icone facebookicone twittericone instagram


MATERNIDADE DARCY VARGAS
Família em busca de explicação
Grávida que teria sido mandada de volta para casa deu à luz bebê morto

Estava tudo pronto para a chegada do pequeno Gustavo, o menininho que ainda estava na barriga da mãe, a jovem Jéssica Lopes, de 21 anos. A chegada do primeiro filho de Jéssica estava prevista para o dia 20 de junho. Mas ela não apresentou dilatação e nem contrações. No dia 21, com dores e sangramento, ela foi para a Maternidade Darcy Vargas. Voltou na sexta com os mesmos sintomas. No sábado, ela teve a triste notícia: seu bebê estava morto.

Jéssica saiu do hospital nesta segunda-feira. Ela mora com a mãe, Simone Gracia, e mais dois irmãos, na localidade Jardim Edilene. Jéssica trabalhava em uma loja, mas largou o emprego assim que soube da gravidez. No início da gestação, ela teve um descolamento na placenta. Após o tratamento, a gravidez foi tranquila.

Os problemas começaram a partir do oitavo mês, quando a jovem caiu dentro de um ônibus. “Ela chegou assustada em casa. Fomos à maternidade, fizeram exames e estava tudo bem”, contou Simone. Desde então, Jéssica passou a ter dores nas costas.

Na última quinta-feira, um dia após a data prevista para o nascimento, quando completaram-se as 40 semanas de gestação, a situação piorou. Jéssica teve sangramento e perda de líquido. “Fomos ao hospital e a médica disse que ela só tinha dois dedos de dilatação (para o parto normal é necessário ter dez). Disse que para fazer uma cesárea, tínhamos que esperar até 41 semanas”, relatou Simone. No mesmo dia, foi feito um exame obstétrico. “Mas foi depois desse exame que o sangramento aumentou”, afirmou Simone.

Na sexta, dia 22, os sintomas aumentaram. Nos exames, a família escutou pela última vez os batimentos do coração do bebê. “Ela só tinha dois dedos e meio de dilatação. Eu cheguei a implorar para a médica para internar a minha filha, para ela ter mais cuidados, mas falaram que não era necessário.” Mesmo com fortes dores, Jéssica voltou para a casa.

No sábado, Jéssica não conseguia andar por causa da dor e o sangramento aumentou. Durante a noite, ela, Simone e parentes foram novamente para a Darcy Vargas. “Nos encaminharam para uma sala onde o enfermeiro tentou escutar o coração do bebê. Ele não achava. Em outro quarto, vieram outros três enfermeiros com um aparelho para escutar o coração. Eles chegaram a trocar o aparelho e mesmo assim, não ouviram nada”, lamentou a avó.

Na sala de ultrassom, uma médica deu a má notícia. Gustavo não tinha mais vida. “Não sei explicar o que sentimos. Foi a pior coisa que nos aconteceu.”

O parto foi normal, às 5h10 de domingo, 24 de junho. De acordo com o atestado de óbito entregue à família, as causas da morte foram hipóxia intrauterina, insuficiência placentária e infarto placentário. O enterro do bebê foi na segunda, no Cemitério do Cubatão. No mesmo dia Jéssica recebeu alta, às 13h30, segundo a direção da maternidade.

Por enquanto não há uma resposta oficial da maternidade. O hospital é administrado pelo governo do Estado. O diretor da instituição, Fernando Marques Pereira, está de férias e volta no dia 4 de julho. O secretário de Estado de Saúde, Dalmo Claro Vieira, foi procurado, mas disse que não tinha conhecimento do caso.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde informou que a maternidade espera o laudo oficial da morte para confirmar quais serão os procedimentos adotados.

caroline.stinghen@an.com.br

 

 

HOSPITAL REGIONAL
Promessa de água quente para amanhã

Por pelo menos três vezes só em 2012, os pacientes do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, na zona Leste, tiveram de tomar banho frio ou ficar sem banho por causa de problemas hidráulicos no prédio. A falta de água quente nos chuveiros, que já se prolongam há quase um ano e meio, deve finalmente ter uma solução.

