GRIPE A
Joinville tem a primeira morte
Resultado saiu ontem
Foi confirmada ontem pela Secretaria de Saúde a primeira morte por gripe A em Joinville. Maria Aparecida Borges, 40 anos, estava internada no Hospital Municipal São José desde o dia 17 de junho e faleceu no último domingo, por volta das 3 horas, por complicações causadas pela doença.
Segundo o marido da vítima, José de Oliveira, 43 anos, a esposa apresentou sintomas de gripe, como tosse, rouquidão e dores no corpo, no começo de junho. Porém, não apresentou febre e dor de cabeça, sintomas comuns para a doença. A mulher procurou o PA Sul, onde foram feitas radiografias dos pulmões. Mas, segundo José, os médicos disseram que era uma gripe comum, receitaram remédios e Maria voltou para casa.
Sem apresentar melhora, José conta que a mulher procurou atendimento outras duas vezes, porém o diagnóstico apresentado era sempre o mesmo obtido na primeira consulta: se tratava de uma gripe comum. Com a tosse piorando, a vítima foi a uma farmácia, onde foi orientada a buscar um hospital porque o caso era grave.
No dia 17 de junho José levou a esposa para o Hospital São José, onde foi internada. “Ela entrou no hospital andando e falando”, recorda o marido. No dia seguinte, o estado de saúde piorou e Maria teve que ser entubada. Foram dez dias de tratamento com o medicamento Tamiflu enquanto ela permanecia sedada.
De acordo com o marido, além da gripe, ela teve outras complicações. Mesmo entubada, passou por hemodiálise, já que os rins haviam parado de funcionar. Na quarta-feira passada, o estado da paciente era melhor. José lembra que aparelhos, como o respirador que a mulher usava, estava com capacidade reduzida para 60% e ela começava a mexer os lábios. Os rins também voltaram a funcionar.
No sábado, os avanços cessaram e Maria piorou. O pulmão infeccionou e ela morreu no domingo com um choque séptico. “Eram 3h50 quando ligaram para me avisar”, conta.
Maria morava no bairro Petrópolis, trabalhava numa empresa como costureira e tinha quatro filhos. “Estamos chocados”, lamenta o marido. O enterro foi no próprio domingo.
Balanço
O balanço da Secretaria de Saúde divulgado ontem informou que 17 casos de gripe A foram confirmados em Joinville. Outros dois pacientes de cidades vizinhas também estão em tratamento no município. Oito casos aguardam o resultado do Laboratório Central (Lacen), em Florianópolis. Com a morte de Maria, já são 52 óbitos por causa do vírus H1N1 em SC.
Para confirmar a infecção pelo vírus, é necessário um exame chamado Swab, que é realizado por coleta de amostras de cada narina, da garganta e analisado em laboratório. O exame pode demorar dias ou semanas. No caso da moradora de Joinville, a confirmação saiu em 14 dias. Mulher estava internada desde junho.
Para o Bethesda
Dos R$ 200 milhões autorizados pelo Ministério da Saúde para repasse aos hospitais filantrópicos, tocaram R$ 79 mil para o Bethesda de Joinville. Depois das eleições, há chance de a Prefeitura ampliar o repasse para a instituição de Pirabeiraba.
MEDICAMENTO
Anvisa recolhe falso Cialis
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, ontem, a apreensão e inutilização, em todo o país, de lotes falsificados do medicamento Cialis 20 mg, usado contra disfunção erétil.
Segundo a resolução 2.912, publicada no Diário Oficial da União, a apreensão do produto é medida de interesse sanitário. Os medicamentos pirateados, segundo notificação da empresa detentora do registro, Eli Lilly do Brasil, não apresentam marcação do lote no blister de dois comprimidos e têm na embalagem a impressão EXP 102014. Esta é a quarta vez que a Anvisa determina a apreensão de lotes falsos de Cialis somente este ano.
Um dos mais potentes remédios para disfunção erétil, o Cialis pode ter seu efeito prolongado por até três dias, segundo garantem alguns usuários, o que o torna um alvo cobiçado por quadrilhas, rivalizando com o tradicional remédio Viagra.
Em algumas operações de combate a contrabando e descaminho, a Polícia Federal tem localizado grandes carregamentos de estimulantes sexuais que entram ilegalmente no Brasil pela fronteira com Paraguai e Bolívia.
