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OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Falta de remédios

Com tantas intenções grandiloquentes, a saúde pública de Joinville ainda não consegue manter em dia o abastecimento de medicamentos nos postos de saúde. A distribuição de remédios pelo SUS aumentou exponencialmente nas últimas décadas, em uma das políticas públicas mais abrangentes do País, mas ainda assim o sistema de entrega passa por períodos de interrupção. Em Joinville, tais falhas são observadas desde meados da década passada, com falta de medicamentos durante um certo tempo, até relativamente curto, mas inaceitável por se tratar de um serviço com demanda previsível. Será que é tão difícil manter um planejamento que impeça a interrupção do abastecimento de forma recorrente? Teria de se configurar uma situação muito excepcional para justificar a ausência de medicamentos, e não de forma tão recorrente como nos últimos anos.

As justificativas vão variando ao longo do tempo. Tem desde falta de matéria-prima para a indústria farmacêutica até transtornos causados pela greve na Anvisa no passado, com reflexos nas liberações dos lotes, passando pela burocracia das licitações, entre outros. O contingente de usuários dos medicamentos, boa parte formada por hipertensos e diabéticos, é grande demais para sofrer com esses problemas, ainda mais porque a saúde está em jogo. Foi por autoridades irem se acostumando com os problemas que muito deles viraram quase insolúveis.

 

 


HOSPITAL DE CARIDADE
Um lugar que precisa de destino
Desativado desde 2011, antigo Hospital de Caridade de São Francisco do Sul está sem manutenção. Voluntários se unem para reativar local

Enquanto a falta de leitos tem sido o grande desafio da saúde pública de Joinville, no município vizinho de São Francisco do Sul um hospital inteiro está desativado. Além da falta de manutenção, a estrutura tem sido alvo de vândalos.

O Hospital de Caridade de São Francisco do Sul, que era administrado pela Venerável Ordem Terceira, ligada à Igreja Católica, parou de funcionar no dia 30 de setembro de 2011. Desde então, duas salas de cirurgia, 35 leitos pré-operatórios e de maternidade, além de 40 leitos de internação em clínica médica totalmente equipados não recebem mais pacientes.

Alguns poucos voluntários procuram cuidar do espaço fazendo limpeza e consertando janelas quebradas pelos vândalos. Um deles é o seu Antônio Porto, de 74 anos, integrante da Venerável Ordem Terceira. Ele conhece o hospital como a palma da mão. Com os olhos marejados, faz questão de mostrar toda a estrutura. De cada ambiente tem uma recordação. Entre os diversos cômodos que seu Antônio ajudou a reformar está a capela. Mais adiante, em meio a enormes corredores vazios e tomados pelo silêncio, com um molho de chaves nas mãos, Antônio abre as portas dos quartos e das salas de cirurgia. “Olha aí, outra sala de cirurgia parada. Todos os equipamentos funcionam. É só ligar. Isso é muito triste”, lamenta.

O lençol branco e bem passado de um dos leitos ficou sujo na semana passada quando foi invadido por ladrões. Pelo menos três televisores, dois frigobares, um chuveiro e cabos do gerador de energia já foram roubados. Um vigia está sendo pago, com a ajuda da comunidade, para cuidar do patrimônio no período noturno. Porém, os furtos ocorrem em plena luz do dia.

Mesmo que os voluntários se esforcem para preservar o hospital, a estrutura é grande demais para poucas mãos. Por isso, um grupo de 15 pessoas da comunidade decidiu se unir para salvar o Hospital de Caridade. Mas antes de encontrar alternativas para tocar o espaço é preciso quitar a dívida que já ultrapassou os R$ 3 milhões.

schirlei.alves@an.com.br

 

 

 

 


HOSPITAL DE CARIDADE
Unidade é alvo de vandalismo

Enquanto a falta de leitos em muitos hospitais públicos tem sido um dos principais problemas da saúde pública no Estado, um hospital de São Francisco do Sul está totalmente desativado e é alvo de vandalismo e da falta de manutenção.

Alguns poucos voluntários procuram cuidar do espaço fazendo limpeza e consertando janelas quebradas pelos vândalos que já roubaram vários equipamentos. Pelo menos três TVs, dois frigobares, um chuveiro e cabos do gerador de energia já foram furtados.

Um vigia está sendo pago, com a ajuda da comunidade, para cuidar do patrimônio no período noturno. Porém, os furtos ocorrem em plena luz do dia.

O Hospital de Caridade, que era administrado pela Venerável Ordem Terceira, ligada à Igreja Católica, parou de funcionar no dia 30 de setembro do ano passado. Desde então, duas salas de cirurgia, 35 leitos pré-operatórios e de maternidade, além de 40 leitos de internação em clínica médica equipados, não recebem pacientes.

A unidade possui uma dívida que já ultrapassou os R$ 3 milhões. De acordo com Luiz Vieira, 56 anos, integrante do conselho voluntário, amanhã haverá a sexta reunião do grupo.

Uma nova diretoria será empossada no dia 24, pois a atual desistiu de tocar a Venerável Ordem Terceira. O conselho procura investidores interessados pela causa não só em São Francisco do Sul, mas em municípios vizinhos.

 

São Francisco do Sul

 

 

 

DENGUE EM JOINVILLE
Mais dois focos são identificados

Aumentou para cinco o número de focos de mosquitos da dengue identificados em Joinville em 2013. Mais dois focos foram encontrados no Bairro Floresta, que já registrou as demais ocorrências de larvas do Aedes aegypti encontradas no início do mês de janeiro.

O Programa de Controle à Dengue, da Secretaria de Saúde, realiza um monitoramento nas residências da região para identificar possíveis novos focos e para evitar a contaminação de outros locais. Dos cinco focos do mosquito identificados, dois deles estavam em armadilhas implantadas pelo Programa de Controle à Dengue e os outros três estavam em propriedades particulares.

As larvas foram encontradas em um entulho, dentro de um balde e em um prato para vaso de plantas.

– Mesmo com o monitoramento e com o trabalho de conscientização do Programa de Controle à Dengue, ainda encontramos estes tipos de casos, por isso a população deve ficar atenta – diz Jeane Vieira, gerente da Unidade de Vigilância em Saúde.

Para conseguir detectar os focos são instaladas armadilhas e quando um é identificado, a equipe faz uma vistoria em todas as residências que ficam num raio de até 300 metros da armadilha principal.