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Testes genéticos mapeiam chances de ter a doença

A NHS testa cerca de 7,5 mil mulheres por ano para ambos os dois genes – BRCA1 e BRCA2 – que aumentam o risco de câncer de mama ou ovário. A professora Diana Eccles trabalha em um serviço regional de testes genéticos em Southampton, um dos 35 centros no Reino Unido. Em torno de 1,5 mil mulheres são testadas todo ano para diferentes tipos de câncer. Cerca de 800 delas podem desenvolver câncer de mama, a forma mais comum de câncer no Reino Unido, que tira 12 mil vidas por ano.

“As mulheres com quem fazemos testes do câncer de mama têm entre 16 e 76 anos de idade. Quanto mais jovens e quanto maior o número de parentes que tiveram a doença, maior o link genético”, afirma Eccles.

Uma mulher de 30 anos cujo pai carrega o gene tem 25% de chances de também tê-lo, mas se uma mulher da mesma idade tiver uma mãe ou irmã portadora, o risco sobe para 50%. A presença de BRCA1 ou BRCA2 significa que quem carrega o gene é muito mais propício a desenvolver câncer de mama ou de ovário, ainda que BRCA2 envolva um risco ligeiramente mais baixo do que o BRCA1. O risco de um portador de BRCA1 ter câncer de mama pode ficar entre 60% e 80%.

Quase 20% dos pacientes de Eccles têm resultado positivo nos testes de BRCA1 ou BRCA2. Ela estima que 30 a 40% das mulheres decidem fazer a mastectomia.

“Se encontramos algum código alterado, podemos oferecer um teste a outros membros da família que queiram saber seu risco. Nunca é uma decisão fácil, é muito pessoal”, afirma Eccles.

A principal razão pela qual as mulheres acabam realizando a operação é para que elas fiquem menos nervosas com um possível diagnóstico. O lado negativo é que é uma mastectomia, não importa quão boa seja a reconstrução, não é como ter os próprios seios. Por isso, buscar um bom aconselhamento antes de tomar qualquer decisão é fundamental.