Uma parceria com a Tigre, que conseguiu agilizar a entrega dos encanamentos, vai possibilitar que a obra seja feita ainda hoje. A empresa que venceu a licitação e realizou as obras foi acionada e deve fazer as obras hoje. Como a cola das emendas das tubulações precisa secar por 24 horas, o abastecimento de água quente deve ser normalizado somente amanhã.


 

 

 

 

4º ANDAR ENTRA EM OPERAÇÃO


É até um dia histórico para a saúde pública de Joinville: o Hospital São José vai começar a acomodar os primeiros pacientes do já famoso quarto andar. Será pela manhã. Neste primeiro momento, a unidade vai ativar gradativamente 15 leitos. Nas próximas semanas, outros 15 leitos passam a ser utilizados. O espaço será usado para o pós-operatório, isto é, na recuperação dos pacientes que passaram por cirurgias. “É um incremento importante para o São José”, diz o diretor Armando Lorga. Com o quarto andar, é possível ampliar a quantidade de cirurgias eletivas (marcadas com antecedência). A primeira promessa de inauguração previa entrega da ampliação no segundo semestre de 2008, ainda na administração anterior. O atual governo tinha plano inicial de entregar a obra no final de 2010. O desafio agora é concluir o complexo emergencial.

 


GERAIS
Médicos debatem sobre hepatite C

Médicos de todo o país se reúnem hoje em Florianópolis para o encontro que irá falar sobre os novos tratamentos disponíveis no Brasil no combate ao vírus da hepatite C. O palestrante é Mário Reis Álvares da Silva, hepatologista e coordenador clínico do Programa de Transplante de Fígado do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. No final de 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa ) aprovou o uso do telaprevir no Brasil. Este é o novo tratamento para os pacientes portadores da hepatite C crônica.

  


COMBATE À DIABETES
Unesc realiza ações para marcar a data

Hoje é o Dia Nacional de Controle do Diabetes. Para marcar a data, diversas ações começarão a ser realizadas pela Unesc em Criciúma. Amanhã, haverá palestra com o endocrinologista Carlos Andre Tonelli.

O evento será às 19h no Auditório Ruy Hülse, na universidade, e é aberto para profissionais da saúde, professores e alunos da universidade. Em 2010, houve 30 mortes em Criciúma em virtude da doença. No Brasil, até abril, eram 12 milhões de diabéticos segundo o site da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).


 

 
HOSPITAL INFANTIL
Fuga de adolescente é investigada

A Secretaria de Saúde do Estado vai abrir sindicância para investigar as circunstâncias que levaram ao desaparecimento de uma adolescente de 14 anos internada no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. A paciente, que desde 25 de novembro se encontrava hospitalizada, sumiu na sexta-feira.

Até ontem à noite, o seu paradeiro não havia sido confirmado. A Justiça da Infância e Juventude obrigou o Estado a disponibilizar um cuidador para a menina. Mas isso não ocorria no momento em que ela deixou o hospital.

Na sexta-feira, a paciente tentou sair por uma das portarias, mas foi impedida por funcionários. O motivo de não haver um cuidador durante todo o período, explica a diretora técnica Lucia Regina Schultz, é a falta de pessoal na instituição.

– Para atender a isso, teríamos que fechar quatro leitos em função das escalas – conta a diretora.

De acordo com a direção do hospital, o local não é o indicado para a sua permanência devido à necessidade de atenção constante. Isso poderia ocorrer em um abrigo, sugere a diretora técnica. Ela lembra que “o hospital não é um cárcere, ainda mais em se tratando de uma adolescente com condições de ir e vir”. A família da adolescente não foi identificada e ela conta ser de um Estado do Norte. A Polícia Federal acompanha o caso e ontem teria identificado que a adolescente estava na Grande Florianópolis. A presença da PF no caso é porque ela teria contado ter sido vítima de exploração e tráfico internacional.

angela.bastos@diario.com.br

ÂNGELA BASTOS

 

 

GRIPE A
Número de mortes sobe para 35
As novas vítimas da doença no Estado são uma menina de nove anos, de Videira, e um homem de 52 anos, de Blumenau

Mais duas pessoas morreram em Santa Catarina por causa da Gripe A. A divulgação foi feita ontem pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde. A novas vítimas são uma menina de nove anos, de Videira, e um homem de 52 anos, que residia em Blumenau.

