FUNERÁRIAS
Gratuidade para doadores de órgãos
Um dos acordos informais para que o Sistema Prever conseguisse a aprovação na Câmara de Vereadores de Joinville para a lei que autorizou a implantação de crematório é oferecer o serviço gratuitamente a doadores de órgãos. Todos as famílias que autorizarem a doação, mesmo que seja de apenas um dos órgãos, terá a cremação gratuitamente.
Mas o supervisor da comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos do Hospital Municipal São José, Robson Duarte, acredita que a medida deveria ser mais discutida com as entidades responsáveis porque esbarra em um ponto polêmico. Ele teme que a gratuidade como prêmio pela doação poderia estabelecer uma relação de troca ou de comércio de órgãos.
Para que não houvesse essa dupla interpretação, e que mais tarde poderia gerar problemas, Robson sugere uma conversa entre administradores do crematórios e da Central de Captação de Órgãos, em Florianópolis, e com a comissão de Joinville.
“Se bem conversado, pode ser que venha a favorecer. Mas não pode ser um tiro no pé. A sociedade pode ler como um aspecto negativo. Tem que ser bem esclarecido”, destaca.
Robson lembra um episódio semelhante que aconteceu na cidade de São Paulo. Com recursos da Prefeitura, pretendia-se dar auxílio-funerário para quem doasse órgãos. Segundo ele, o projeto-piloto não deu certo.
Atualmente em Joinville, são abertos de 25 a 30 protocolos de captação mensalmente. Destes, 70% se efetivam. Robson acredita que o número pode aumentar caso haja este benefício.
SAÚDE
Todos contra a fibrose cística
Famílias de pacientes joinvilenses se unem em dia dedicado à divulgação da doença
Um beijo salgado, além de inusitado, é um dos indícios de uma doença rara, a fibrose cística, que, segundo a Associação Catarinense de Assistência ao Mucoviscidótico, afeta 18 pessoas em Joinville. Foi por meio desse gesto carinhoso que Rita de Cassia Nunes Koehler descobriu que a filha Helena tinha a doença aos três meses de idade. “Eu a beijei e senti o sal. Aí, perdi o chão”, conta Rita, com o olhar marejado ao lembrar do episódio.
Para a dona de casa, aquele momento foi duplamente doloroso, já que oito anos antes nascia Matheus e, com ele, o diagnóstico de fibrose cística. Diferente do que aconteceu com Helena, no caso de Matheus, a doença foi descoberta por meio do teste do pezinho, que é obrigatório – um dos exames que identificam a doença. “Não conhecia, então, não me preocupei. Só fui saber o que era quando começaram as internações por causa das pneumonias e das desidratações”, diz Rita, que hoje é uma das líderes da associação.
Para lembrar os joinvilenses da importância de diagnosticar a doença, um grupo faz amanhã, no Dia Nacional da Divulgação da Fibrose Cística, uma ação em frente ao Hospital Regional. Também está programado um jantar-dançante, dia 14, às 19h30, no Restaurante Rudnick.
A fibrose cística é uma doença genética que atinge as glândulas responsáveis pela produção de secreção no organismo. Para que a criança nasça com a doença, é necessário que o pai e a mãe tenham o gene alterado. “Quando o pai e a mãe têm o gene, a chance de o bebê ter a doença é de 25%”, esclarece a médica Rose Terezinha Marcelino.
A alteração genética pode causar uma série de efeitos no organismo. Mas os pacientes que fizerem um tratamento adequado podem levar uma vida normal.
SAÚDE
Mães enfrentam o problema unidas
Em Joinville, as mães das crianças que têm a doença encontraram uma forma de amenizar as dificuldades do dia a dia por meio da união. “A gente se fala sempre pelo telefone e tenta se ajudar”, conta Daniela Nones, que é integrante da associação.
Ela explica que o processo de aceitação da doença é lento e requer bastante informação, porque, dependendo do tipo e do grau da fibrose cística, o paciente precisa fazer fisioterapia para limpeza dos pulmões e manutenção da resistência física quase que diariamente, além das inalações e dos remédios, que em geral têm custo elevado.
Cepon firma nesta quarta-feira acordo de colaboração com Hospital Albert Einstein para tratamento de pacientes com câncer
A ideia é firmar a parceria para possibilitar uma segunda opinião médica por meio da telemedicina
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Roberta Kremer
Os pacientes de Santa Catarina em tratamento de câncer poderão ser avaliados por especialistas do Hospital Israelita Albert Einstein, referência na área oncológica no país. Nesta quarta-feira, o Centro de Pesquisas Oncológicas Catarinense (Cepon) vai estabelecer vínculos de colaboração com a instituição de São Paulo para qualificação da equipe catarinense, troca de experiências e avaliações clínicas à distância.
A parceria será firmada pela Diretoria da Fundação de Apoio ao Hemosc e Cepon (Fahece) durante a visita do presidente do Albert Einstein, Cláudio Lottenberg, ao Hospital do Câncer do Estado, no Bairro Itacorubi, em Florianópolis, nesta quarta-feira.
