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SAÚDE
São Chico já tem um hospital

“Dos meus 65 anos de vida, esta foi a obra mais importante inaugurada no município em que nasci”, emocionou-se o morador Osmar Luiz Machado, ontem, na inauguração do Hospital e Maternidade Nossa Senhora da Graça, de São Francisco do Sul. Depois de viajar inúmeras vezes a Joinville para atendimento médico, Osmar se disse satisfeito com a obra.

O evento, que começou às 18h30, reuniu autoridades e foi prestigiado por cerca de mil moradores. A banda da Polícia Militar e fogos de artifício deram início à comemoração, que teve discursos emocionados e visita à unidade.

Depois de fechar as contas, a Secretaria Municipal de Saúde concluiu que o investimento chegou a R$ 14,2 milhões. No sábado, 167 funcionários entre setor administrativo, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista e psicólogo começam a receber a população. Além deles, o hospital deve abrir as portas com 26 médicos já contratados. A expectativa é ter 40 médicos até agosto, quando todos os serviços estarão disponíveis.

O secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, aposta na gestão de Organizações Sociais (OS) em hospitais do Estado. O de São Francisco, assim como o Infantil de Joinville, é uma OS – com administração da Cruz Vermelha do Brasil.


 

 

Leitos
Até as 10 horas de hoje, Renato Castro aguarda com ansiedade a autorização do governo do Estado para a contratação de mais médicos, já solicitada por ele e por Dalmo Claro (Saúde). Se até lá não houver um aceno positivo, Castro poderá confirmar em entrevista o alerta feito no mês passado: o fechamento de leitos.


O futuro
O Hospital Regional de Joinville precisa de dez médicos no pronto-socorro e dez nas UTIs. Se não houver reposição de profissionais, parte dos 20 leitos da unidade de tratamento intensivo poderá parar de receber pacientes. Quanto ao seu futuro no hospital, Renato Castro diz que a “Deus pertence”.

 

 


FIM DA MISÉRIA
Governos se unem contra uso de crack

A agenda da ministra Tereza Campello em Florianópolis, a partir das 14h de hoje, inclui também a assinatura do termo de adesão do governo do Estado e prefeitura de Florianópolis ao programa do governo federal Crack, é possível vencer.

O pacto entre as três esferas de governo tem o objetivo de aumentar a oferta atual de tratamento de saúde e atenção aos usuários de drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e ampliar atividades de prevenção ao uso do entorpecente em toda a comunidade.

Santa Catarina é o sétimo Estado a aderir ao programa, o que já foi feito por Alagoas, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Acre. Estima-se que existam cerca de 5,8 mil usuários de crack em todo o Estado, sendo 200 deles somente no Centro da Capital, onde o problema é considerado crônico.

Governador e prefeito formalização adesão

Além da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, participam da solenidade de hoje à tarde a secretária nacional de Assistência Social, Denise Colin, e a secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki. O governador Raimundo Colombo e o prefeito Dário Berger assinam pelo Estado e município.

 

 

 

GRIPE A
Vacinas estão faltando em Blumenau
Clínicas não possuem mais doses, e alerta é com a higiene, que deve ser reforçada no inverno

Devido à grande procura por vacinas contra a gripe comum e gripe A em Blumenau, algumas clínicas particulares da cidade já não possuem mais doses para imunizar a população. Desde o dia 5 de maio, 45 pessoas já morreram de gripe A em SC, sendo 10 somente em Blumenau.

Das cinco clínicas autorizadas pela Vigilância Epidemiológica e licenciadas pela Vigilância Sanitária, apenas duas ainda possuem vacinas: a Pulmoclínica e o Sesi Clínica, que atende apenas empresas e indústrias.

Na Pulmoclínica, de acordo com a supervisora geral, Rosane Voss, restam apenas poucas doses, destinadas a crianças com mais de cinco anos e adultos.

– Ano passado, tínhamos vacina até dezembro. Mas este ano a procura foi enorme e estamos encontrando dificuldade para repor o estoque – explica Rosane.

Além da Pulmoclínica, o Hospital Dia do Pulmão, o Celp e o Celpinho enfrentam o mesmo problema e não têm previsão de chegada de um novo lote de vacinas, já que dependem da disponibilidade dos laboratórios.

Para os clientes que já tomaram a primeira dose da vacina, o Celp possui a segunda dose reservada. No Hospital Dia do Pulmão, também há a segunda dose para as crianças que tomaram a primeira.