Os danos ao consumidor, segundo a Anvisa, podem se dar de duas formas: ausência do efeito esperado e também a ingestão de substâncias maléficas à saúde. Em caso de dose excessiva, há sério risco de problemas cardiovasculares.
Brasília
HOSPITAIS NO SUFOCO
Pedida a contratação de pessoal
Em reunião com o governador Raimundo Colombo, ontem, os médicos de Santa Catarina cobraram a contratação de funcionários para preencher a demanda nos hospitais públicos.
Há 40 dias, o Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc) reclama da falta de recursos humanos na saúde. De acordo com o secretário-geral do Simesc, César Ferraresi, o governo entendeu a urgência em resolver o problema.
Uma auditoria nos hospitais administrados pelo Estado promete dar um diagnóstico mais consistente da situação da saúde. Apesar de o governo não ter estabelecido prazos, Ferraresi espera que nos próximos 30 dias seja concluída pelo menos a análise nas instituições de Florianópolis.
– É uma questão urgente. Pretendemos avaliar junto com o governo o diagnóstico e até ver se há possibilidade de remanejamento de servidores, se é que há algum hospital com funcionários a mais – afirmou o secretário-geral do Simesc.
O levantamento avalia os 14 hospitais administrados pelo governo. Além disso, Colombo reforçou que, nos próximos dias, 290 profissionais das áreas técnicas e administrativas serão nomeados. O governo acredita que as contratações irão repor as vagas deixadas por servidores aposentados e exonerados.
CAROLINE PASSOS
GRIPE A
Primeira morte em Joinville
Foi confirmada ontem a primeira morte por gripe A em Joinville, pela Secretaria de Saúde. Maria Aparecida Borges, 40 anos, estava internada no Hospital São José desde o dia 17 de junho e veio a falecer no último domingo, por volta das 3h, por complicações da doença. Ela ficou 21 dias internada.
Segundo o marido, José de Oliveira, 43 anos, a esposa apresentou sintomas de gripe no começo de junho, como tosse, rouquidão e dor no corpo. Mas não tinha febre e nem dor de cabeça. No dia 13, ela procurou o pronto-atendimento Sul e até bateu raio-x dos pulmões. Mas, segundo José, os médicos disseram que era apenas uma gripe comum. Receitaram remédios e Maria voltou para casa.
Sem melhoras, a doente procurou o PA mais duas vezes, na sexta e no sábado. Mas sempre com a mesma resposta. Cansada de ver a tosse piorar, ela procurou uma farmácia. O farmacêutico aconselhou a buscar um hospital porque o caso era grave.
José levou a esposa para o São José, onde foi internada na hora, no domingo, dia 17. No dia seguinte, o estado dela piorou e teve que ser entubada. Foram 10 dias de tratamento com Tamiflu enquanto a paciente continuava sedada.
Mesmo entubada, ela precisou passar por hemodiálise, já que os rins pararam de funcionar. Na última quarta-feira, o estado dela já era melhor. José recorda que aparelhos, como o respirador, estava com capacidade reduzida para 60%. Os rins também voltaram a funcionar. Mas no sábado, Maria voltou a piorar. Ela morreu no domingo.
Joinville
Sindicato dos médicos pede contratação de novos profissionais para hospitais do Estado
Para dar conta da demanda das instituição de saúde, seria preciso a contratação de 2.000 novos funcionários
Para o Simesc, maior demanda por profissionais é na área da enfermagem
O governador Raimundo Colombo recebeu representantes do Simesc (Sindicato dos Médicos do Estado) para uma conversa na tarde de ontem. O sindicato pede a contratação de mais funcionários para os hospitais estaduais com carência de recursos humanos. O governo já garantiu a chamada de cerca de 300 novos servidores aprovados em concurso público. Entretanto, de acordo com o secretário de Estado de Saúde, Dalmo de Oliveira, a estimativa é de que 2.000 funcionários seriam necessários para suprir as demandas das instituições de saúde.
“Os hospitais precisam de equipamentos e obras, mas estamos insistindo no recurso humano porque é uma questão pontual e de curtíssimo prazo. Só assim as instituições terão funcionamento pleno”, relatou o presidente do Simesc, Cyro Soncini. O governador garantiu que os interesses do Estado e do sindicato estão em sintonia. “Estamos realizando um trabalho técnico nos hospitais para identificar as necessidades e melhorar a gestão. Estamos contratando emergencialmente 300 funcionários, mas não se trata só de pessoal, precisamos de eficiência interna”, avaliou Colombo.