Agora são 35 as mortes em Santa Catarina desde o começo do ano. Pelas investigações da Vigilância Epidemiológica, a menina não fazia parte do grupo com maior possibilidade de contrair a doença. A morte ocorreu dia 20 deste mês. O homem morreu dia 21 e era fumante. Ontem, a equipe da Secretaria de Saúde e do Ministério de Saúde viajou para cidades do Sul do Estado. Mas o foco principal continua sendo Blumenau, onde, neste ano, morreram sete pessoas por causa da gripe A.

O Estado recebeu nesta semana as cerca de 250 mil doses do medicamento oseltamivir, mais conhecido pelo nome comercial de Tamiflu, prometidas pelo Ministério da Saúde ao prefeito João Paulo Kleinübing, de Blumenau, em uma reunião na última sexta-feira.

O remédio está armazenado na Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) e será enviado para cada gerência de saúde de acordo com a demanda, explica a secretária de Saúde, Juliana Rigo. Atualmente, Blumenau possui cerca de 30 mil doses de Tamiflu, que estão sendo distribuídas aos pacientes com sintomas de gripe.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica alerta que nem toda gripe pode ser entendida como a doença, mas lembra que as pessoas devem permanecer atentas com os sintomas de febre alta (superior a 38°C) e falta de ar. Nestes casos, devem procurar um médico nas primeiras 48 horas. Outra recomendação é com relação aos ambientes, que devem ficar arejados. Para quem estiver gripado, uma dica é evitar aglomerações.

 

 

 

 

Falta de médicos e longa reforma prejudicam quem procura os serviços do Hospital Florianópolis
 Everton Palaoro
@Palaoro_ND
Florianópolis 

Obras da reforma prejudicam atendimento no Hospital Florianópolis

A longa reforma do Hospital Florianópolis e a falta de médicos fragilizaram o atendimento aos usuários. Casos de cirurgias e internações na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) só voltarão a ser resolvidos a partir do final do ano e não mais em agosto, como estava definido. A nova previsão foi feita pela diretora, a psiquiatra e cirurgiã plástica Kátia Melo Machado Gerent. Segundo ela, a obra acelerou bastante em relação a junho do ano passado, quando passou a administrar o hospital.

Enquanto a reforma não é concluída, a lista de reclamações só aumenta. Falta de médicos e equipamentos, demora no atendimento ou para realização de exames. Esses são apenas um dos pontos que irritam familiares e pacientes que buscam uma solução para problemas clínicos.

Desempregado, Rodrigo Cesar, 34 anos, faz uma peregrinação para ajudar a mulher. Maria da Graça, 50, ficou internada por dois dias. Ontem, passou mal e retornou ao Florianópolis por volta das 10h. Foi atendida às 13h e teve que aguardar o resultado dos exames até as 19h. “Não tem um dia que precisamos vir aqui que a espera seja menor que quatro horas”, reclamou Cesar.

Maria da Graça foi liberada após receber os exames. A diretora do hospital reconheceu que a unidade enfrentou problemas, mas apenas no começo do mês. Segundo ela, quatro profissionais pediram afastamento. “Teve dias que tínhamos apenas um médico no plantão. Priorizamos quem já estava aqui e recomendamos que as pessoas procurassem outros hospitais”, lembrou.

Kátia ressaltou que a unidade continua atendendo o mesmo número de pacientes por mês. São 6.000 pessoas que procuram o local. “O que mudou foi que não temos mais UTI e cirurgias”, disse. O pronto socorro do Florianópolis tem 38 médicos: são 17 pediatras, nove cirurgiões e 12 clínicos.

Obras começaram em 2009

As obras do Hospital Florianópolis começaram em 2009 com a reforma da emergência e do serviço de nutrição. Estão prontas e inativas desde 2010 à espera da conclusão da segunda etapa, que inclui a restauração das alas de internação e UTI, centro cirúrgico, centro de esterilização e a construção do quarto andar. Essa etapa tinha previsão inicial de seis meses para conclusão, com custo de R$ 3 milhões.