Conforme a conselheira da Fahece, Ethel Cabral, a ideia principal é firmar a parceria para possibilitar uma segunda opinião médica por meio da telemedicina (avaliação à distância por teleconferência).
— Todas as pessoas têm um parente ou amigo que já enfrentou ou sofre desse mal. Uma segunda opinião sempre dá mais tranquilidade às famílias — observa Ethel.
Nesse convênio, também estão previstos a criação de um prêmio para médicos do Cepon conhecerem a tecnologia e pesquisa no Hospital Israelita Albert Einstein e o intercâmbio de residentes do hospital escola do Cepon com a instituição paulistana.
— Esse vínculo é um enriquecimento para nós, pois o Albert Einstein é um dos centros de referência da América Latina — considera a presidente da Associação Israelita de SC, Leonor Scliar Cabral.
A gerente técnica do Cepon, Lucilda Cerqueira Lima, explica que, na prática, a parceria vai ajudar a trazer mais qualidade de vida aos pacientes que são vítimas de câncer em SC. Além de investir em conhecimento clínico, o que é a proposta desse tipo de parceria, na outra ponta é importante trabalhar pela prevenção.
REGIONAL DE SÃO JOSÉ
Superbactéria KPC fecha a emergência
Durante três dias será feito um rigoroso processo de desinfecção do local
A confirmação da presença da superbactéria KPC (Klebsiella Pneumonia Carbapenemase) na emergência do Hospital Regional de São José fará com que o local fique fechado por três dias.
Um rigoroso processo de desinfecção será feito no local, com lavagem, limpeza dos equipamentos e aplicação de produtos contra a bactéria, que pode levar o paciente à morte.
– Se não fecharmos a emergência estaremos oferecendo um risco à população em caso de contato com a bactéria – informou o secretário de Saúde de Santa Catarina, Dalmo Claro de Oliveira.
Hoje, amanhã e quinta-feira não será possível ser atendido no Regional. A secretaria de Estado da Saúde pede aos pacientes que se dirijam para outras unidades, como postos de saúde, UPAs e as emergências do Celso Ramos, Hospital Florianópolis e HU, na Capital.
Os sintomas da KPC são febre, prostração, dores no corpo, especialmente na bexiga, e tosse nos episódios de pneumonia. Para se prevenir, lave principalmente as mãos com água corrente e sabão por várias vezes ao dia. A superbactéria KPC se aloja na pele e entra no organismo através da boca e dos olhos, se instalando no intestino.
Hoje, às 10h30min, a Secretaria da Saúde irá realizar uma coletiva para informar sobre os problemas relacionados à bactéria. Até fevereiro deste ano, quatro mortes foram identificadas com a presença da KPC em Florianópolis. A emergência do Regional voltará a atender normalmente na sexta-feira, feriado de 7 de Setembro.
JORGE JR. | São José
Emergência do Hospital Regional de São José fecha por três dias
Registro de superbactéria KPC levou autoridades de Saúde a fechar emergência a partir desta terça-feira
Previsão de reabertura é para o dia 7 de setembro
A emergência do Hospital Regional São José vai ficar fechada por três dias a partir desta terça-feira (4). A causa é o surgimento no fim de semana de um caso de superbactéria KPC. O fechamento da emergência é para fazer um trabalho de desinfecção da unidade. Nesses três dias, a Secretaria de Saúde orienta a comunidade buscar outros locais de atendimento.
Nos casos mais graves, a orientação é o encaminhamento para o Hospital Celso Ramos, e nos menos graves o Hospital Florianópolis. Segundo a assessoria da Secretaria da Saúde, só será fechada a emergência. Nos demais setores do hospital Regional o funcionamento é normal.
O Samu e o Corpo de Bombeiros já foram orientados da mudança. Na manhã desta terça-feira o superintendente hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde, Walter Gomes Filho, vai dar entrevista para explicar em detalhes o porquê do fechamento. No dia 7 de setembro, a emergência volta a atender normalmente. A decisão de fechá-la foi tomada em comum acordo entre a superintendência Hospitalar, a Secretaria de Saúde e a direção do Hospital Regional.
É a primeira vez que a emergência do Regional precisa será fechada por causa da bactéria KPC.
Servidores da saúde fazem manifestação no Centro de Florianópolis
A categoria que reajuste salarial e revisão de benefícios
Servidores da saúde fizeram um manifesto na manhã desta segunda-feira no pátio do Hemosc, em Florianópolis. O motivo é a retomada de negociações com a Secretaria de Estado da Saúde. Mesmo com o protesto, o atendimento no Hospital Governador Celso Ramos, Hemosc e Carmela Dutra seguiu normal durante toda a manhã.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial e incorporação do benefício Hora Plantão, espécie de hora extra da categoria.
“A qualidade dos hospitais precisa ser urgentemente revista. É recorrente a falta de materiais que impede o pleno funcionamento dos serviços”, explica Wallace Cordeiro, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em estabelecimentos de Saúde Público Estadual e Privado de Florianópolis (SindSaúde).
Nesta terça-feira, às 13h, os servidores fazer uma nova manifestação, no Hospital Regional de São José.