Segundo Oliveira, a maior demanda de profissionais é da área de enfermagem. Em segundo lugar fica o setor administrativo e em terceiro os profissionais de nível superior, incluindo médicos. Nessa primeira chamada, 50 servidores contratados são médicos, 40 são de outras profissões de nível superior e 200 são técnicos de enfermagem. “Eles serão encaminhados a 14 hospitais de todo o Estado”, completou o secretário.
Santa Catarina é o estado com melhor índice de vacinação contra poliomielite do país
Secretaria de Estado da Saúde
Campanha superou 100% de cobertura e aplicou 415.548 doses
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa que atinge principalmente criançasSanta Catarina aplicou 415.548 doses de vacina durante a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite, atingindo o melhor índice de imunização do Brasil e superando 100% de cobertura. A estimativa de público alvo para a campanha era de um total de 411.967, calculada com dados de 2010, mas o estado catarinense encerrou a primeira etapa da Campanha superando esse número em 3.617 crianças. De acordo com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações - Sipni, o Estado já tinha sido o primeiro do país a ultrapassar a meta inicial de cobertura Ministério da Saúde, 95% das crianças menores de 5 anos. O índice nacional chegou a 94,43%.
O número final de crianças vacinadas supera a estimativa porque é calculado com base no Sistema de Informações de Nascidos Vivos, para menores de um ano, e pelo Censo 2010 para as demais idades. Santa Catarina termina a campanha, que se encerrou na última sexta-feira, 6, seguida de perto apenas por Goiás, que obteve 99,39% de cobertura vacinal. A Campanha Nacional contra a Poliomielite, ou paralisia infantil, teve início no dia 16 de junho, com o objetivo de imunizar em todo o país mais de 14 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade.
“Santa Catarina saiu na frente novamente, demonstrando que a população está cada vez mais consciente sobre a importância da vacina, e atendeu ao chamado das autoridades de saúde pública, levando suas crianças menores de 5 anos para serem imunizadas”, comenta o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada pelo poliovírus, e atinge principalmente crianças. A maior parte das infecções é assintomática. Quando ocorrem, os sinais são parecidos com os de outras doenças virais, como gripe, febre e dor de garganta, náusea, vômito, constipação, dor abdominal e, raramente, diarreia. Cerca de 1% dos infectados pode apresentar paralisia nos membros inferiores, cuja principal característica é a perda de força muscular e dos reflexos. Com a realização das campanhas, o Brasil está há 23 anos livre da doença.
Central de Diários
SC é o estado com melhor índice de vacinação contra poliomielite do país
Foram aplicadas 415 mil doses de vacina durante a campanha
Santa Catarina aplicou 415.548 doses de vacina durante a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite, atingindo o melhor índice de imunização do Brasil e superando 100% de cobertura.
A estimativa de público alvo para a campanha era de um total de 411.967, calculada com dados de 2010, mas o estado catarinense encerrou a primeira etapa da Campanha superando esse número em 3.617 crianças. De acordo com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações - Sipni, o Estado já tinha sido o primeiro do país a ultrapassar a meta inicial de cobertura Ministério da Saúde, 95% das crianças menores de 5 anos. O índice nacional chegou a 94,43%.
Cálculo
O número final de crianças vacinadas supera a estimativa porque é calculado com base no Sistema de Informações de Nascidos Vivos, para menores de um ano, e pelo Censo 2010 para as demais idades. Santa Catarina termina a campanha, que se encerrou na última sexta-feira (6) seguida de perto apenas por Goiás, que obteve 99,39% de cobertura vacinal. A Campanha Nacional contra a Poliomielite, ou paralisia infantil, teve início no dia 16 de junho, com o objetivo de imunizar em todo o país mais de 14 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade.
Doença
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada pelo poliovírus, e atinge principalmente crianças. A maior parte das infecções é assintomática. Quando ocorrem, os sinais são parecidos com os de outras doenças virais, como gripe, febre e dor de garganta, náusea, vômito, constipação, dor abdominal e, raramente, diarreia. Cerca de 1% dos infectados pode apresentar paralisia nos membros inferiores, cuja principal característica é a perda de força muscular e dos reflexos. Com a realização das campanhas, o Brasil está há 23 anos livre da doença.