PARA TIRAR DÚVIDAS
Secretário de Saúde se reúne com servidores do Regional
As dúvidas dos servidores em torno da possibilidade de o Hospital Regional de Joinville ser administrado por uma Organização Social (OS) são motivo de uma audiência hoje com o secretário da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira. A reunião ocorre às 14 horas, no Departamento de Pesquisa e Ensino (DEP) do hospital. Na semana passada, o secretário se reuniu com o corpo clínico para falar sobre o assunto.
HOSPITAL DE BIGUAÇU
Entrega só no fim do ano
Prefeitura promete retomar a obra em junho, oito meses após interdição pela Vigilância Sanitária
Aos que esperam pela inauguração do Hospital de Biguaçu, a notícia não é das melhores: os atendimentos só devem começar no fim do ano. Esta é a nova previsão da prefeitura, que promete retomar as obras no local na primeira quinzena de junho – oito meses após o trabalho ter sido paralisado.
Esta é a quarta vez que a entrega do prédio é adiada. O hospital foi interditado pela Vigilância Sanitária do Estado em setembro do ano passado, quando as obras estavam quase concluídas. Na época, o órgão considerou que a estrutura não atendia os padrões arquitetônicos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para hospitais.
A Secretaria de Saúde do município teve, então, que concentrar forças em um novo projeto de readequação interna da unidade. A proposta foi apresentada à Vigilância Estadual e aprovada há cerca de um mês e meio.
Segundo o secretário de Saúde de Biguaçu, Leandro de Barros, a licitação para escolher a empresa que realizará a obra deve ser feita ainda em maio. São duas obras, que terão início no próximo mês: a readequação interna e o entorno do prédio, que envolve paisagismo e questões hidráulicas. As duas obras serão feitas de forma paralela e devem durar de 120 a 150 dias.
– O objetivo é resolver a situação e botar o hospital a funcionar logo.
A diretora da Vigilância Sanitária do Estado, Raquel Ribeiro Bittencourt, não se pronunciou sobre o caso, mas o órgão deve acompanhar o andamento das obras.
SÂMIA FRANTZ | Biguaçu
HOSPITAL DE BIGUAÇU
Sufoco em busca de tratamento
Enquanto o hospital não abre as portas, os moradores seguem dependendo do atendimento das cidades vizinhas. Na semana passada, a dona de casa Ana Carla Demétrio Garcia, 28 anos, precisou do carro do irmão para levar o filho Guilherme, de três, até o Hospital Infantil, na Capital.
Com o pé e o tornozelo inchados, o garoto foi encaminhado a um ortopedista após fazer um raio X na UPA de Biguaçu, onde não há especialistas.
E não foi o primeiro sufoco. Há dois meses, preocupada com as dores de estômago do filho, Ana Carla e o marido levaram o garoto de moto, no meio da madrugada, até a Capital.
Os números
- Localização: Loteamento Deltaville, no Bairro Vendaval.
- Início da obra: 2010
- Valor: R$ 24 milhões em recursos do governo do Estado, prefeitura e Organização Mundial da Família (OMF).
- Leitos: 131
- Capacidade de internação: 500 pacientes por mês
- Estrutura: Unidade de Atendimento Imediato, Maternidade, UTIs, Clínica Médica, Pediatria, Centro Cirúrgico e Clínica Cirúrgica.
SAÚDE MATERNA
Brasil tem menos mortes
De 1990 a 2010, as mortes maternas caíram 51% no Brasil, passando de 120 para 56 por 100 mil nascimentos. É o que aponta relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Banco Mundial.
Segundo o relatório, 50 países apresentaram resultados positivos para o cumprimento da meta do milênio das Nações Unidas, relacionada à redução da mortalidade materna, entre eles o Brasil. A meta é alcançar a taxa de 35 mortes para cada 100 mil nascidos vivos até 2015. – Os dados apresentam uma tendência positiva. Existe possibilidade (de o Brasil cumprir a meta). São vários os progressos, mas é preciso seguir investindo na atenção pré-natal – avalia Fernanda Lopes, representante do Programa em Saúde Reprodutiva e Direitos do UNFPA. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde apresentam queda menor em comparação aos das Nações Unidas. De 1990 a 2010, a taxa caiu de 141 para 68 mortes de mulheres para 100 mil nascidos vivos, conforme a pasta divulgou em fevereiro.
Brasília
Droga
Começam as ações em Santa Catarina no combate ao crack. Na quinta-feira chega a Florianópolis o ministro da Justiça, Jose Eduardo Cardozo, para assinar junto com o governador Raimundo Colombo, o termo de adesão ao programa “Crack: É possível vencer”. O governo federal disponibilizou R$ 4 bilhões para enfrentar o que vem sendo denominado de epidemia. O que não deixa de ser uma triste realidade. Só para se ter uma ideia o Rio Grande do Sul recebeu R$ 103 milhões. São valores para serem aplicados na área da saúde, segurança publica e prevenção.
Vereadores querem serviço de cardiologia gratuito, via SUS
Um assunto que é discutido há pelo menos cinco anos, a implantação dos serviços de cardiologia de alta complexidade, será tema em sessão especial da Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira (21). A proposição é de autoria dos vereadores Adilson Appolinário (PSD) e Toni Duarte (PPS) e deve reunir além de médicos, autoridades como o presidente da Amures, Amarildo Gaio, que confirmou presença por ser tratar de um assunto de interesse regional.
A sessão está marcada para às 19h30min, no plenário Neureu Ramos. Representantes do governo do Estado e da clínica Cardiolages também confirmaram presença no evento. Há anos a Cardiolages tenta adquirir o direito de atender pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), junto à Secretaria de Estado da Saúde (SES). Isso evitaria que centenas de pessoas precisassem ser levadas para Rio do Sul, que é a referência para este tipo de procedimento cardiológico.
O objetivo da proposição dos vereadores que é também uma necessidade de toda Serra Catarinense é credenciar o serviço de alta complexidade pelo SUS, para que os pacientes não precisem mais sair da cidade para ter atendimento. A falta de um ponto de referência cardiológico na Serra gera transtornos tanto aos pacientes quanto aos acompanhantes, além que resulta em sobrecarga no sistema, no Hospital do Alto Vale.
Para que o atendimento cardiológico de alta complexidade seja implantado em Lages, seria necessária uma unidade coronariana (ou UTI cardiológica). Enquanto isso não acontece, os pacientes continuam nas filas e se submetendo aos riscos das rodovias tendo de ir para Rio do Sul e outras regiões do Estado.