fosse um resfriado corriqueiro.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o VSR é responsável por 65%, em média, de hospitalizações de prematuros no primeiro ano de vida, causando bronquiolite e, em geral, com severidade: os bebês precisam receber ventilação mecânica e alguns acabam morrendo. Segundo a SBIm, o VSR causa 160 mil mortes por ano no mundo.
Diante da alta prevalência e da gravidade da infecção, a imunização contra o VSR é o foco da campanha da SBIm deste ano, lançada na semana passada, em Salvador. Entretanto, não existe vacina contra o vírus. A imunização é passiva, feita com uma medicação chamada palivizumabe. O remédio é um composto de anticorpos que combate o vírus caso o bebê seja infectado. Deve ser ministrada uma dose por mês durante cinco meses. E é aqui que se encontra o entrave. O palivizumabe é caro. Um frasco de 100 ml custa em torno de R$ 5 mil – segundo neonatologistas. O Laboratório Abbott, produtor do remédio, não divulga o valor. As secretarias de Saúde dos Estados, em sua maioria, não disponibilizam o remédio para ser aplicado (ele é injetável) em postos de saúde ou nos hospitais onde há prematuros internados. Também não existe uma diretriz nacional sobre como proceder a imunização de VSR. Desta maneira, surgem disparidades entre o processo em cada Estado, o que foi discutido intensamente entre neonatologistas de todo o País, presentes ao lançamento.
Em Pernambuco, por exemplo, só se consegue a medicação por via judicial. Em Santa Catarina, até dois anos atrás, também era assim. Agora, segundo relata Anelise Souto, coordenadora da neonatologia do Hospital Universitário de Florianópolis, que estava no encontro, é possível conseguir o palivizumabe para bebês enquadrados na classificação altamente recomendado (veja box), mas só quando eles saem do hospital. A luta dos neonatologistas, que têm o apoio da SBIm, é incluir a imunização para prematuros até 32 semanas e começá-la no hospital, o que acontece hoje só no Rio de Janeiro.
Em palestra no encontro, Rosane Richtmann, neonatologista do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, disse que anualmente acontecem surtos de VSR em UTIs neonatais do País e que, nos dois últimos anos, se antecipou, chegando em março. Ela acrecentou:
“A taxa de contaminação é de 35%. Ou seja, se você tem dez bebês na UTI, e um deles tem o vírus, invariavelmente, mais três serão contaminados.”
Rosane chamou a atenção para diagnosticar o vírus por meio de teste laboratorial. Só com exame clínico não dá para identificar, já que os sintomas são parecidos com os de outros vírus respiratórios. Nos hospitais públicos de SC e dos outros Estados, o teste não é feito. O presidente da SBIm, Renato Kfouri, alerta que os prematuros têm sistema imune imaturo e devem ter calendário de vacinação diferenciado.
* A jornalista viajou a convite da SBIm.
CRISTINA VIEIRA *
A RECOMENDAÇÃO
Hoje, em SC, a imunização é garantida para bebês que se enquadrem na classificação “altamente recomendado” mantida pela Sociedade Brasileira de Pediatria até ano passado. São eles:
- Crianças menores de um ano de idade que nasceram com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas, após alta hospitalar.
- Crianças menores de 12 meses de idade, portadoras de patologia congênita, que estejam recebendo medicação para controlar a insuficiência cardíaca congestiva.
- Apresentar hipertensão pulmonar de grau moderado ou severo.
- Apresentar cardiopatia congênita cianótica.
A partir deste ano, a Sociedade Brasileira de Pediatria inclui:
- Crianças nascidas entre 29 e 32 semanas e que estiverem com até seis meses de idade no início do período sazonal.
O que diz a Secretaria de Saúde
- A diretoria de assistência farmacêutica informou que ainda não recebeu a nova recomendação e, quando recebê-la, terá de fazer uma avaliação para implantá-la. Em 2012, em SC, nasceram 1.661 prematuros.
Quadro clínico
- Infecções de vias aéreas inferiores como bronquiolite, pneumonias e chiados nos bebês.
- Infecções de vias aéreas superiores, semelhantes a um resfriado comum, em crianças maiores, adolescentes e adultos.
FONTE: SBIM
PULMÃO GIGANTE
Para reforçar a campanha, a SBIm levará a algumas cidades do País um pulmão gigante, de 25 m². Atualmente, ele está exposto em Salvador. Os visitantes poderão conhecer o interior do pulmão, dividido em quatro estações: pulmão de saúde gestacional normal de 36 semanas, pulmão prematuro com menos de 33 semanas, ataque de vírus e imunização/prevenção. O objetivo é mostrar a vulnerabilidade do pulmão de um prematuro às doenças respiratórias. A ação não ocorrerá em SC. Como parte da ação, as mães receberão o calendário de imunização e a tabela de peso ideal para crianças com até um ano de idade.
PESQUISAS MÉDICAS
Técnica reverte danos do Alzheimer
Uma técnica usada no tratamento dos sintomas do mal de Parkinson se mostrou promissora, em testes iniciais, no combate aos problemas de memória do Alzheimer. Usando a estimulação cerebral profunda – inserção de eletrodos, por meio de cirurgia, para enviar estímulos elétricos a regiões específicas do cérebro –, cientistas conseguiram “reverter” os danos do Alzheimer em dois pacientes, em um grupo de seis.
