PARALISAÇÃO NA SAÚDE
Cassada liminar que garantiria serviços
Rumo da greve depende da retomada da negociação, que ocorreu ontem
A dois dias de expirar o prazo, o Tribunal de Justiça suspendeu ontem a liminar que determinava ao governo restabelecer o atendimento nas emergências, UTIs e centros cirúrgicos dos hospitais da Grande Florianópolis. Ontem também, governo e sindicato retomaram as negociações.
Com a decisão de suspender a liminar, volta a incerteza: o serviço de saúde, que há 50 dias acumula fila de espera, permanece sem data para ser normalizado. Para justificar a decisão, o desembargador José Santos alegou que a determinação “deflagrava uma verdadeira intromissão no direito de a administração pública direcionar os seus recursos orçamentários”.
O pedido de liminar havia sido feito em conjunto pelas promotorias de Cidadania e da Infância e Juventude e foi concedido, na quinta-feira, pela Vara da Fazenda Pública.
Trabalhadores não querem o desconto dos dias parados
A boa notícia é que governo e sindicato dos trabalhadores (SindSaúde) retomaram as negociações. Em reunião intermediada pela promotoria de Justiça da Defesa da Saúde Pública e Privada, ontem, a categoria apresentou uma nova proposta ao Estado. Ela prevê desbloqueio dos salários, não desconto dos dias parados, manutenção da hora-plantão e das férias e licenças já programadas e reposição de 8,33% de INPC que são devidos pelo Estado entre os anos de 2009 e 2010.
Conforme o secretário adjunto da Saúde, Acélio Casagrande, o governo analisará o pedido e apresentar contraproposta em uma nova reunião com o sindicato, marcada para as 10h30min de sexta-feira. Representantes do SindSaúde não responderam às ligações da reportagem para comentar o assunto.
JOICE BACELO