No fim de junho, prefeitos de 14 municípios do Médio Vale do Itajaí desistiram de comprar vacinas contra a gripe A, pois o tempo entre a compra, chegada do medicamento e montagem da logística seria de quase dois meses. A orientação do Ministério da Saúde é de que os municípios reforcem o tratamento com o antiviral Tamiflu, que está sendo enviado para as cidades conforme a necessidade.

Dias frios pela frente é propício para a disseminação do vírus

A enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Blumenau Ivonete dos Santos afirma que a falta de vacinas nas clínicas não é motivo de preocupação.

Ela reforça que, após a aplicação da dose, a vacina demora ainda cerca de 20 dias para o corpo começar a produzir anticorpos. Para ela, é necessário que a população intensifique os cuidados de higiene, como lavar as mãos, e mantenha a etiqueta da tosse e do espirro para evitar a disseminação do vírus:

– Nos próximos dias teremos temperaturas mais baixas e umidade, ambiente ideal para o vírus. Por isso, as pessoas devem ficar atentas aos primeiros sintomas de gripe para procurar atendimento e medicação, pois quanto mais precoce o diagnóstico, melhor.

Nos postos de saúde de Blumenau, ainda estão sendo vacinados os pacientes crônicos que possuam a requisição de imunoespecial. A cidade recebeu 29 mil doses e não há data para encerrar a imunização. As doses serão aplicadas na unidade de saúde onde o doente possui o cadastro. Quem não estiver cadastrado, deve solicitar ao médico.

 

Blumenal

 

 

A Tribuna


.Solução à oncologia pediátrica é apresentada
 

 A repercussão do caso na imprensa e nas mídias sociais mobilizou deputados estaduais e federais e autoridades do poder executivo estadual. O Governo do Estado definiu que serão investidos R$ 150 a R$ 300 mil na oncologia pediátrica do Hospital São José de modo a melhorar a estrutura.

Esses recursos são um adiantamento de um repasse decorrente de uma emenda parlamentar, de autoria da deputada federal Romanna Remor, de R$ 1,5 milhão à saúde no Estado de Santa Catarina.

Solução é ampliar

Um grupo de trabalho coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) ficará encarregado de fazer um levantamento técnico que viabilize a continuidade do serviço

Para isso, solução do Governo do Estado é dobrar a abrangência atual, de 500 mil habitantes e direcionar todas as crianças e adolescentes da região para o Hospital São José. “Isso está equacionado. O serviço vai ser mantido e ampliado. Como é deficitário, é preciso ampliar o número de atendimentos realizados”, explicou Casagrande.

A ideia é que, com o credenciamento do serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital São José possa receber recursos suficientes para a manutenção do trabalho.

A partir do dia 16, oito leitos da pediatria do Hospital São José serão passados ao Hospital Materno Infantil Santa Catarina. Esse espaço que ficará vago vai ser usado pelos pacientes da oncologia pediátrica, que poderão usufruir de uma estrutura que a situação deles exige.

O médico Tiago Nava se disse satisfeito com a mobilização. “É só o primeiro passo de uma construção bastante grande”, resumiu.

Guido continua

Enquanto a solução era apresentada, Kelvin Salvan Feltrin, de dois anos, passeava de motoca pelas dependências da Casa do Guido, alheio à toda situação envolvendo o futuro da oncologia pediátrica. A Casa do Guido atende a 25 famílias de crianças e adolescentes com câncer, além de 10 com hemofilia e dá suporte a pais que perderam os filhos por causa dessas doenças.

Se não fosse a oncologia pediátrica em Criciúma, a existência do Guido perderia sentido. Com o tratamento feito apenas nas capitais, o apoio prestado às famílias estaria fora do alcance do grupo.

“Aqui é muito bom. Temos o apoio gratuito de profissionais voluntários que, se tivéssemos que pagar, não teríamos condições”, conta a mãe de Kelvin, Daiane Salvan Feltrin. A família é da localidade de Azambuja, em Pedras Grandes. O menino é hemofílico e tratado por Nava no Hospital São José.

O presidente do Guido, Otílio Paulo Miranda Pereira, se disse satisfeito com os encaminhamentos. “Muitos pais me procuraram preocupados, mas acredito que tudo foi resolvido da melhor maneira possível. O Guido agora começa a ver o trabalho dando resultado”, disse.

De volta à Casa do Guido depois da entrevista coletiva, Pereira passou a boa notícia a Daiane, mãe do Kelvin. “Está tudo resolvido?”, perguntou ela. “Está encaminhado. Agora a gente só tem que continuar cobrando pelo que foi prometido”, respondeu ele.
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