O hipocampo, parte do cérebro que tem papel fundamental na transformação de memórias recentes em lembranças de longo prazo, é uma das primeiras áreas afetadas pelo Alzheimer. Ele literalmente encolhe.
Ao estimular eletricamente regiões ligadas ao hipocampo, o grupo do pesquisador canadense Andres Lozano, do Hospital Ocidental de Toronto, foi além de apenas inverter esse declínio. O hipocampo de dois pacientes até aumentou após o tratamento, um 5% e outro 8%.
JOINVILLE AINDA LUTA PARA RECUPERAR MÉDICOS
No ano passado, depois da greve, em torno de 50 médicos da rede municipal pediram demissão em Joinville. Foi esse choque que levou a Prefeitura a dar aumento acima da inflação. À época, o quadro já era insuficiente. O PT tratou do tema na última plenária, dedicada à saúde. As contratações foram retomadas, mas a recomposição não foi integral. Nesta semana, mais profissionais começam a trabalhar. As unidades de saúde há mais tempo com carências recebem os recém-contratados. Agora, será a vez do Km 4, no bairro Santa Catarina. Pelas estatísticas do Ministério da Saúde, Joinville conta com 645 médicos atendendo pelo SUS (inclui rede estadual, além da municipal). É número de março. Na série histórica iniciada em agosto de 2007, é um número intermediário. Representa recuperação na comparação com meados do ano passado, mas eram mais de 700 em anos anteriores
Ação na ortopedia
O Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União entraram com ação contra a Prefeitura de Joinville cobrando o fim da fila das cirurgias ortopédicas. Foi encontrado um caso em que o paciente estaria esperando pela reconstrução dos ligamentos há quase sete anos.
A demanda
No ano passado, 4,1 mil pessoas, sendo 3,5 mil de Joinville, estavam aguardando por cirurgia ortopédica no São José, conforme levantamento solicitado pela Câmara de Vereadores. O MPSC conseguiu liminar determinando a elaboração de plano para acabar com a fila em um ano.
De fora
Há quatro anos, em torno de 20% das crianças e adolescentes internados no Hospital Infantil de Joinville eram de outras cidades. O hospital foi criado para atender à demanda regional. Agora, já anda por volta de 30%. Na obstetrícia e ambulatório, também aumentou o número de pacientes de fora.
REPASSE FINANCEIRO
O secretário Dalmo de Oliveira (Saúde) visitou, no sábado, alguns municípios do Vale do Itapocu. No roteiro, Corupá, Schroeder, Guaramirim, Massaranduba e Barra Velha. Em Guaramirim, foram assegurados R$ 350 mil para um posto de saúde. Acompanhado do deputado estadual Carlos Chiodini (D), Dalmo (E) foi recebido pelo prefeito Nilson Byllardt.
MUTIRÃO EM JOINVILLE
Filas para fazer cartão do SUS
Eram por volta de 13h quando Maria de Lourdes de Moraes, 41 anos, chegou à sede da Secretaria de Saúde, na Rua Araranguá, em Joinville. Ela havia acordado às 3h para trabalhar e conseguir ser liberada às 12h. Só assim, a mulher poderia fazer o cadastro e receber o cartão de adesão ao Sistema Único de Saúde (SUS). Mas às 16h ainda faltavam cerca de 30 pessoas para serem atendidas antes dela. Visivelmente cansada, Maria de Lourdes lamentou ter que aguardar tanto tempo sem almoçar.
–Não tive opção pela internet. Tentei, mas deu erro – destaca a moradora do Bairro Comasa, que chegou a procurar o postinho de saúde da região, mas não conseguiu resolver o problema.
A busca pelo cartão do SUS em Joinville tem assustado até os trabalhadores da Secretaria Municipal de Saúde e causado filas para cadastramento. Os usuários estão tendo de esperar em média quatro horas até chegar a uma das duas atendentes responsáveis pela inclusão dos dados no sistema do Ministério da Saúde.
Segundo a coordenadora de cadastramento da Secretaria Municipal da Saúde, Marcia da Rosa, o aumento na demanda é causado pela procura de quem usa planos de saúde particulares que querem renovar seus contratos. Isso porque se tornou obrigatório incluir os clientes no cadastro do SUS até junho deste ano.
O Ministério da Saúde chegou a prorrogar o prazo para o cadastramento no sistema das pessoas que usam planos de saúde. Porém, segundo Marcia, a geração das inscrições deveria ser pelas próprias administradoras, que têm acesso ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Para que serve
- O Ministério da Saúde determinou que todos os brasileiros deverão ter o Cartão Nacional de Saúde (CNS) para serem atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A portaria de julho de 2011 determina que até mesmo quem tem plano de saúde ou consulta de forma particular deve ter o cartão.
- Para ser atendido, o usuário terá de informar o número do seu Cartão Nacional do SUS, mesmo que o atendimento seja particular ou por plano.
- O cadastramento é feito pelas prefeituras e remetido ao governo federal.
- O CNS tem o formato de um cartão de crédito e contém dados pessoais do usuário. O histórico de atendimento do usuário poderá ser acompanhado em qualquer unidade de saúde do país.
- A meta do ministério é implantar o registro eletrônico de saúde em todos os municípios até 2014