CAPA
Vilãs do verão
DOENÇAS DE PELE, MUITO COMUNS QUANDO O CALOR CHEGA, PODEM SER EVITADAS
Temperaturas elevadas e umidade formam um cenário propício para o surgimento das doenças de pele no verão. Segundo o dermatologista Anderson Bertolini, o calor e o aumento da transpiração proporcionam o desenvolvimento de fungos e bactérias:
– São microrganismos que aproveitam as condições favoráveis para se reproduzir e desencadear um processo infeccioso na pele.
O contato com muitas pessoas em praias ou clubes e o consumo de alimentos em locais de lazer compõem a lista de fatores de risco para contrair uma doença de pele. Por isso, o verão exige cuidados específicos para prevenir o contágio de fungos e bactérias.
Micoses, como as que afetam as unhas são contagiosas, como explica a dermatologista Camila Eduardo, da Galderma (empresa que desenvolveu um esmalte terapêutico para o problema, chamado Loceryl):
– Elas são causadas por fungos que se alimentam da queratina. Esses fungos são os mesmos que causam as micoses de pele, conhecidas popularmente como frieiras e pé-de-atleta. Em ambientes coletivos, como piso ao redor de piscinas, vestiários e banheiros, o recomendado é utilizar chinelos. Também é importante secar bem os pés.
Prevenção
Acne solar
> Durante o verão, a oleosidade da pele aumenta e favorece o surgimento de acne. A exposição excessiva ao sol forma na pele uma lesão semelhantes a pequenas “bolinhas endurecidas” e “bolhas de pus”, sendo algumas doloridas e avermelhadas devido à inflamação.
Como evitar?
> Usar filtros solares, de preferência, aqueles em base não oleosa, aplicados antes e durante a exposição ao sol.
Impetigo
> É uma infecção bacteriana da pele caracterizada por bolhas com pus que rapidamente se rompem. A infecção ocorre por meio de lesões cutâneas, como picadas de inseto, arranhões ou cortes preexistentes. Roupas e toalhas também podem ser via de transmissão.
Como evitar?
> O ideal é lavar a roupa em água fervente e não mexer nas feridas. Lavar as mãos e não usar toalhas e roupas de pessoas diferentes é fundamental.
Herpes labial
> O herpes é uma infecção que desencadeia devido à exposição solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre e outras infecções que diminuem a resistência orgânica. É mais frequente nos lábios e na região genital, mas o herpes pode surgir em qualquer local.
Como evitar?
> A proteção solar é essencial. Use um protetor labial, cujo fator de proteção não deve ser inferior a 30, reaplicado a cada meia hora.
Bicho Geográfico
> Causado por parasitas intestinais do cão e do gato. Quando o animal defeca na areia, são eliminados ovos nas fezes que se transformam em larvas. Esses ovos penetram na pele provocando a doença. Sua presença no organismo caracteriza-se por um túnel tortuoso e avermelhado e muita coceira.
Como evitar?
> Mantenha distância de animais na praia. Também não ande descalço em locais frequentados por cães e gatos.
PESQUISAS MÉDICAS
Técnica trata doença em válvula do coração
A Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia chama a atenção para nova técnica de tratamento de estenose aórtica – doença que atinge mais de um milhão de idosos no Brasil. Trata-se de uma bioprótese para o Implante Transcateter de Valva Aórtica (Tavi).
A técnica, recentemente reconhecida e aprovada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), é recomendada para pacientes que não têm condições para a realização de cirurgia cardíaca – cerca de 33% das pessoas acima de 75 anos.
Para disseminar esta importante informação – tanto para leigos quanto para profissionais da saúde –, a entidade está lançando a campanha Jovens Corações, que inclui uma mobilização nacional para chamar a atenção para o crescente impacto da estenose na população idosa e um mutirão de aulas para médicos, que poderão se especializar na técnica por meio de videoconferências, em tempo real.
Hoje, cerca de 150 mil brasileiros, acima de 75 anos, possuem estenose aórtica severa e a estimativa é que, a cada 20 pessoas que passarem desta idade, uma será acometida pela doença.
Entre as manifestações mais frequentes da doença, está a angina, sensação de fraqueza ou desmaio após a prática de exercícios físicos, dificuldade de respirar após atividades físicas e capacidade reduzida para a execução de exercícios.