Segundo o chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde, Fernando Wisintainer Luz, responsável pelo acompanhamento da obra, a demora ocorreu porque o prédio foi construído em 1950. “Esta etapa necessitou de diversas alterações nos projetos de execução, muito devido à precariedade encontrada na estrutura bastante desgastada pelo tempo e pela falta de manutenção periódica”, esclareceu. De acordo com Luz, ainda falta realizar os acabamentos no segundo andar, instalar equipamentos no terceiro e colocação das pastilhas na fachada do prédio.


 

Procurar um médico precocemente diminui as chances de mortes por Gripe A
O Estado já acumula 35 mortes relacionadas à doença. A Secretaria de Estado de Saúde alerta para os cuidados com a prevenção
 Emanuelle Gomes
Florianópolis 

Duas novas mortes pela Gripe A em Santa Catarina foram confirmadas nesta terça-feira, 26, pela Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica). As vítimas foram uma menina de nove anos, que morreu no dia 20 em Videira, no Oeste do Estado; e um homem de 52 anos, morador de Blumenau. Segundo o relatório, ele era fumante e morreu no dia 21. Com os novos dados, o Estado já registra 35 mortes causadas pelo vírus H1N1.

De acordo com Luciana Amorim, gerente de imunização da Dive, na maioria dos casos de mortes confirmadas as pessoas demoraram a procurar ajuda médica. “O primeiro sintoma que deve ser observado é febre alta que persiste por dois dias. No segundo dia, é preciso procurar um médico”, advertiu. Para Luciana, é melhor pecar por excesso do que por falta.

Ela não aconselha o uso de medicamentos. Quem usa remédios sintomáticos, como antigripais, deve ficar atento. “Se a pessoa percebe que a febre volta quando passa o efeito do remédio, deve ir imediatamente procurar um serviço de saúde”, explicou.

Outro sintoma perigoso é a falta de ar. Nesses casos, o paciente não pode esperar e deve buscar ajuda médica para análise do caso. “Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas se o Tamiflu fosse administrado precocemente”, afirmou a gerente.

Nesta semana, a Secretaria de Estado de Saúde começa a divulgar a nova campanha de prevenção da Gripe A nos postos de saúde. Os folhetos reformulados focam na importância de observar os sintomas rapidamente e nos cuidados diários para evitar o contágio. Luciana aconselhou a população a filtrar as informações relacionadas à doença. “A gripe comum e a Gripe A são parecidas e têm sintomas muito próximos. As pessoas não devem acreditar nas comparações divulgadas nas redes sociais”, alertou.

Doenças crônicas

Luciana Amorim também abordou a importância da vacinação das pessoas com doenças crônicas. Todos os postos que têm sala de vacina estão oferecendo a dose contra a Gripe A para esse grupo. “Os pacientes devem ter encaminhamento médico. Às vezes eles não conseguem tomar a vacina no mesmo dia, porque precisamos confirmar a indicação do médico”, afirmou.


FIQUE POR DENTRO
Como se prevenir e as doenças crônicas


Cuidados para evitar o contágio da Gripe A

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar, depois de usar o banheiro, antes de comer, antes e após tocar os olhos, a boca e o nariz
- Ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com um lenço, de preferência, descartável
- Evitar aglomerações, ambientes fechados e contato com pessoas doentes
- Ter hábitos saudáveis, que incluam alimentação balanceada, ingestão de bastante líquido e prática de atividades físicas.
- Ambientes com aglomeração de pessoas devem manter as portas e as janelas abertas, já que os principais meios de transmissão da Gripe A são por tosse, espirro ou de contato com secreções respiratórias de pessoas contaminadas


Doenças crônicas

• Obesidade grau 3, antiga obesidade mórbida (crianças; adolescentes e adultos)
• Doenças respiratórias crônicas (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar)
• Asmáticos (formas graves)
• Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória
• Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular)
• Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para Aids e câncer ou que debilitam o sistema imunológico)
• Diabetes mellitus
• Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral)
• Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise)
• Doença hematológica (hemoglobinopatias)
• Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática autoimune, doença de Kawasaki)
• Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca
• Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular)
Fonte: Ministério da Saúde